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Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Defensores de Chaves, 15, 3.º F 1000-109 Lisboa (Portugal) Telefone +351 215 935 154 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Grupo Interempresas Media, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, David Múñoz redacao_engeobras@interempresas.net www.engeobras.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 44 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127810 Déposito Legal 498357/22 Distribuição total +13.900 envios. Distribuição digital a +13.200 profissionais. Tiragem +700 cópias em papel. Edição Número 9 – Julho de 2024 Estatuto Editorial disponível em https://www.engeobras.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Lidergraf Rua do Galhano, n.º 15 4480-089 Vila do Conde, Portugal www.lidergraf.eu Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da Engeobras adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. SUMÁRIO ATUALIDADE 6 EDITORIAL 7 Entrevista com Célia Marques, vice-presidente executiva da Assimagra 12 MMH 2024: uma edição de recordes 16 Almina amplia frota de equipamentos de mineração com 32 novas máquinas Sandvik 18 Almina investe 11 milhões de euros para reduzir a emissão de poeiras 21 Weir lança nova marca que garante autenticidade das lâminas de borracha Linatex 22 Metso investe 150 milhões de euros em novo centro tecnológico na Finlândia 24 Superar desafios extremos nas minas verticais do Chile com a Atlas Copco 26 Nova atualização oferece recursos significativos para perfuratrizes SmartROC Tophammer 30 Manitou celebra uma nova edição de ‘On the way up’, dedicada à sustentabilidade 32 HVO como alternativa ao gasóleo convencional 34 Putzmeister e Tratolixo: produção de energia e compostagem a partir de resíduos urbanos 36 Bobcat mostra todas as suas inovações nos ‘Demo Days 2024’ 38 Liebherr celebra Dias do Cliente 2024 em grande estilo 44 ‘Building Our Way Forward’: Palfinger dá as boas vindas ao mundo 50 Husqvarna Construction, uma referência entre as empresas de aluguer 54 Volvo Days 2024 trazem inovação e sustentabilidade ao setor 56 FirstGreen e Ascendum assinam acordo de distribuição exclusiva de máquinas para Portugal 63 Pás carregadoras de rodas Develon aumentam economia de combustível e segurança do ASH Group 64 Hidromek HMK 635 WL: desempenho e eficiência na pedreira 66

6 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Concursos públicos promovidos superam 5 mil milhões de euros nos primeiros cinco meses de 2024 Segundo informação estatística divulgada pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), no 'Barómetro das obras públicas' de junho, até ao final do mês de maio o valor global dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos situou-se nos 5.197 milhões de euros, montante que traduz um expressivo aumento de 96%, face aos 2.655 milhões de euros registados no período homólogo de 2023. Até ao final de maio, os contratos de empreitadas celebrados e reportados no Portal Base, no âmbito de concursos públicos, totalizaram 940 milhões de euros, valor que corresponde a um crescimento de 16% em termos homólogos. Deste modo, o diferencial entre a contratação reportada e os concursos de empreitadas lançados na mesma modalidade situa-se em 4.257 milhões de euros, desde o início do ano. No que concerne aos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados em resultado de ajustes diretos e consultas prévias, no período em análise, totalizaram 306 milhões de euros, o que traduz um aumento de 33% em termos homólogos. Desta forma, até ao final de maio de 2024, o montante total de contratos de empreitadas celebrados e registados no Portal Base totalizou 1.336 milhões de euros, valor que corresponde a um acréscimo de 20% face ao valor apurado no mesmo período do ano anterior. BKT associa-se à 'Plataforma Global para a Borracha Natural Sustentável' A BKT, fabricante multinacional de pneus Off-Highway, anunciou a sua adesão à 'Plataforma Global para a Borracha Natural Sustentável' (GPSNR). A multinacional dá assim mais um passo na promoção de práticas sustentáveis a longo prazo, culminando numa produção mais consciente e amiga do ambiente, em linha com os princípios definidos pela GPSNR. A produção de borracha natural apresenta várias oportunidades de melhoria, tanto em termos ambientais como sociais. A expansão das plantações de borracha é suscetível de influenciar as florestas tropicais, mas, através de práticas sustentáveis, é possível proteger a biodiversidade e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Do mesmo modo, garantir condições de trabalho dignas e respeitar os direitos dos trabalhadores nas plantações de borracha é fundamental para promover uma indústria ética e sustentável. A Plataforma Global para a Borracha Natural Sustentável (GPSNR) reúne produtores de borracha natural, comerciantes, fabricantes de pneus, organizações não governamentais, instituições académicas e outros parceiros industriais. Ao tornar-se membro da GPSNR, a BKT reforça o seu compromisso de alinhar a cadeia de fornecimento de borracha natural com as diretrizes da organização. Como membro da GPSNR, a empresa tem também acesso a uma plataforma que visa uniformizar os relatórios de sustentabilidade dos fabricantes e as plataformas digitais para cumprimento dos requisitos do Regulamento Europeu de Desflorestação (EUDR) que entrará em vigor a partir de dezembro de 2024.

7 EDITORIAL O setor da construção em Portugal está a enfrentar uma crise significativa devido à grave escassez de mão de obra. Este fenómeno, que não é exclusivo do nosso país, ameaça atrasar projetos cruciais, aumentar os custos e, em última análise, afetar o crescimento económico. A urgência de abordar esta questão é inegável e são necessárias ações imediatas e eficazes para inverter a situação. Esta escassez tem várias causas. Por um lado, a recuperação económica pós-crise revitalizou a procura de projetos imobiliários, mas a oferta de pessoal qualificado não cresceu ao mesmo ritmo. Além disso, a pandemia de Covid-19 agravou a situação, interrompendo a formação de novos profissionais e deslocando muitos trabalhadores para outros setores. Uma das principais dificuldades é a falta de atratividade para os jovens. A perceção de trabalhos difíceis e mal pagos afasta as novas gerações da construção. Além disso, os atuais programas de formação não estão alinhados com as necessidades reais do mercado, criando um desfasamento significativo entre a oferta e a procura de competências. Para enfrentar este desafio, é fundamental adotar uma abordagem multifacetada. Em primeiro lugar, é necessário melhorar as condições de trabalho no setor. O aumento dos salários e a oferta de benefícios adicionais podem tornar as carreiras na construção mais atrativas. Além disso, melhorar a segurança do emprego é fundamental para atrair e reter talento. Paralelamente, é necessário investir na formação e na educação. A criação de programas de formação técnica especializados e acessíveis poderia proporcionar aos jovens as competências necessárias para entrar no mercado de trabalho da construção. As empresas devem tamEscassez de mão de obra: um desafio urgente com possíveis soluções bém participar ativamente na formação dos seus futuros funcionários, através de programas de aprendizagem e de parcerias com instituições de ensino. A digitalização e a adoção de novas tecnologias podem também desempenhar um papel importante. A construção 4.0, que integra tecnologias como a automação, a inteligência artificial e a realidade aumentada, pode não só aumentar a eficiência, mas também atrair uma nova geração de trabalhadores que procuram empregos mais high-tech. Além disso, é essencial promover a inclusão e a diversidade no setor. O aumento da participação das mulheres e de pessoas de diferentes origens étnicas e culturas pode não só ajudar a atenuar a escassez de mão de obra, mas também enriquecer o setor com uma variedade de perspetivas e competências. Por último, a migração controlada e bem gerida pode ser uma solução a curto e médio prazo. Portugal deve considerar políticas de migração que facilitem a entrada de trabalhadores estrangeiros qualificados. É fundamental garantir que estes profissionais recebam um tratamento justo e condições de trabalho dignas, o que contribuirá para a sua integração e permanência no país. A crise laboral no setor da construção é um desafio complexo que exige uma resposta coordenada e multifacetada. Melhorar as condições de trabalho, investir na educação e na formação, promover a inovação tecnológica, fomentar a diversidade e gerir corretamente a migração são passos cruciais para ultrapassar esta situação. Com uma abordagem abrangente e colaborativa, podemos assegurar um futuro próspero para o setor e, consequentemente, para a nossa economia em geral.

8 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE Luis Fernando Reyes Ruiz Palacios nomeado diretor-geral da DAF Portugal e Espanha Com efeitos a partir de 1 de setembro, Luis Fernando Reyes Ruiz Palacios sucederá a Javier Sanchez, que aceitou novos desafios profissionais fora da empresa. Luis Reyes juntou-se à Paccar há 16 anos, em 2008, e desde então ocupou vários cargos de crescente responsabilidade na empresa. Desde 2016, ocupa o cargo de diretor comercial da Paccar México. Luis Reyes obteve um MBA em 2000 na Escola de Negócios IPADE, na Cidade do México. Consumo de cimento aumentou 5,1% até abril Dados divulgados pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) revelam que, até abril, o consumo de cimento no mercado nacional registou um aumento de 5,1%, em termos homólogos, totalizando 1.310 milhares de toneladas. Relativamente ao licenciamento municipal, nos primeiros quatro meses do ano observou-se uma diminuição de 9,6%, em termos homólogos, no total de licenças emitidas para obras de construção nova ou de reabilitação de edifícios residenciais. Quanto ao número de fogos licenciados em construções novas, verificou-se uma contração de 15,3%, face ao período homólogo, passando de 11.458 fogos, nos primeiros quatro meses de 2023, para apenas 9.704 alojamentos, este ano. Prémio Inovação Jovem Engenheiro 2024 Estão abertas, até ao próximo dia 31 de dezembro, as candidaturas à 34ª edição do Prémio Inovação Jovem Engenheiro (PIJE) 2024, iniciativa promovida desde 1990 pelo conselho diretivo da região sul da Ordem dos Engenheiros. O prémio tem como objetivo galardoar os trabalhos que se evidenciem pelo seu carácter inovador e aplicabilidade prática. Os jovens engenheiros, estagiários ou efetivos, até 35 anos, inscritos na Ordem dos Engenheiros, em qualquer das suas regiões, são convidados a apresentar os seus trabalhos para candidatura. Com esta iniciativa pretende-se potenciar futuros profissionais promissores com a divulgação de trabalhos diferenciadores e mostrar as capacidades dos jovens engenheiros. Mais informações e candidaturas em www.pije.ordemengenheiros.pt

9 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Ingo Ettischer é o novo presidente da Bomag A 1 de julho de 2024, a presidência do Grupo Bomag passou de Ralf Junker a Ingo Ettischer, que ocupava os cargos de diretor-geral e diretor de operações do grupo desde julho de 2023. Com a passagem de testemunho a Ingo Ettischer, a direção do fabricante de máquinas de construção é assumida por um quadro superior experiente. Ettischer tem muitos anos de experiência internacional em posições de liderança na gestão de operações. Antes de se juntar à Bomag, em 2023, passou 21 anos em várias funções de gestão geral global e de produção na Mercedes-Benz AG nas divisões de camiões, carrinhas e automóveis de passageiros. Antes disso, Ettischer liderou com sucesso vários projetos de excelência estratégica e operacional em diferentes indústrias durante vários anos numa empresa de consultoria de gestão de topo. “A Bomag continuará a crescer internacionalmente em termos de dimensão e de carteira. Estamos convencidos de que, com a sua experiência, competência e energia, Ingo Ettischer irá impulsionar o crescimento da Bomag e conduzir a empresa com sucesso para o futuro”, afirma Jean-Claude Fayat, proprietário e presidente do Grupo Fayat. Ingo Ettischer (à direita) sucede a Ralf Junker (à esquerda) na presidência do Grupo Bomag. Himoinsa adquire o fabricante de sistemas eletrónicos Dismuntel A Himoinsa adquiriu a Dismuntel, uma empresa de engenharia e I&D com mais de 25 anos de experiência na conceção e fabrico de sistemas eletrónicos, com sede em Valência. Com a incorporação da Dismuntel, a Himoinsa reforça as suas capacidades de engenharia para o desenvolvimento de novos sistemas em eletrónica, permitindo a integração vertical da empresa em termos de hardware, software e firmware. “A integração da Dismuntel na Himoinsa permite-nos inovar no desenvolvimento de novos sistemas de controlo inteligentes para os nossos equipamentos de geração de energia, impulsionando o desenvolvimento de novas soluções de energia híbrida, armazenamento de baterias e microrredes, entre outros”, explica Francisco Gracia, presidente e CEO da Himoinsa, que insiste na necessidade de continuar a desenvolver “equipamentos cada vez mais inteligentes que permitam o crescimento do negócio dos nossos clientes”. Bobcat inicia construção de nova fábrica no México A Bobcat celebrou o lançamento da primeira pedra da sua nova fábrica de 280 milhões de euros no município de Salinas Victoria, arredores de Monterrey, México. A unidade de 65.000 metros quadrados deverá estar operacional em 2026. Esta nova localização, anunciada em 2023, irá expandir a presença global existente da Bobcat para criar capacidade de produção adicional e capacidades de fabrico para determinados modelos de minicarregadoras e de minicarregadoras de rastos. As minicarregadoras Bobcat também são fabricadas nos EUA e na República Checa, onde a produção continuará após a abertura da nova fábrica. A cerimónia de lançamento da primeira pedra contou com a presença de representantes da Bobcat, funcionários locais e líderes empresariais.

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Tektónica regressa em abril de 2025 A organização da Tektónica anunciou que a 27ª edição do certame terá lugar de 10 a 12 de abril de 2025, na FIL – Centro de Congressos e Exposições de Lisboa. Petronor e a O.C.O. vão fabricar materiais de construção que capturam CO2 A Petronor e O.C.O Technology vão iniciar, no segundo semestre do ano, a construção da primeira fábrica na Europa continental para o fabrico de agregados sintéticos, ou seja, um agregado calcário manufaturado que substitui os agregados naturais das pedreiras e que também captura CO2 da atmosfera. Além disso, durante a produção, vão reduzir o CO2 e os resíduos, uma vez que estas são as matérias-primas utilizadas para fabricar os novos agregados. Os dados recolhidos pela organização indicam que a edição de 2024 registou um crescimento em participações de empresas, ascendendo a 300 presenças, nacionais e internacionais, e uma forte adesão de visitantes, ultrapassando as 25.500 visitas. Segundo um inquérito efetuado durante a feira, os visitantes, profissionais e público avaliaram positivamente esta edição, com 98% a referir que o evento correspondeu às expetativas. A acrescentar a isto, 92% dos visitantes profissionais consideram que o certame contribui para a projeção e crescimento económico do setor e 94% recomenda a visita a outros profissionais do setor, tencionando repetir a visita na próxima edição. Em 2025 a Tektónica pretende reforçar o seu estatuto enquanto marketplace e como local privilegiado para a apresentação das principais novidades e tendências, através de um programa de ações e iniciativas para o setor, onde se destacam as últimas inovações. Mantêm-se igualmente a realização em simultâneo com o SIL – Salão Imobiliário de Portugal. Este projeto terá como acionistas a Petronor, com 75%, e a O.C.O., com 25%, e representa um investimento de 20 milhões de euros. A central já tem todas as autorizações e o seu arranque está previsto para o início de 2026. Para o arranque desta central, será utilizado CO2 capturado, como o que provém da refinaria da Petronor. Através da tecnologia O.C.O., o CO2 reage quimicamente com resíduos provenientes da incineração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Como resultado, são obtidos agregados carbono-negativos utilizados como matéria-prima no setor da construção para produzir telhas, blocos de construção, argamassa ou betão não estrutural, entre outros. "Estamos a gerar um produto manufaturado de agregado que acaba por substituir o agregado convencional de pedreira, com o consequente benefício de evitar a exploração de agregados em pedreiras, promovendo a manutenção da paisagem e a economia circular ao utilizar como matéria-prima resíduos que se destinavam a aterro", afirmam os responsáveis pelo projeto. Isto é conseguido graças à aliança tecnológica da Petronor com a O.C.O. Technology e à sua Tecnologia de Carbonatação Acelerada (ACT) patenteada, que permite gerar valor a partir dos resíduos produzidos pela sociedade (resíduos que os cidadãos depositam nos contentores), transformando-os em materiais que são utilizados na construção graças à utilização do CO2 capturado nos processos industriais ou da atmosfera, reduzindo assim a pegada que deixamos no planeta.

PORTUGUÊS: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, ... ESPANHOL: Espanha, México, EUA, Argentina, Colômbia, Chile, Venezuela, Perú, ... ACEDA AO MERCADO LUSO-ESPANHOL DO SETOR DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS O GRUPO EDITORIAL IBÉRICO DE ÂMBITO INTERNACIONAL INTEREMPRESAS MEDIA - ESPANHA Tel. +34 936 802 027 comercial@interempresas.net www.interempresas.net/info INDUGLOBAL - PORTUGAL Tel. (+351) 215 935 154 geral@interempresas.net www.induglobal.pt

ENTREVISTA 12 CÉLIA MARQUES, VICE-PRESIDENTE EXECUTIVA DA ASSIMAGRA Ana Ferreira "O mercado interno tem mostrado sinais positivos, com um aumento na procura impulsionado pelo crescimento da construção civil” Numa altura em que a necessidade de construção em Portugal aumenta, conjuntamente com o aumento da consciencialização do público em geral pela sustentabilidade das indústrias, surge a necessidade de olhar para o setor da extração mineira. Célia Marques, vice-presidente executiva da Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais (Assimagra) traça um panorama e estado de arte do setor, abordando as estratégias que estão a ser implementadas, os seus resultados e perspetivas. O combate às alterações climáticas tem como principais bandeiras a transição energética das indústrias e a redução de consumo de energia. A extração mineira e pedra natural não ficam de fora. Como está o setor a trabalhar esta descarbonização? Quer a indústria mineira, quer a da pedra natural, em Portugal, deparam-se com significativos desafios no âmbito da sua descarbonização e consequente transição energética. Esta transição engloba uma alteração gradual da utilização das fontes de energia substituindo as de origem fósseis por renováveis, mas também a implementação de tecnologias mais eficientes em termos energéticos e a adoção de práticas de gestão ambiental que minimizem a pegada de carbono. As empresas estão atualmente a percorrer essa transição energética, investindo cada vez mais em equipamentos híbridos e elétricos, além de adotarem tecnologias que permitem a redução de emissões durante o processo de extração e processamento. Em termos coletivos, o setor está ainda a trabalhar no seu Roteiro de Descarbonização (ROADto2050), aprovado no âmbito do PRR, que vem dotar as empresas de ferramentas de cálculo da pegada carbónica individual, e estabelecer as metas a adotar para a transição para uma economia de baixo carbono até 2030, 2040 e 2050. Ainda relacionado com a sustentabilidade, qual o impacto que a necessidade de adoção de práticas e maquinaria sustentável está a ter nas empresas do setor? As empresas estão já a implementar práticas e maquinaria híbrida ou elétrica? A adoção de práticas e tecnologia sustentável tem tido um impacto significativo nas empresas do setor. Há um aumento dos custos iniciais devido ao investimento em novos equipamentos e tecnologias, mas a longo prazo, as Célia Marques, vice-presidente executiva da Assimagra.

ENTREVISTA 13 empresas esperam reduzir custos operacionais e melhorar a sua eficiência energética. Muitas empresas estão já a implementar equipamentos híbridos ou elétricos e a adotar práticas de economia circular, como a reutilização de resíduos e subprodutos de pedra. A Assimagra enquanto associação que representa o setor da mineração e extração mineira em Portugal, está a dinamizar projetos e agendas mobilizadores verdes financiadas também pelo PRR. Como estão as empresas a encarar esses projetos? Demonstram muito interesse? As empresas do setor têm demonstrado um interesse crescente nos projetos mobilizadores e agendas verdes do setor. O financiamento através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem sido um incentivo adicional, e uma oportunidade para as empresas se modernizarem, inovarem e se alinharem com as novas exigências ambientais e de mercado, cada vez mais competitivo e exigente. Da parte da Assimagra estamos a trabalhar na pegada ambiental dos produtos mais comuns do setor em Portugal, oferecendo às empresas inputs aos diferentes esquemas de certificação da construção, envolvendo e sensibilizando para os desafios associados à sustentabilidade e às novas exigências europeias e do reporting ESG (Environment, Social and Governance). Com um importante foco na expansão para mercados externos, a Assimagra está concentrada em levar a marca Portugal além fronteiras. Qual o impacto da marca StonebyPortugal no mercado e no setor? A marca StonebyPortugal tem ajudado a aumentar a visibilidade e a reputação da pedra natural portuguesa nos mercados internacionais, a par com inúmeras outras inicia- “O setor está a trabalhar no seu Roteiro de Descarbonização (ROADto2050), aprovado no âmbito do PRR, que vem dotar as empresas de ferramentas de cálculo da pegada carbónica individual e estabelecer as metas a adotar para a transição para uma economia de baixo carbono”

ENTREVISTA 14 tivas coletivas e individuais das empresas. Esta marca tem promovido a qualidade e a sustentabilidade das pedras portuguesas, aumentando a confiança dos clientes e abrindo novas oportunidades de negócios. E de que forma está a fazer crescer a exportação de pedra nacional? O setor da pedra natural portuguesa, tem vindo a demonstrar uma resiliência notável, posicionando-se como um vetor de estabilidade e potencial crescimento dentro do panorama económico nacional. A capacidade deste setor em adaptar-se às dinâmicas de mercado, aliada à qualidade reconhecida dos seus produtos, contribuiu de forma significativa para a manutenção do seu desempenho económico, ano após ano, reforçando a importância estratégica da indústria extrativa nacional no contexto da economia global. As exportações de pedra natural para fins ornamentais, em 2022 e 2023 registaram valores de desempenho record, com exportações na ordem dos 500 milhões de euros. Contudo, a previsão para 2024 é de abrandamento significativo, fruto da crise que se verifica na Europa. Se, por um lado, há mercados externos que se vão consolidando, por outro, há fenómenos imprevisíveis, em rápida evolução, nos quais as empresas necessitam de operar, tais como os conflitos geopolíticos em grande escala Israel-Hamas no Médio Oriente e Ucrânia na Europa, bem como as tensões crescentes na Ásia-Pacífico, que em muito impactam a evolução das exportações deste setor de atividade. De uma forma mais macro, qual o peso das exportações no setor no primeiro semestre deste ano? Os últimos dados provisórios que reportam a abril de 2024 mostram uma retração no volume de negócio mundial, com menos 20 milhões de euros transacionados em relação ao acumulado de abril de 2023, fortemente condicionados pela retração do volume de exportações para os países da União Europeia. A leitura dos dados macro indica uma tendência negativa nos comportamentos dos diversos mercados globais, com fortes retrações na maioria dos 10 destinos cimeiros da pedra natural portuguesa, em grande parte destinos europeus. Mantém-se, no entanto exceções como são o caso do Vietname e Koweit. Até abril, o setor exportou 151 milhões de euros, tendo transacionado cerca de 575 mil toneladas de produto. A valorização do produto apresenta um crescimento, face ao mesmo período de 2023, de 4,83%, com registos de exportação para 111 países.

ENTREVISTA 15 Olhando para o mercado interno, qual o balanço que fazem do primeiro semestre do ano? O mercado interno tem mostrado sinais positivos, com um aumento na procura impulsionado pelo crescimento da construção civil. As empresas do setor estão a sentir os efeitos positivos desse crescimento, embora ainda enfrentem desafios, como a escassez de mão-de-obra e o agravamento dos custos de contexto. Em termos de mão de obra sabemos que vários setores enfrentam dificuldades, não sendo portanto um problema exclusivo do setor da mineração e extração mineira. Qual o ponto de situação neste momento no setor? Já se conseguiu equilibrar o défice de mão de obra? Como está a lidar o setor com esta escassez? A indústria extrativa em Portugal, tal como outras indústrias, enfrenta desafios relacionados com a escassez de mão de obra qualificada e dificuldade de fixar talentos. As empresas estão a investir em programas de formação e em melhorias nas condições de trabalho para atrair e reter trabalhadores. A situação está a melhorar gradualmente, mas o equilíbrio completo ainda não foi alcançado. Quais as perspetivas para este ano em termos de inovação? Em que medida consideram que a utilização da Inteligência Artificial e a IoT irão mudar o setor? A inovação no setor está também focada na adoção de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) e em Internet das Coisas (IoT). Estas tecnologias prometem transformar o setor, otimizando processos de extração, melhorando a segurança e reduzindo os custos operacionais. Entre os projetos de inovação neste campo, incluem-se o desenvolvimento de sistemas de monitorização em tempo real e a automação de processos. Que projetos ou iniciativas destacam ainda para este ano e próximo, que tenham como finalidade última a promoção do setor? Por um lado, demos continuidade ao Projeto Conjunto de Internacionalização do setor reforçando a presença coletiva das empresas nos principais certames mundiais da pedra natural, desde os Estados Unidos, à China e Itália, tendo ainda neste âmbito previstas iniciativas de promoção da qualidade da pedra portuguesa e do know-how desta indústria em eventos distintivos, designados por About Portuguese Stone, a decorrer em Chicago, Nova Iorque, Polónia, Londres e Japão. Por outro lado, e de forma mais abrangente, inspirados na pedra e nos setores tradicionais nacionais, iniciámos a dinamização de um trabalho com diferentes clusters portugueses, através de uma abordagem experimental de junção de diferentes materiais - com o crivo da sustentabilidade – com o objetivo de aproximar não só profissionais do design a estas indústrias, como colocar os vários setores e PMEs associadas em diálogo, de forma a transferir conhecimento e melhor inteligência económica na competitividade nos mercados internacionais, para gerar atratividade para a pedra portuguesa e para Portugal. Apoiada pelo PRR e enquadrado na Agenda Verde Sustainable Stone by Portugal, surge assim a marca Broot, sob a qual estamos a produzir peças de design que sublinham o protagonismo da pedra portuguesa, por um lado, e por outro que dialoguem com diferentes materiais, técnicas, contextos e indústrias dando a conhecer, através de uma estratégia de comunicação massiva internacional, novas dimensões na utilização da pedra nacional e da nossa indústria. Esta marca, lançada a dia 12 de julho em Santarém, no II SUMMIT StonebyPORTUGAL, será uma mais valia de promoção internacional do setor junto de segmentos de luxo e de maior valor, prevendo-se iniciar um percurso internacional de promoção que decorrerá entre 2024 e 2025, começando na Arábia Saudita já em setembro, passando por Paris, Nova Iorque, Milão e terminando no Pavilhão de Portugal da Expo Osaka 2025, no Japão. Finalizando, qual o balanço que fazem do último ano em termos de exportação de pedra natural e quais as perspetivas de evolução do setor para 2025? O último ano foi positivo em termos de exportações, cujo comportamento final se manteve com valores idênticos a 2022, melhor ano de sempre do setor, apesar dos desafios económicos globais. A guerra Rússia-Ucrânia, o mais recente conflito no Médio Oriente entre Israel e Hamas, e instabilidade política de algumas das principais economias mundiais devido às eleições nos Estados Unidos, França e Reino Unido têm provocado alguma instabilidade económica e geopolítica à escala global, pelo que as perspetivas para 2024 e 2025 são ainda bastante incertas. n “Até abril, o setor exportou 151 milhões de euros, tendo transacionado cerca de 575 mil toneladas de produto”

OPINIÃO 16 MMH 2024: uma edição de recordes A contagem decrescente para o Salão Internacional da Mineração (Mining and Minerals Hall 2024) já começou. O calendário recorda-nos que faltam apenas cinco meses para que milhares de pessoas se reúnam num dos mais importantes eventos mineiros da Europa. A quinta edição do evento reafirma a sua relevância e promete superar todas as expetativas. Marta Cerati, diretora executiva da AMINER e secretária-geral do Mining and Minerals Hall (MMH) Este ano, o salão MMH aumentou o seu espaço de exposição de dois para três pavilhões no Centro de Conferências e Exposições de Sevilha (FIBES), co-organizador do MMH juntamente com a associação que gere, a AMINER. De facto, os 5.000 metros quadrados de espaço de exposição foram ultrapassados, superando os 4.464 metros que foram ocupados na edição de 2022. O mesmo aconteceu com o número de stands participantes: em comparação com os 171 da edição anterior, há agora 218 expositores. Este aumento reflete a importância crescente da indústria mineira e o seu impacto na economia mundial. O número de candidaturas para a apresentação de comunicações e posters no Mining and Minerals Hall também atingiu um novo patamar. Apesar do prazo já ter terminado, a organização continua a receber pedidos de empresas especializadas em matérias-primas críticas, transformação energética, competências e conhecimentos, licença social, inovação e digitalização, bem como gestão empresarial e comercial. Ninguém quer perder a oportunidade de participar num evento que reúne especialistas que estão a contribuir significativamente para o avanço da nossa indústria. Certamente, de 15 a 17 de outubro, Sevilha tornar-se-á um ponto de encontro ideal para os profissionais do setor. Além disso, como uma das prioridades desta edição, este ano haverá um espaço dedicado a promover a projeção social da indústria extrativa. Serão destacados os benefícios que o setor traz para o ambiente em que as empresas mineiras operam e a natureza essencial da produção mineral para o progresso da humanidade como um todo. Se a opinião própria deve basear-se na consulta de diferentes fontes, o comité organizador preocupa-se em facilitar o acesso a toda a informação sobre a exploração mineira no século XXI. Desta forma, abriremos um espaço para o grande público a partir das empresas mais inovadoras e sustentáveis do setor. Só conhecendo a importância da exploração mineira em aspetos quotidianos da nossa vida, como as tecnologias, desde a informática à medicina, é que podemos compreender plenamente os nossos objetivos e formar uma opinião sólida. Aproximar a vertente técnica da exploração mineira da sociedade

OPINIÃO 17 ajuda também a sensibilizar para a importância da promoção e aprovação de regulamentos como o European Critical Raw Materials Act (CRMA), que foi recentemente publicado no Jornal Oficial da União Europeia e entrará em vigor a 23 de maio do próximo ano. Esta lei irá designar projetos estratégicos com o objetivo de aumentar a capacidade da União Europeia (UE) para extrair, processar e reciclar matérias-primas estratégicas e garantir um abastecimento seguro e sustentável nos países da UE. Em números, a CRMA estabelece três parâmetros de referência para o consumo anual de matérias-primas: 10% provenientes da extração local; 40% serão processados na UE e 25% serão provenientes de materiais reciclados. Por outras palavras, reduziremos a nossa enorme dependência dos mercados internacionais, valorizando a exploração mineira que produzimos em Espanha e na Europa, o que trará, sem dúvida, benefícios para as nossas economias. Graças a este tipo de progresso administrativo, o prazo para a realização da transição energética é encurtado. O apoio da União Europeia ao setor reforça o que tantas empresas mineiras estão a desenvolver e a implementar para garantir a sustentabilidade. E permite que outras potências mundiais nos reconheçam como um verdadeiro exemplo a seguir em termos de inovação. Basta olhar para alguns casos para perceber a evolução positiva da atividade mineira quando as esferas privada e pública estão alinhadas. Por uma questão de conhecimento e de proximidade, cito exemplos de origem andaluza. Recentemente, representantes da Comissão Europeia e do Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico visitaram a Andaluzia para ver em primeira mão as boas práticas levadas a cabo nas explorações mineiras andaluzas, especialmente em termos de prevenção e proteção ambiental. As instalações foram a Cobre Las Cruces (patrocinador Prata do MMH) e a Minera Los Frailes, em Sevilha, e a Atalaya Riotinto (patrocinador Ouro do MMH), em Huelva. Esta última vai desenvolver o projeto Masa Valverde nas localidades de Beas e Valverde del Camino, em Huelva, que envolverá a exploração de um dos maiores depósitos de sulfuretos maciços vulcanogénicos por explorar na prolífica Faixa Piritosa Ibérica. O projeto prevê um investimento de 175 milhões de euros e a criação de 157 postos de trabalho diretos, de acordo com o projeto apresentado. Outro exemplo tangível é o das empresas anteriormente mencionadas, juntamente com a Pan Global Resources (patrocinador Prata do MMH) e outras empresas que se candidataram a direitos mineiros na Andaluzia, o que demonstra a intenção e a capacidade de investimento em projetos a longo prazo de empresas já estabelecidas em Espanha, e que pretendem continuar no futuro com uma atividade que gera riqueza nos meios em que se desenvolve. Da mesma forma, a Asea Brown Boveri (ABB) (patrocinador Gold do MMH) está a deixar a sua marca no desenvolvimento e inovação ao lado de outros patrocinadores silver, como Alto Minerals, Atlantic Copper, Epiroc, Insersa, Iberian Sustainable Mining Cluster (ISMC), Maxam, Metso, Orica, Sandfire Matsa, Shell, Técnicas Reunidas, Tharsis Mining e Savilcon Group. Para além dos patrocinadores do cobre, a Xcalibur Smart Mapping, a Somincor Lundin Mining, a Tolsa e o Colegio Oficial de Ingenieros de Minas del Sur. O compromisso do setor mineiro é latente desde regiões como a Andaluzia até comunidades como a União Europeia. A nossa responsabilidade para com o valor da exploração mineira é posicioná-la em conformidade, e é por isso que um evento como o MMH está a crescer a um ritmo vertiginoso em cada edição. Já estamos a assistir a números recorde, mesmo antes do início do evento, e estamos convencidos de que vamos ultrapassar o número de visitantes da área de exposição, o número de participantes no congresso e a participação de oradores nacionais e internacionais. Mas não há dúvida de que o impacto económico na cidade de Sevilha também vai aumentar. Porque a atividade mineira é sinónimo de crescimento e desenvolvimento, de emoção e compromisso, de união e força. n FIBES acolherá uma nova edição do MMH de 15 a 17 de outubro de 2024.

18 EXTRAÇÃO MINEIRA Almina amplia frota de equipamentos de mineração com 32 novas máquinas Sandvik Durante o corrente ano e o próximo, um total de 32 equipamentos serão entregues à empresa mineira Almina Minas do Alentejo, como resultado da maior venda da Sandvik até à data na Europa. O contrato foi assinado em abril de 2024 entre a sede espanhola da Sandvik Mining and Rock Solutions (SMR) e a Cimertex, distribuidora oficial da marca em Portugal. A encomenda está avaliada em aproximadamente 340 milhões de coroas suecas. O pedido inclui vinte camiões Toro TH663i, cinco pás carregadoras Toro LH621i, quatro equipamentos de perfuração mecânica DS411 e três de perfuração de furo longo DL421. As entregas ocorrerão ao longo de 2024 e 2025. Esta encomenda soma-se aos dezoito camiões Toro TH663i recentemente fornecidos à Almina, bem como a outros modelos anteriores, tornando a frota da Almina uma das maiores em termos de número de equipamentos Sandvik na Europa. A magnitude do projeto é igualmente notável pela sua sofisticação tecnológica. Dos vinte camiões TH663i encomendados no acordo mais recente, doze deles serão equipados com o AutoMine Fleet, um sistema Entre o equipamento a ser entregue encontram-se 20 camiões Toro TH663i (à esquerda) e cinco pás Toro LH621i (à direita).

19 EXTRAÇÃO MINEIRA de automação altamente avançado para frotas de carregadoras e camiões terrestres Sandvik que partilham a mesma área de produção. Esta solução oferece um controlo automático da gestão do tráfego, permitindo aos operadores do sistema monitorizar o processo remotamente. O sistema é escalável para diferentes aplicações mineiras e permite aos operadores controlar e monitorizar simultaneamente várias operações a partir do conforto e segurança de uma sala de controlo remoto. Os sistemas de operação e automação remota da Sandvik possibilitam a monitorização simultânea de vários equipamentos e fornecem uma visão completa da frota, otimizam as operações, melhoram a produtividade e a segurança e ajudam a reduzir os custos. Para além dos acordos alcançados entre a Sandvik e a Cimertex, o negócio representa um dos maiores contratos de serviço e manutenção alguma vez assinados entre a Cimertex e o seu cliente: "É um importante reforço do nosso negócio de equipamentos mineiros e uma recompensa pela parceria que temos com a Almina há muitos anos", afirma Álvaro Bastos, CEO da Cimertex. A Cimertex representa atualmente em Portugal várias marcas líderes de equipamentos. Para além da área de negócio de vendas, a Cimertex dispõe de uma equipa de serviço após venda especializada, que cobre todo o território nacional. A venda inclui um contrato de serviço pós-venda completo para os próximos cinco anos, numa base 24/7. “Vamos operar numa lógica de serviço completo e com um acordo de mão de obra contínua”, afirma o CEO da Cimertex. Com quase 60 anos de intensa atividade, a Cimertex tem as competências essenciais para oferecer as opções mais adequadas a cada negócio: “A Almina procura uma maior produtividade a um menor custo por tonelada, assentes na eficiência do ciclo e numa menor manutenção”, explica Álvaro Bastos. “Está provado que, com as LH621i autónomas existentes e a frota DL421, existe um rácio de utilização mais elevado durante as mudanças de turno.” De acordo com a Cimertex, a encomenda responde à necessidade da Almina de expandir a sua capacidade produtiva, especificamente na exploração de um novo jazigo mineral que irá duplicará a produção atual da empresa para seis milhões de toneladas por ano. A Almina é uma empresa mineira portuguesa com sede em Aljustrel que explora minerais como o zinco, o chumbo e o cobre. Estas minas estão localizadas na faixa piritosa ibérica, entre o sul do Baixo Alentejo (Portugal) e a Andaluzia (Espanha), uma das zonas mais ricas do mundo em minerais metálicos. Estes são os equipamentos incluídos no pedido: Sandvik DL421 A Sandvik DL421 é uma perfuratriz de produção ‘longwall’ compacta, totalmente mecanizada e eletro-hidráulica, concebida para mineração subterrânea em grande escala para galerias de produção de 3,6 x 3,6 m ou maiores. Este equipamento é capaz de perfurar galerias verticais e inclinadas, bem como furos simples ou paralelos de Ø89-115 mm até 54 m de profundidade, utilizando tubos de Ø76 mm (ST58) e Ø87 mm (ST68). Especificações: • Elevada capacidade de perfuração e excelente controlo com soluções comprovadas • Elevada estabilidade e precisão na perfuração de longo curso • Maior produtividade com automação da perfuração, transferência de dados e operação remota • Pré-instalação do AutoMine Single Drill level • Ambiente seguro e confortável para o operador • Excelente acesso aos pontos de serviço ao nível do solo para uma manutenção rápida e segura. Sandvik DS411 O Sandvik DS411 é um equipamento de perfuração mecânico projetado para instalar os tipos de tirantes mais comuns em combinação com com malha de arame quando necessário. Sandvik DL421. Sandvik DS411.

20 EXTRAÇÃO MINEIRA O processo de aparafusamento é totalmente mecanizado e controlado por um único operador. Graças ao seu robusto braço TBR60, esta máquina de aparafusamento pode instalar várias filas de parafusos de 1,5-3 m numa única passagem. Especificações: • Controlos de rotina efetuados ao nível do solo para maior segurança • Design de ‘Carrier’ para facilitar a manutenção • Cabeça de aparafusamento com componentes altamente fiáveis • Martelo de alta frequência RD314 com excelente taxa de penetração. Toro LH621i O Toro LH621i é um equipamento de carga e transporte concebido para realizar trabalhos no desenvolvimento de minas e produção interior em grande escala. Tem uma elevada potência hidráulica para um enchimento rápido do balde e um grupo motopropulsor para uma maior velocidade de rampa. A segurança e a manutenção são fundamentais na conceção deste equipamento, que oferece uma elevada durabilidade dos componentes e um baixo custo por tonelada. Especificações: • Enchimento rápido dos baldes • Motores eficientes em termos de combustível e com baixas emissões • Fácil manutenção • Monitorização da produção • Máxima ergonomia e conforto • Preparada para a digitalização. Toro TH663i O Toro TH663i é um camião inteligente de 63 t, de elevada produtividade, para utilização em galerias 6 x 6. Este camião de nova geração é seguro, eficiente, de elevada capacidade, concebido para um desempenho máximo. Aumenta a produtividade, mantendo um baixo custo por tonelada. Oferece o máximo conforto e segurança ao operador com uma cabine insonorizada e certificação FOPS e ROPS. O Toro TH663i é a combinação perfeita para a carregadora LH621i da Toro. Especificações: • Máxima eficiência e baixos custos • Tempos de ciclo mais curtos • Monitorização da produção • Pronto para digitalização com AutoMine • Excelente ambiente e segurança para o operador • Manutenção rápida e fácil. “Da parte da direção da Sandvik Mining and Rock Solutions Ibérica, estamos convencidos de que esta operação não só consolida a nossa já excelente relação com a Cimertex como distribuidor oficial com maior volume de negócios na nossa região de vendas Sandvik, e após mais de 20 anos de colaboração como parceiro estratégico para a nossa empresa, como nos permitirá ter uma referência na mineração de relevância global, o que nos levará a reforçar ainda mais a nossa presença na Península Ibérica e na Europa como fornecedor número um de máquinas e soluções técnicas para este sector”, afirma Enrique Mota, diretor-geral da SMR Ibérica. “Gostaríamos de agradecer mais uma vez ao nosso cliente Almina, à Cimertex e a todas as equipas envolvidas nesta operação, pela confiança mútua que este acordo representa”. n OPERAÇÕES REMOTAS COM O AUTOMINE O AutoMine Fleet é um sistema de gestão de frotas que facilita o trabalho dos equipamentos em operação autónoma e remota, quando necessário. Neste caso particular, o AutoMine Fleet incorpora um sistema de controlo de tráfego dentro da mina para uma operação totalmente autónoma e interligada. Permite o controlo a partir da superfície e a operação, quando necessário, de todos os equipamentos ligados à rede de comunicações no interior da mina, incorporando sistemas de controlo de acesso às zonas em funcionamento autónomo através de barreiras laser, bem como a gestão da interação dos diferentes equipamentos que estão a funcionar em modo autónomo ou remoto. Toro LH621i. Toro TH663i.

21 EXTRAÇÃO MINEIRA Almina investe 11 milhões de euros para reduzir a emissão de poeiras A Almina, empresa mineira de Aljustrel, investiu 11 milhões de euros numa nova britagem secundária de superfície, numa localização/ implantação mais favoráveis para o controlo e redução da emissão de poeiras e consequente melhoria da qualidade do ar. A empresa substitui assim a instalação que existia há 16 anos, construindo uma nova unidade mais compacta e de maior eficiência, reduzindo os elevados custos de manutenção, mas mantendo a capacidade instalada de extração, licenciada pelo TUA – Título Único Ambiental e SIR – Sistema de Indústria Responsável, de 7.008.000 t/ano. A nova instalação ocupa apenas um espaço coberto já existente – Stockpille 1, implantada de acordo com um layout mais simplificado e modernizado, recorrendo a equipamentos de nova geração, mais eficientes e mais adequados tanto à atividade mineira como ao material a explorar. Recorde-se que a anterior britagem secundária, localizada junto à Lavaria, estava implantada num layout disperso por três edifícios, que se ligam entre si através de tapetes transportadores, sendo que agora, numa disposição mais compacta, a nova instalação permitirá também ter redundância/ flexibilidade em alguns equipamentos. A Almina continuará assim a cumprir o Programa de Monitorização da Qualidade do Ar, implementado ao abrigo no disposto na DIA – Declaração de Impacte Ambiental. A sustentabilidade faz parte da estratégia do Grupo Almina, sendo um dos maiores desafios de gestão da atividade, pelo que esta medida incorpora uma lista de medidas estratégicas que a empresa tem vindo a desenvolver numa perspetiva de redução dos seus impactes, promovendo a melhoria contínua sustentável. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DE IMPACTES DA NOVA BRITAGEM • Redução da área coberta em 3.600 m2, aproveitando um espaço coberto já existente; • Localização 90 metros mais afastada da E.N. 261, e consequentemente da Vila de Aljustrel; • Localização a uma cota inferior em 11 metros relativamente à anterior, portanto mais abrigada e encaixada na topografia dos terrenos envolventes, minimizando assim a dispersão de poeiras; • Diminuição em 264 metros do comprimento dos tapetes transportadores exteriores, reduzindo assim o número de pontos de dispersão de poeiras; • Redução da probabilidade de dispersão de poeiras, devido à sua base de implantação em laje de betão armado com pendente única, contribuindo para uma limpeza mais otimizada, diminuindo o tempo de exposição das partículas; • Maior espaço livre/acessibilidade na proximidade dos equipamentos fixos, permitindo uma limpeza mais eficiente; evitando a deposição de partículas por períodos longos; • Melhor controlo da dispersão de partículas, através da colocação de sistemas de nebulização em todo o perímetro, dum único espaço; • Redução do consumo energético em 0,5 kW/tonelada/hora, devido à utilização de equipamentos 'heavy duty' de maior eficiência. n

22 EXTRAÇÃO MINEIRA Weir lança nova marca que garante autenticidade das lâminas de borracha Linatex A Weir, líder mundial em soluções de tecnologia mineira e único fabricante da borracha premium Linatex, lançou uma nova marca para a sua icónica borracha vermelha. A borracha premium Linatex é conhecida pela sua vida útil incomparável e pelos benefícios do custo total de propriedade. Este novo reforço constitui uma declaração de intenções contra empresas que vendem produtos de borracha vermelha de qualidade inferior com o nome Linatex. Para reforçar a autenticidade da borracha premium da Linatex e, assim, proteger os clientes de imitações de qualidade inferior, foi implementada uma importante atualização da marca. Toda a borracha Linatex é agora marcada com quatro filas de logótipos pretos da Linatex, estrategicamente colocados ao longo do comprimento do rolo de borracha. Esta marca distintiva proporcionará um identificador claro e inconfundível da borracha premium genuína da Linatex. Após testes exaustivos, foi confirmado que a tinta preta não afeta as propriedades imbatíveis de resistência à abrasão da borracha, que durante um século tem sido a primeira linha de defesa da indústria contra a abrasão. A introdução desta nova marca permitirá que os clientes verifiquem instantânea e visualmente a autenticidade dos seus produtos de borracha de primeira qualidade. A presença dos logótipos pretos da Linatex será uma garantia de qualidade e desempenho superiores. A borracha premium Linatex é fabricada a partir de 95% de látex natural, utilizando um processo exclusivo de fase líquida patenteado em 1923. Apenas o Linatex genuíno tem os logótipos Linatex ao longo de todo o rolo.

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