38 APOIOS garantirem a sua competitividade no mercado global e a capacidade em fazer frente aos desafios que o futuro a curto e médio prazo lhes coloca. Numa perspetiva mais operacional, é expectável que ao nível burocrático se assista a uma simplificação do processo e respetivos procedimentos de candidatura, nomeadamente nas condições de acesso, formulários e, não menos importante, no processo de execução dos projetos (contratualização, pedidos de pagamento, interação com entidades gestoras). Processualmente, espera-se que o Portugal 2030 não só reduza custos associados à gestão e prazos, refletida numa redução nos níveis de programação, como também permita reduzir a cadeia de intermediação processual, eliminar etapas que não acrescentam valor, permitindo a opção por custos simplificados e, nãomenos importante, reduzindo e simplificando as interações dos promotores com o sistema. COMO APRESENTAR UM PROJETO AO PT2030 E TER SUCESSO? • Coerência entre o projeto de investimento e a estratégia da empresa (foco no mercado internacional, valorização dos recursos humanos, digitalização e utilização e análise dos dados em benefício da tomada de decisão – Indústria 4.0, agilidade na resposta à necessidade do cliente); MAIS INFORMAÇÃO: • Guia PT2030 para alavancar os projetos de investimento • Especial PT2030 • Preparação do projeto comantecedência suficiente para o apresentar a entidades financiadoras complementares (ex: Banca). Determinados sistemas de incentivos, como o ‘inovação produtiva’, são sistemas híbridos, que conjugam incentivo a fundo perdido com incentivo reembolsável, o qual tem a Banca envolvida no processo. Isto faz com que as instituições bancárias também tenham uma palavra a dizer sobre o projeto. Assim, ter um plano de negócios pronto antes da submissão da candidatura, de forma a poder apresentá-lo e discuti-lo com o parceiro bancário, é fundamental, de forma a garantir que ele passará esta fase. • Alinhamento com indicadores relevantes no âmbito da descarbonização, eficiência energética, bem como com as estratégias de especialização inteligentes, nacionais e regionais. De facto, todos os instrumentos são criados para dar resposta a desafios específicos, os quais estão muitas vezes relacionados com diferentes políticas, sejam elas de cariz setorial ou territorial. E ter conhecimento de todas estas políticas, estratégias e enquadramentos é extremamente difícil, para quem não faz disso o seu dia-a-dia. Por isso, é crítico ter apoio de quem conhece todas as dimensões a que o projeto tem que dar resposta para garantir que nenhum aspeto fica por tratar. PALAVRA-CHAVE PARA AS CANDIDATURAS AO PT2030: ANTECIPAÇÃO Por último, o Portugal 2030 promete uma aplicação de fundos europeus centrada nos resultados a atingir, com base na contratualização dos mesmos, aprofundando os mecanismos de apropriação e responsabilização dos beneficiários, através da consolidação das práticas visando condicionar incentivos à efetiva obtenção de resultados. Esta ‘promessa’, realça ainda mais a importância, independentemente do sistema de incentivos a que pretendam concorrer, de as empresas estruturarem de forma rigorosa os seus projetos em todas as dimensões, efetuarem um planeamento detalhado do mesmo, conseguindo demonstrar a capacidade da empresa emexecutar oprojeto, a sua coerência e razoabilidade, bemcomo a pertinência domesmo face à dimensão, situação atual e estratégia da empresa. Concluindo, é fundamental que as empresas preparem com antecipação as suas candidaturas de forma a maximizarem os potenciais apoios de que podem vir a usufruir para alavancar os seus projetos de investimento. n
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