BP14 - InterPLAST

19 TENDÊNCIAS coronavírus. Como consequência, grande parte da indústria do processamento europeia, em particular, deparou-se com os seus armazéns de material vazios e os preços dos plásticos dispararam até atingirem níveis sem precedentes. Como importantes indústrias utilizadoras, como a indústria automóvel, tiveram que reduzir a produção devido às falhas na cadeia de abastecimento, as vendas caíram do outro lado. A guerra na Ucrânia exacerba ainda mais estes desafios desde o mês de fevereiro. No entanto, nesta crise, por vezes dramática, as empresas do setor demostraram uma grande solidez. A crise financeira de 2008/2009 e a escassez de matérias-primas em 2015 provocaram, obviamente, o estabelecimento de mecanismos de defesa adequados emmuitas empresas, que estão agora a demonstrar a sua eficácia. Os rácios de equidade foram melhorados, os custos estão concebidos para permitir ‘respirar’ e o Estado também ajuda em aspetos cruciais, sobretudo com os custos de pessoal ( jornada reduzida). OS PRINCIPAIS DESAFIOS ESTÃO IDENTIFICADOS É de esperar que a pandemia de coronavírus termine finalmente este ano. Os problemas globais de escassez de matérias-primas, bem como as dificuldades vividas nas cadeias de abastecimento e logística, serão resolvidos pouco a pouco, graças às leis do mercado. Em outubro, o mundo dos plásticos deverá poder concentrar-se nos seus negócios, aproveitando da melhor maneira o que os expositores da K têm para oferecer ao mercado. Em 2019, o tema central da feira foi a economia circular. Como resultado dos requisitos legais e de uma série de esforços e iniciativas, a taxa de reciclagem na Europa (a antiga UE28 mais a Suíça e a Noruega) tem vindo a aumentar de forma constante. Em 2018, as vias de valorização mais importantes foram a valorização energética, com 42%, e a reciclagem mecânica, com 33%, ao passo que cerca de 25% dos resíduos plásticos foram depositados em aterros sanitários. Dez anos antes (2008), ainda se recuperava 30% termicamente, 21% reciclava-se e 49% depositava- -se em aterros sanitários. No que diz respeito à recuperação de embalagens (valorização energética e reciclagem), todos os países europeus atingem já taxas superiores a 30%; 17 países, pelo menos 70%; dez, mais de 98%, e alguns até 100%. Em 2018, foram recicladas mais embalagens de plástico para materiais (42,4%) do que para energia (38,5%). Continuou a depositar-se nos aterros sanitários, mas menos do que nunca (19,1%). Podemos ver que este tema tem vindo a ser trabalhado intensamente, mas ainda há muito a fazer, nomeadamente no que respeita à incorporação intensiva de reciclado emnovos produtos. A K 2022 mostrará os progressos realizados até agora e, ao mesmo tempo, começará a definir o rumo necessário para os próximos anos e décadas. Muitas soluções já foram formuladas e refletidas, e há que tomar decisões. O que está claro é o seguinte: sem plásticos, o futuro da humanidade no seu número e forma atuais é simplesmente inconcebível. n nuam a sofrer uma enorme pressão sobre os seus resultados. Após a reativação sentida nos primeiros nove meses do ano, a situação voltou a piorar no quarto trimestre devido à vaga seguinte da pandemia do coronavírus. Além disso, a guerra iniciada pela agressão da Federação Russa contra a Ucrânia no início de 2022 tornou ainda mais incerta a situação da transformação dos plásticos na Europa e na Alemanha. As impressões de outros grandes mercados na Europa, América do Norte e grande parte da Ásia não forammuito melhores. No entanto, emmeados de 2020 já se notavam sinais animadores a partir da China. No quarto trimestre, as coisas também avançaram na Europa e na América do Norte. Com a crescente flexibilização das medidas contra a pandemia, a transformação de plásticos também entrou em funcionamento de novo. No entanto, as coisas revelaram-se diferentes. Na América do Norte, os fenómenos naturais como tempestades e excecionais ondas de frio e calor paralisaram temporariamente vastas regiões. Alémdisso, as cadeias de abastecimento globais (que procedem na sua maioria da Ásia e são distribuídas para os restantes continentes) entraram em colapso emmaior ou menor medida porque produtos fundamentais, como os semicondutores, não estavam disponíveis em quantidade suficiente. Para piorar as coisas, os sistemas logísticos desmoronaram-se e, ao mesmo tempo, muitas unidades de produção de plásticos na Europa não voltaram a entrar em funcionamento após as paragens devido ao

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