14 TENDÊNCIAS DECLARAÇÃO DO CONSELHO CONSULTIVO DOS EXPOSITORES DA K 2022 RADIOGRAFIA DA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO (2.ª parte) A indústria dos plásticos e da borracha está em transformação. Um século após o nascimento do plástico, o setor ganha consciência do seu papel de liderança, também social, e da responsabilidade que isso acarreta. A ‘mais rápida, maior, mais abrangente’ das melhorias quotidianas já não pode garantir por si só o sucesso económico, como ocorreu com a rápida ascensão da tecnologia no século passado. É necessário sair da zona de conforto e assegurar a sustentabilidade das atividades para as gerações futuras. Tal como ficou claro na K 2022, decorrida entre 19 e 26 de outubro, em Düsseldorf, a indústria vai conseguir demonstrar que os materiais poliméricos não só não são o problema, como também podem contribuir para a solução. As questões relacionadas com a conservação dos recursos e a reciclagem dos materiais poliméricos são cada vez mais prementes. A possível poupança de recursos, o processamento eficiente dos plásticos e, acima de tudo, a sua recolha, classificação e reciclagem generalizada continuam a ser a Foto: Messe Düsseldorf, Constanze Tillmann. tarefa central da indústria enquanto alavanca da ‘economia circular’. Isto ficou espelhado de forma clara na K 2019. Nunca antes a indústria havia abordado um tema de forma tão unânime. E o problema não está resolvido. As intervenções necessárias na organização global da cadeia de valor são demasiado profundas e os investimentos demasiado grandes para que as soluções se apliquem ‘num abrir e fechar de olhos’. Os anos 20 ficarão marcados pela mudança para a economia circular e a feira K continuará a acompanhar este caminho. A economia circular surge intimamente ligada à proteção climática. As medidas neste sentido já não se podem adiar, porque o futuro previsto anteriormente pelos cientistas está a começar a manifestar-se por todo o mundo com fenómenos meteorológicos invulgares e negativos. Acabou a possibilidade de adiar, é necessário agir agora. Os polímeros têm vantagens sobre os materiais inorgânicos já que, em geral, a sua transformação requer pouca energia. Mas, por outro lado, os plásticos sintéticos têm de lidar com a sua base de matérias-primas, até agora predominante fóssil.
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