BP18 - InterPLAST

SUSTENTABILIDADE interligando assim os 3 grandes pilares da sustentabilidade: Económico, Social e Ambiental [4]. Cada ODS conta com várias metas que cada Estado Membro deve cumprir, ou pelo menos, trabalhar para as atingir [4]. No entanto, embora alguns domínios tenham registado progressos, continua a haver uma grande quantidade de objetivos que estão a evoluir muito lentamente ou, até mesmo, a regredir. Mais de 30% dos 140 objetivos que podem ser avaliados não apresentam qualquer progresso ou, ainda pior, uma regressão em relação ao ano-base de 2015, como se verifica na Figura 4 [5]. De entre todos os ODS aquele que mais se destaca de forma positiva é o G12 – Produção e Consumo Sustentáveis, visto que cerca de 35% das metas já foram cumpridas e mais de 25% apresentam uma perspetiva otimista de realização [5]. Neste contexto, é de salientar o esforço por parte de 62 países e da União Europeia (EU) para a implementação de 485 políticas que apoiam a transição para o consumo e a produção sustentáveis, além do Plano de Implementação para um novo Pacto Climático Global, o Quadro Global da Biodiversidade e a resolução 5/14 da Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente, sobre o fim da poluição por plásticos [5]. Figura 3 – Os 17 ODS definidos na Agenda 2030. Figura 4 – Progresso dos 17 ODS com base nas metas avaliadas. 24 ses e da União Europeia (EU) para a implementação de 485 políticas que apoiam a transição para o consumo e a produção sustentáveis, além do Plano de Implementação para um novo Pacto Climático Global, o Quadro Global da Biodiversidade e a resolução 5/14 da Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente, sobre o fim da poluição por plásticos [5]. Outro fator positivo neste contexto é o número de relatórios de sustentabilidade que triplicou, desde 2016, o que demonstra o interesse das empresas em divulgar os seus progressos no âmbito do desenvolvimento sustentável, através do compromisso com os ODS [5, 6]. A perspetiva futura é ainda mais otimista tendo em vista a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) 2022/2464, em desenvolvimento pela EU, “que exige que as grandes empresas e as sociedades cotadas publiquem relatórios regulares sobre os riscos sociais e ambientais que enfrentam e sobre o impacto das suas atividades nas pessoas e no ambiente”, que será obrigatório a partir de 2025 [7]. O modelo económico tradicional de take-make-use-dispose apresenta graves impactes no ambiente, uma vez que se centra preferencialmente na produção, não tendo em consideração a importância de uma boa gestão de recursos, bem como a necessidade de gerir a produção de resíduos e de gases com efeito de estufa, sendo, por isso, incapaz de apoiar o desenvolvimento sustentável [8]. Em contraste, a Economia Circular (EC) é um modelo produtivo que envolve a partilha, o aluguer, a reutilização, a reparação, a renovação e a reciclagem de materiais e produtos existentes durante o maior tempo possível, alargando o ciclo de vida dos mesmos [9] e representa um conjunto de ações promissoras e dessa forma, tem recebido especial atenção nos últimos anos. Na EC os resíduos são considerados um recurso que pode ser utilizado para outros ciclos de produção, o que permite uma visão holística da economia, cria resiliência e desenvolvimento sustentável [8]. SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS A indústria do plástico representa uma parcela significativa da economia global, ultrapassando os 300 milhões de toneladas com aplicações em embalagens, sendo utilizado em diversos setores, como o automóvel, aeronáutica, desporto, construção, saúde e dispositivos médicos [10]. O fabrico de plásticos requer quantidades significativas de recursos naturais e energéticos, sendo que cerca de 4% da produção anual de petróleo é diretamente convertida em plásticos [10, 11]. Para além disso, a crescente procura e o descarte inadequado têm-se traduzido num aumento de diversos impactes ambientais negativos como, por exemplo: poluição hídrica e alterações climáticas [10]. Nos últimos anos, a poluição dos plásticos nos oceanos tem sido um tema central, com um aumento do número de estudos e relatórios. Prevê-se que sem uma ação considerável que combata a poluição dos plásticos, o fluxo anual de plásticos para o oceano triplique até 2040, para, aproximadamente, 29 milhões de toneladas por ano [12]. Em média, cada europeu produz aproximadamente 180 kg de resíduos de Figura 3 – Os 17 ODS definidos na Agenda 2030. Figura 4 – Progresso dos 17 ODS com base nas metas avaliadas.

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