21 sim de toda a cadeia de processo. Desde a conceção do molde até à sua expedição, tudo tem de estar alinhado para maximizar as tecnologias disponíveis. A Cefamol está a ajudar as empresas neste caminho, contratando formadores com experiência na matéria, para passarem esse conhecimento aos profissionais do setor, de forma a que possam implementá-lo nas empresas onde trabalham. Além disso, promovemos a participação em feiras e eventos internacionais, organizamos visitas a mercados externos, realizamos conferências sobre temas relevantes para o setor e continuamos a reforçar o nosso relacionamento com o poder político e com as instituições, para que nos oiçam. Já se passaram alguns anos desde que se criou o cluster Engineering & Tooling from Portugal. Que balanço faz desta iniciativa, até à data? O cluster foi fundamental neste período para reforçar competências e dar visibilidade à cadeia de valor do setor, desde a conceção até à produção da peça final, agregando na mesma plataforma empresas de moldes, de plásticos, centros de I&D, universidades, centros de formação e até autarquias. Tem sido muito importante para alinhar as empresas do setor e para promover a marca da engenharia de moldes portuguesa junto dos mercados externos. Neste aspeto, acho que temos sido bem-sucedidos (falamos a uma só voz). Finalmente, e em jeito de síntese, quais diria que são os principais desafios e oportunidades do setor para os próximos anos? Eu diria que os principais desafios são: conseguir mais encomendas, encurtar os prazos de pagamento e garantir linhas de crédito acessíveis que permitam o financiamento e sustentabilidade das empresas. Já as oportunidades vão depender, por um lado, da resolução dos atuais conflitos geopolíticos – a Rússia ou Israel, por exemplo, antes do início do conflito eram importantes compradores de moldes feitos em Portugal -, e por outro, da evolução da tecnologia no mercado automóvel. Acredito que os carros elétricos vieram para ficar, mas ainda temos um longo caminho a percorrer até que todas as condições estejam reunidas para fazer florescer esse mercado. O mesmo acontece com o hidrogénio. É uma tecnologia interessante, mas que ainda está pouco desenvolvida e é muito cara. Compensará nos camiões, nos barcos e talvez nos aviões, mas nos carros ainda não. Em resumo, vivemos tempos de muita incerteza, mas cá estaremos para continuar a fazer o nosso caminho, com a resiliência que nos caracteriza. n
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