ENTREVISTA 27 Abel Mera - Os engenheiros que referimos estão disponíveis para dar suporte aos nossos clientes e distribuidores, exatamente porque é prioridade da marca garantir que as suas máquinas são reparadas com a maior rapidez possível. Para ter êxito neste mercado tão competitivo, além de um bom produto, temos de garantir um bom suporte técnico. O suporte técnico também precisa de uma boa logística em termos de fornecimento de peças... SM - A Hidromek valoriza um bom suporte comercial e técnico, como oferece a Cepcar, mas também dá muita importância à capacidade logística. Neste sentido, investimos fortemente num centro logístico em Barcelona, que nos garante a entrega de peças em até 48 horas. Todas as semanas recebo um relatório sobre disponibilidade de peças sobresselentes e tenho orgulho de dizer que, em 2023, terminámos o ano com 91,4% de disponibilidade de peças. Em outras palavras, em cada 100 referências de peças ou material sobresselente, temos 91,4% desse material disponível no imediato. Dispomos de um stock que nos dá segurança e nos permite absorver as necessidades imediatas dos nossos parceiros. Sendo uma empresa turca, não haverá dificuldades acrescidas na importação de equipamentos e peças para a UE? SM - Há uma relativa demora na importação de quaisquer produtos vindos da Turquia, porque ainda existem alfândegas. Mas a Turquia pertence ao acordo alfandegário com a UE, pelo qual o processo é muito mais simplificado. Para suplantar essa ligeira dificuldade apostámos, como já referi, num grande centro logístico em Barcelona e, assim, podemos garantir um serviço de reposição de peças e/ou outro material muito mais rápido. Por outro lado, a Hidromek é proprietária das suas fábricas, é uma empresa que se ocupa a cem por cento das suas instalações, e não depende, como algumas marcas concorrentes, de fornecimento de peças de fábricas exteriores, o que facilita essa rapidez de resposta. AM - Este detalhe referido por Stoian Markov é muito importante. É por isso que temos uma excelente relação e aceitação por parte dos nossos distribuidores e clientes, que valorizam a eficiência e rapidez da nossa resposta. Pela minha experiência pessoal e de contactos com os clientes portugueses, vejo que dão muita importância ao facto de terem um contacto próximo do serviço técnico, que garanta uma resposta rápida. Para dar um exemplo, com um concorrente, o cliente se precisar de uma peça tem de abrir um ticket… SM - Excelente exemplo, Abel. Somos uma grande empresa com 2.700 empregados distribuídos por sete fábricas em vários pontos do globo, mas seguimos como uma empresa familiar. Imagine que tem, como acontece com alguns concorrentes, um problema com a sua máquina e abre um serviço com o distribuidor da zona. O mecânico que tem de reparar a máquina tem de se sentar ao computador, enviar um correio eletrónico, abrir um ticket e ficar à espera que lhe respondam. E muitas vezes nem sequer tem um contacto direto telefónico. Cada distribuidor Hidromek west tem o contacto de um dos nossos oito engenheiros que referenciei. E se for necessário, no dia seguinte, ele desloca-se ao estaleiro de obra. Como foi a evolução da marca no mercado português ao longo destes anos? AM - Posso referir que, na Península Ibérica, de há seis anos que estamos entre as três marcas de escavadoras de rastos mais vendidas. E também somos a segunda marca de referência no que diz respeito à gama compacta de retroescavadoras. Temos uma quota de mercado neste setor de 26% em Espanha e de 20% em Portugal. Que novidades apresentaram no Open Day da Cepcar? SM - Aproveitámos este evento especial para apresentar o modelo de mini-retroescavadoras HMK 62 T. Aliás, estamos a introduzir este modelo no mercado europeu começando por Portugal. Posso adiantar que já temos oito unidades vendidas através da Cepcar, o que nos enche de orgulho. Existe também um modelo semelhante sobre rodas, mas a HMK 62 T é especialmente ideal para uso em terrenos instáveis. AM - Sabia que, quando a Hidromek começou a apostar na Península Ibérica, em 2002, as primeiras máquinas foram, de facto, vendidas aqui em Portugal? E os clientes que apostaram neste modelo estão encantados, porque é uma máquina muito versátil que vem já equipada com retro. SM - Também tivemos em destaque a pá carregadora da série K4 e a escavadora de rastos da série 4, uma aposta conjunta da Hidromek e da Cepcar para a indústria de minas e pedreiras. Com um peso operativo de 55 toneladas, este novo equipamento promete ser uma referência no setor. Finalmente, a marca prevê introduzir modelos com motorizações elétricas? RM - Estamos em fase de testes avançados e, durante o próximo ano, esperamos introduzir no mercado uma nova mini-escavadora urbana de sete toneladas sob rodas. A HICON7 será essencialmente um modelo para obras e trabalhos em áreas urbanas, destinado a serviços urbanos e municipais. n
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