BP11 - InterPLAST
IMPRESSÃO 3D 53 do processo para poder adequar toda a operação. O fatiamento computa- cional dos modelos virtuais é uma etapa comum a todos os processos aditivos e apresenta grande potencial de alteração nas peças impressas. DESENVOLVIMENTO DA INVESTIGAÇÃO Em trabalhos recentes, resultantes da parceria entre a Universidade do Porto (FEUP) e a Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP-Brasil), foi possível fabri- car componentes flexíveis em ABS por extrusão de filamento (FFF/FDM). Nesse estudo, a variação de fluxo de material ao longo da peça promove secções finas ordenadas e permite a flexibilidade controlada (Fig. 1). As geometrias foram desenvolvidas em software de CAD tradicionais e fatiadas em software próprio [2] desenvolvido na investigação. O arquivo final, de formato g-code é compatível com impressoras 3D comerciais e o fila- mento utilizado foi o ABS. A estratégia adotada no estudo foi alte- rar as peças na etapa de fatiamento computacional e não diretamente na modelação geométrica, permitindo que as geometrias impressas pudes- sem ter regiões de menor densidade, conferindo a flexibilidade (Fig. 2). A determinação das regiões com flexibi- lidades é feita pelo próprio utilizador que exporta as geometrias e indica os parâmetros de impressão. ESTUDO DE CASO O primeiro estudo de caso com aplicações das peças flexíveis foram estruturas do tipo snap-fit (Fig. 3), que flexionam para promover o bloquea- mento de componentes. Em trabalhos anteriores do grupo de investigação foram avaliados os parâmetros e a combinação de materiais para a fle- xibilidade de estruturas impressas [3]. Observa-se que as peças flexíveis geradas trabalham com um dado intervalo de deslocamento, o que permite a sua adoção em sistemas em que a flexibilidade seja precisa, principalmente em mecanismos de bloqueamento. Fig. 1 Sistema de bloqueamento circular com peças flexíveis em azul que só permite a rotação no sentido horário. Fig. 3 Snap-fit desenvolvido no trabalho, com a peça em preto de ABS flexionando os feixes impressos para promover o encaixe. Fig. 2 Método desenvolvido no estudo: importação do objeto (A), seleção de uma região demarcada pelo quadrado vermelho (B) e alteração dos parâmetros (C), conferindo flexibilidade (D). Na impressão 4D adiciona-se a capacidade do equipamento/ estratégia de deposição multi- materiais, por meio de programação
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