11 ANÁLISE DE MERCADO des de produção a fechar na Europa, com a consequente deslocalização da indústria, dos postos de trabalho e dos investimentos sustentáveis. A transição para a circularidade só se tornará uma realidade se os decisores políticos aplicarem urgentemente as medidas necessárias para restaurar a nossa competitividade. Medidas que também ofereçam uma perspetiva atrativa a longo prazo para os investimentos em circularidade. As oportunidades são escassas e agora é o momento de agir com coragem”. Na mesma linha, Virginia Janssens, diretora-geral da Plastics Europe, considera que, “para evitar um abrandamento preocupante da transição na Europa, precisamos de medidas urgentes que tornem mais atrativos os investimentos na produção de plásticos circulares; que reduzam a burocracia causada, por exemplo, por procedimentos de licenciamento excessivamente longos, criando ao mesmo tempo condições de concorrência equitativas com os nossos concorrentes internacionais. Apesar dos desafios, continuamos totalmente empenhados em progredir no sentido das nossas ambições de circularidade e de zero emissões líquidas, tal como estabelecido no nosso roteiro 'A Transição dos Plásticos'. Precisamos que os decisores políticos da UE e dos Estados-Membros enviem uma mensagem clara e imediata aos investidores e aos mercados de que também continuam empenhados na produção de plásticos na Europa e no nosso percurso de transformação”. AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES CONSTITUI UMA AMEAÇA A Plastics Europe sublinha que a diminuição da reciclagem na Europa está relacionada com o forte aumento das importações de matérias-primas plásticas e produtos acabados de regiões com padrões ambientais mais baixos, causado pela sobrecapacidade global na produção de plásticos. Simultaneamente, os produtores de plásticos europeu continuam a enfrentar custos de produção elevados devido aos altos preços da energia e das matérias-primas, à inflação persistente e à disponibilidade limitada de matérias-primas circulares. Esta situação coincide com o fraco crescimento europeu e a recessão em algumas economias e setores importantes. Apesar de tudo, a Europa mantém a maior quota de plásticos circulares em relação à sua produção total, com 14,8%. No entanto, o aumento de 0,7% desde 2022 representa uma tendência de abrandamento e fica aquém do crescimento necessário para cumprir as ambições do roteiro para a transição dos plásticos. Além do declínio na produção de reciclagem mecânica, em 2023 apenas foram recicladas quimicamente 0,12 milhões de toneladas de plástico. A produção de plásticos de base biológica e bioatribuídos aumentou ligeiramente para 0,8 milhões de toneladas. MEDIDAS PROPOSTAS PELA PLASTICS EUROPE A Plastics Europe considera que, para reverter esta situação, o quadro regulamentar da UE deve incluir, por exemplo: metas obrigatórias ambiciosas para o conteúdo reciclado; a aceitação do balanço de massa e de tecnologias de reciclagem inovadoras, como a reciclagem química; a simplificação dos procedimentos de licenciamento para instalações industriais circulares com baixo teor de carbono, bem como sistemas de controlo e certificação para garantir que as importações cumprem as normas da UE. Além disso, é necessário avaliar as medidas fiscais e económicas, tanto europeias como nacionais, para tornar a produção de plásticos circulares na Europa competitiva com urgência. n Pode consultar o relatório 'Plastics the fast Facts 2024' em https://plasticseurope.org/es/knowledge-hub/ plastics-the-fast-facts-2024/ Fonte: Relatório 'Plastics - the fast Facts 2024', da Plastics Europe. Fonte: Relatório 'Plastics - the fast Facts 2024', da Plastics Europe.
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