BP19 - InterPLAST

37 IMPRESSÃO 3D INVESTIGAÇÃO PROCURA NOVOS FILAMENTOS Os filamentos e materiais sustentáveis vão, a curto prazo, estar mais facilmente disponíveis no mercado, em linha com o aumento da consciência ambiental. Investigadores e empresas estão à procura de novos tipos de filamentos sustentáveis, reciclados ou recicláveis e ecológicos e já existem, ou estão em desenvolvimento, alternativas como bioplásticos, termoplásticos, termoendurecíveis, elastómeros, hidrogéis e tecidos vivos (na área da saúde), plásticos biodegradáveis, materiais poliméricos compósitos, utilizando materiais reciclados ou materiais de base biológica como madeira, cânhamo ou algas. João Pedro Oliveira, professor auxiliar com agregação da Nova FCT, assinala que tem havido grande desenvolvimento na “reutilização de materiais (polímeros e metais) para o fabrico de matéria-prima (pó ou filamento) para utilizar no fabrico aditivo”. O Centimfe está, por exemplo, a capacitar-se para produzir filamento a partir de lixo marinho para Fused Deposit Materials (FDM), assinala Ana Pires. E, em parceria com a Universidade de Aveiro, está a “estudar estratégias de reciclagem de resíduos de impressão 3D - Selective Laser Sintering (SLS) - para a produção de filamento para FDM”. Estão ainda em desenvolvimento filamentos à base de bioplásticos, como o ácido polilático (PLA), derivado de fontes renováveis como o milho ou a cana-de-açúcar. Segundo Rafael Mateus, da Emetrês, acrescem ainda polímeros ativos, que podem autorreparar-se e responder a estímulos ambientais, ou resinas de hidrogel, que permitem a criação de estruturas complexas com propriedades únicas. Os materiais para impressão 3D da Sulapac já disponíveis no mercado “podem ser utilizados para extrusão de filamentos e impressos a partir de grânulos de matéria-prima. São utilizados para imprimir objetos nas áreas da manufatura industrial, mobiliário e design e cosméticos”, detalha Emmi Randell. Jose Ingles, da Filkemp, refere que hoje já “existe a possibilidade de utilização de matérias-primas recicladas. No entanto, o mercado industrial ainda não está muito aberto a essa possibilidade”. Acrescenta que “a própria indústria de impressão 3D com FDM ainda está a fazer o seu caminho na busca de soluções sólidas e duráveis”. n 915279601

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