2023/4 06 Preço:11 € | Periodicidade: Trimestral | Outubro 2023 - Nº 6 O seu fornecedor de confiança Siga-nos no: PORTUGAL A Mover o Mundo Delegaciones en españa: AlicAnte | AlmeríA | AsturiAs | BArcelonA | GAliciA | mAdrid | méridA | PonferrAdA | sevillA | tenerife | ZArAGoZA Filiales en el munDo: chile | united stAtes | frAnce | PortuGAl | turkey | chinA | russiA | itAly | romAniA | south AfricA | ZAmBiA | Peru | nAmiBiA | kAZAkhstAn | indonesiA Blumaq Peças Para máquinas industriais lda. rua do Casalinho, 16, Pousos 2410-201 leiria t: +351 244 802 342 / 336 BlumaqPortugal@Blumaq.Com www.blumaq.com
www.tecymacan.com Polígono Industrial Gilledi, nave 13 31892 Sarasa (Navarra) +34 948 30 49 78 // info@tecymacan.com Soluções integrais para a produção de agregados Mais de 25 anos oferecendo soluções integrais para o fabrico de agregados, mineração, fertilizantes e outros setores, conceção completa de instalações, produtos à medida das necessidades dos clientes, colocação em funcionamento e serviço pós-venda. Contacte-nos! Instalações completas “chave-na-mão” Central de tratamento de resíduos Equipamentos de Filtração para Cabinas Britadores Britadores de impacto Peneiras vibratórias Alimentadores Equipamentos de lavagem Correias transportadoras Detetores de metais Os nossos Produtos Central de britagem Pedreira Fertilizantes Mineração Reciclagem
Desempenho inalterado Aumento da versatilidade Utilização simplificada REDUZA AS SUAS EMISSÕES, ELEVE OS SEUS PADRÕES! UMA NOVA ERA ELÉCTRICA TODO-O-TERRENO: MANITOU lança as gamas Oxygen e aceita o desafio das energias renováveis. Reduza as suas emissões e o seu consumo de energia sem renunciar à qualidade MANITOU. NOVAS GAMAS Digitalize este código QR ou visite www.manitou.com para descobrir a gama OXYGEN
ATUALIDADE 5 EDITORIAL 5 Combate à concorrência desleal é uma obrigação nacional 12 Iberdrola inicia o enchimento da barragem do Alto Tâmega 14 Preocupação ambiental origina método inovador na beneficiação do IC2/EN1 16 Reabilitação sustentável de estradas na costa holandesa 22 SMOPYC 2023: o grande evento da Península Ibérica para o setor da construção está de regresso 26 Mercado europeu de máquinas usadas em franca recuperação 30 Edição, Redação e Propriedade Avenida Defensores de Chaves, 15, 3.º F 1000-109 Lisboa (Portugal) Telefone +351 215 935 154 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, David Múñoz redacao_engeobras@interempresas.net www.engeobras.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 44 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127810 Déposito Legal 498357/22 Distribuição total +13.900 envios. Distribuição digital a +13.200 profissionais. Tiragem +700 cópias em papel. Edição Número 6 – Novembro de 2023 Estatuto Editorial disponível em https://www.engeobras.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (España) www.graficasandalusi.com Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da Engeobras adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. “Queremos que as pessoas saibam que Rodeo é sinónimo de Case” 34 Kobelco apresenta novas escavadoras de raio curto SK230SRLC-7 e SK270SR(N)LC-7 40 Develon apresenta a sua primeira miniescavadora elétrica 44 Bobcat celebra 60 anos da sua fábrica em Pontchâteau, França 46 Sustentabilidade na maquinaria de construção: Uma realidade ao virar da esquina 48 Mercado europeu de aluguer abranda em 2023 mas mantém resiliência 52 LoxamHune forneceu geradores e maquinaria para as Jornadas Mundiais da Juventude 54 Nova Palfinger PK 1050 TEC 56 Cobalto, um imenso azul 58 Inovação rodovia: Instalação de sistema de monitorização em pavimento 60 Arden Equipment, equipamento de demolição para o máximo desempenho 62 Martelos hidráulicos Epiroc Solid Body: 30 anos de sólida fiabilidade 64 SUMÁRIO 26
5 Governo publica Portaria com novas instruções para a elaboração de projetos de obras públicas Diploma entrou em vigor a 6 de setembro de 2023. No passado dia 7 de agosto foi publicada a Portaria 255/2023 que aprova o conteúdo obrigatório do projeto de execução, bem como o novo conteúdo obrigatório das várias fases do projeto (programa preliminar, programa base, estudo prévio, anteprojeto ou projeto base e projeto de execução). Como explica um texto da Morais Leitão, o diploma aprova o novo conteúdo obrigatório das várias fases dos projetos de obras de uma empreitada de obras públicas, nos termos do artigo 43.º, n.º 1, 3 e 7, do Código dos Contratos Públicos (CCP), os procedimentos e normas a adotar na elaboração e no faseamento de projetos de obras públicas e, ainda, a classificação de obras por categorias, e revoga a Portaria n.º 701-H/2008, de 29 de julho, introduzindo alterações que respondem à evolução natural da realidade das obras públicas, marcada pela crescente complexidade dos projetos ao nível técnico e tecnológico. A isto a Ordem dos Engenheiros – Região Norte – acrescenta que foram também aprovados os procedimentos e normas a adotar na elaboração e faseamento de projetos de obras públicas, designados como “instruções para a elaboração de projetos de obras”, assim como a classificação de obras por categorias, que constam respetivamente dos anexos I e II da Portaria n.º 255/2023. A atual Portaria – à semelhança da Portaria n.º 701-H/2008 - aplica-se aos casos em que o dono da obra, a entidade responsável pela conceção e execução de obra ou a entidade adquirente de serviços de elaboração de projetos de obras públicas, sejam entidades adjudicantes nos termos previstos no CCP e em que os projetos sejam apresentados em procedimentos pré-contratuais públicos, nas situações previstas no n.º 3 do artigo 43.º do CCP, explica a Morais Leitão. EDITORIAL Passaram dois anos desde que, na edição anterior da Smopyc, no stand do Grupo Interempresas, demos conta do lançamento iminente da revista EngeObras para preencher a lacuna informativa que se fazia sentir no mundo da construção, obras públicas e extração mineira em Portugal. Partindo da trajetória de sucesso seguida por outras marcas do Grupo, como a Agriterra, iAlimentar, InterMetal, InterPlast, Novoperfil e O Instalador, juntamente com a grande equipa de profissionais que a Induglobal já possuía, e apoiados pela longa experiência neste setor dos nossos colegas em Espanha, embarcámos nesta nova aventura cheios de novas ideias e entusiasmo. E o balanço destes dois anos não podia ser mais positivo. Depois de um primeiro ano de apresentação da EngeObras, com apenas duas edições, este segundo ano foi muito mais do que de consolidação. Foi claramente um ano de aceleração no crescimento desta nova revista, bem como do site e da newsletter que lhe estão associados desde o início. São cada vez mais os profissionais que confiam na EngeObras para divulgar e dar mais visibilidade às suas empresas, produtos e serviços, consolidando-nos, edição a edição, como uma referência no mercado editorial. É indiscutível que a construção civil, as obras públicas e a indústria extrativa são três pilares estratégicos de qualquer economia, incluindo a portuguesa. Os dois primeiros registam atualmente um elevado nível de atividade, impulsionado sobretudo por tendências muito acentuadas como a sustentabilidade e a eficiência energética, bem como pelos importantes investimentos realizados pela Europa através dos Next Generation Funds. E o que podemos dizer do setor mineiro? Certamente que também não está a ir mal. A União Europeia tem um roteiro claramente definido para se tornar cada vez mais autossuficiente, especialmente em minerais que são críticos para o nosso desenvolvimento económico e social, e isto significa que as operações mineiras autóctones estão a tornar-se cada vez mais importantes e que é agora essencial encontrar e promover soluções que melhorem a produtividade e a qualidade das nossas minas e pedreiras. Neste cenário, num mercado cada vez mais competitivo, a maquinaria é um valor diferencial crucial. Estamos a assistir a um momento disruptivo neste setor, com equipamentos e tecnologias de ponta, e quem não entrar rapidamente neste comboio terá dificuldades em sobreviver. O que sabemos com certeza é que a EngeObras estará ao seu lado para o acompanhar nesta viagem emocionante, fornecendo-lhe as informações mais atualizadas sobre um setor em constante evolução. Desfrute desta edição. De projeto apaixonante a sólida realidade
6 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE Já está disponível o Plano Anual de Avisos do Portugal 2030 Foi publicado no dia 28 de setembro o Plano Anual de Avisos do Portugal 2030. No total, são 412 avisos, com uma dotação de 6,2 mil milhões de euros de fundos europeus do Portugal 2030, a serem lançados entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Conferência para apoiar a reconstrução ‘verde’ da Ucrânia A Comissão Europeia vai organizar de 28 de novembro a 1 de dezembro 2023, em Vilnius na Lituânia, a conferência 'Ukrain Green Recovery Conference', através da qual pretende apoiar a reconstrução ‘verde’ da Ucrânia. A conferência oferecerá a todas as principais partes interessadas uma abordagem de 360 graus para a recuperação da Ucrânia. Será composta por dois segmentos: um político e um empresarial. Enquanto o segmento político do evento (28-29 de novembro) se centrará nos decisores políticos e na sociedade civil sobre as principais medidas de apoio a uma reconstrução ecológica da Ucrânia, o segmento empresarial (30 de novembro a 1 de dezembro) reunirá empresas sediadas na UE e partes interessadas da indústria centradas nas atividades da economia circular. Aos avisos previstos no Plano, somam- -se 54 avisos já abertos no Portugal 2030, com um montante de fundo de 1,3 mil milhões de euros e 31 avisos abertos no âmbito do Mecanismo Extraordinário de Antecipação, com um montante associado de 1,3 mil milhões de euros. São, no total, mais de 8 mil milhões de eurosque darão um importante impulso à operacionalização e execução do Portugal 2030. O primeiro Plano estrutura-se em três quadrimestres, entre setembro de 2023 e agosto de 2024, apresentando particular detalhe no primeiro quadrimestre (o seguinte à sua aprovação), com informação que permite caracterizar os avisos a publicar, como objetivos, enquadramento estratégico, programático e regulamentar, beneficiários, ações elegíveis, montantes associados e território abrangido. Uma análise mais detalhada do Plano permite constatar que: • Os programas Norte 2030, Madeira 2030, Centro 2030 e Pessoas 2030 são os que mais se destacam com maior número de avisos programados para os próximos 12 meses (50, 48, 42 e 40, respetivamente). • Os programas Pessoas 2030 e Sustentável 2030 são os que apresentam maior volume de fundos europeus a concurso, com 1,7 mil milhões de euros e 1,2 mil milhões de euros, respetivamente. • O Compete 2030 apresenta 157 milhões de euros de fundos a concurso, a que acrescem os montantes associados aos avisos multi-Programa, partilhados com os programas regionais do continente, e que incluem os Sistemas de Incentivos e os Sistemas de Apoio à Ciência. No âmbito do apoio às empresas, somam-se ainda designadamente, 415 milhões de euros de fundo disponíveis em concursos já lançados nestes programas, bem como o apoio previsto para projetos de Regime Contratual de Investimento. Para mais informações, consulte o site: https://portugal2030.pt/plano-anual-de-avisos/
7 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Escavadora média ViO80-7 da Yanmar ganha prémio de design A escavadora média ViO80-7 de rotação zero da Yanmar Compact Equipment ganhou o prestigiado prémio Good Design Award 2023, do Japan Institute of Design Promotion. Criada para satisfazer as necessidades do mercado japonês, a ViO80-7 é especialmente indicada para aplicações de engenharia civil urbana. Embora pertença à classe de 8 toneladas, segue o conceito de miniescavadora e permite tarefas precisas, como virar em espaços apertados e escavar em valas estreitas. O motor Yanmar de alta potência e o avançado sistema hidráulico ViPPS2i combinam-se para oferecer uma melhoria de 15% na velocidade de escavação (em comparação com o modelo anterior ViO80-1B). Outras inovações incluem a função de engate rápido de bloqueio duplo, que permite que os acessórios sejam substituídos através de controlos acionados a partir do banco do condutor, eliminando a necessidade de subir e descer da máquina ou de utilizar ferramentas. Isto aumenta a eficiência do trabalho, especialmente em locais com escassez de mão de obra. Esta não é a primeira distinção para este modelo: também obteve a classificação máxima de três estrelas nas normas de eficiência de combustível certificadas pelo Ministério da Terra, Infraestruturas, Transportes e Turismo do Japão (bem como o cumprimento dos critérios para 'máquinas com ruído ultra-mínimo'). Bobcat Machine IQ agora disponível como serviço de subscrição A Bobcat anunciou o lançamento do novo serviço de subscrição do sistema Machine IQ na Europa e em Israel. Concebido para ligar os clientes a informações vitais sobre as máquinas em qualquer altura e em qualquer lugar, o novo serviço de subscrição está disponível em dois pacotes para clientes e concessionários, com opções standard ou premium. Com o Machine IQ, os clientes podem verificar o estado das suas máquinas e seguir remotamente informações que melhoram a manutenção, a segurança e o desempenho. Esta ferramenta simples e poderosa permite que as empresas tirem o máximo proveito dos seus equipamentos Bobcat, ajudando-as a obter mais resultados enquanto protegem o seu investimento. O sistema permite acesso 24/7 a informações cruciais sobre as máquinas num smartphone ou computador, de forma a otimizar a utilização da máquina e planear os trabalhos para obter a máxima rentabilidade, mantendo o tempo de inatividade no mínimo e controlando o consumo de combustível. As notificações de manutenção facilitam o planeamento do serviço, poupando tempo e dinheiro aos operadores, permitindo-lhes programar eficazmente a manutenção da máquina e gerir os trabalhos durante o tempo de inatividade planeado.
8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Haulotte celebra Semana do Desenvolvimento Sustentável Referência mundial no fabrico de plataformas aéreas, a Haulotte está envolvida na criação de uma forma mais sustentável de criar, produzir e vender produtos. No âmbito da sua estratégia ESG, o grupo celebrou, de 2 a 6 de outubro, a Semana do Desenvolvimento Sustentável. O evento decorreu em simultâneo em todas as instalações da empresa a nível mundial (fábricas, subsidiárias e sede). Aeroporto de Ponta Delgada com ampliação de quatro mil metros quadrados até 2027 O Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, nos Açores, vai ser ampliado até 2027 em quatro mil metros quadrados, aumentando 30% face à área atual, segundo anunciou José Luís Arnaut, presidente da ANA/Vinci. A obra, que vai começar no início de 2024 e terminar em 2027, vai ampliar o Aeroporto João Paulo II em quatro mil metros quadrados, passando a infraestrutura a ter dois pisos. A ANA vai ainda realizar outras intervenções para “melhorar a experiência do passageiro” e garantir a “sustentabilidade ambiental”. “Vamos tentar que os aeroportos tenham centrais fotovoltaicas para se autoabastecerem. Vamos criar pontos de energia verde e um conjunto de condições para que nos próximos anos os aeroportos dos Açores estejam credenciados com esses requisitos”, declarou o presidente da concessionária. Quando questionado, José Luís Arnaut não detalhou o valor do investimento previsto, mas garantiu que “o que terá de ser feito será feito”. “O valor total do investimento será público e será anunciado. O preço da construção muda ao dia. Seria pouco profissional estar aqui a atirar números. As empresas que vão concorrer é que vão definir o preço. Não somos nós”, realçou. “Acreditamos que a sustentabilidade não é apenas um chavão. A nossa estratégia ESG é a bússola que nos guia para um caminho mais verde e mais responsável”, assegura a Haulotte. Neste sentido, a empresa assumiu a missão de 'cuidar das pessoas', definiu três objetivos gerais e sete ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) prioritários, que não excluem os demais. O compromisso da Haulotte com estes sete ODS vai além da retórica, e traduz-se em ações concretas tomadas em todos os níveis da empresa. Desde a conceção de produtos energeticamente eficientes até à redução de resíduos e à promoção da diversidade e inclusão na sua força de trabalho, a empresa está a avançar no sentido de trabalhar de uma forma mais sustentável. Mais concretamente, em 2023, dados os seguintes passos: • Tripla certificação ISO de duas subsidiárias adicionais. O número total de empregados da Haulotte que trabalham em instalações certificadas eleva-se assim a 70%; • Melhoria significativa de 13 pontos na sua pontuação ecovadis, de 46/100 em 2022 (pontuação baseada nas ações de 2021) para 59/100 em 2023; • Implementação de ações nas suas plataformas logísticas para reduzir as embalagens e para melhorar a estratégia de transporte de peças sobresselentes; • Lançamento do Restart Center by Haulotte, um centro de recondicionamento com mais de 300 máquinas recondicionadas. As perspetivas para 2024 são igualmente muito positivas, com iniciativas previstas como o programa de liderança para gestores, um trabalho aprofundado sobre a reciclabilidade das máquinas, novas inovações para a segurança dos utilizadores de plataformas elevatórias, numerosas parcerias com escolas e o 'Climate Fresk' (um workshop sobre o clima desenvolvido por Cédric Ringenbach e com grande sucesso em França). Fonte: Lusa.
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10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER IP inicia empreitada de reparação do túnel de Penalva A Infraestruturas de Portugal (IP) vai iniciar uma intervenção de reparação no túnel de Penalva, localizado ao km 25,775 da linha do Sul, no concelho do Barreiro. De acordo com a IP, a concretização desta empreitada, que envolve um investimento de 300 mil euros, irá assegurar a renovação estrutural da infraestrutura, reforçando os níveis de qualidade e durabilidade do túnel. A intervenção é desenvolvida no âmbito da estratégia da IP de manutenção regular de túneis ferroviários, tendo como objetivo assegurar a observância dos índices adequados de fiabilidade e segurança da Rede Ferroviária Nacional. Grupo Nuba amplia presença no mercado A Nuba Screening Media é uma empresa europeia de referência no fabrico de superfícies de crivagem e acessórios para classificação de sólidos em diferentes indústrias, com uma presença especial na mineração, agregados, minerais industriais e resíduos de construção e demolição. A Nuba Screening Media fabrica uma gama completa de produtos em diferentes materiais: malhas de aço de alta resistência, aço inoxidável, borracha, poliuretano, grelhas calibradas e placas perfuradas. Toda a sua produção é objeto de normas de qualidade que garantem que os materiais utilizados, os processos de produção, os produtos acabados e os serviços oferecidos satisfazem plenamente, desde há anos, os seus clientes em todo o mundo. O Grupo Nuba sempre deu prioridade à qualidade dos seus produtos e serviços. Com este objetivo em mente, ao longo dos anos, foi formada uma equipa comercial especializada em fornecer os conselhos técnicos necessários aos seus clientes. Tudo isto, juntamente com padrões de fabrico muito exigentes, transformou o Grupo Nuba numa empresa líder no contexto internacional. Fundado em 1968, o Grupo Nuba tem sede e fábrica em Madrid, onde dispõe de mais de 16.000 m² dedicados ao fabrico de superfícies de crivagem. E uma mão de obra de mais de 100 operadores. Há mais de cinquenta anos que a Nuba mantém uma relação estreita com fabricantes de máquinas e utilizadores de equipamentos de britagem e crivagem. Ao longo deste tempo, a empresa contribuiu com os seus conhecimentos para resolver múltiplos problemas que surgem no fabrico de máquinas e na conceção de instalações, desde os mais simples até aos de maior relevância, com repercussão internacional. Deste trabalho contínuo com os seus clientes, surgiram necessidades que o Grupo Nuba tem vindo a canalizar através da empresa Nuba Technical Advice, com o objetivo de desenvolver e comercializar produtos industriais e serviços de engenharia. A gama completa de produtos pode ser encontrada em pormenor no novo catálogo da Nuba Technical Advice, que será apresentado na Smopyc 2023.
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OPINIÃO 12 Combate à concorrência desleal é uma obrigação nacional A AICCOPN, no âmbito dos seus princípios e valores que defende e desenvolve a sua atividade - 'Rigor, Qualidade e Mestria' -, sempre promoveu um ambiente salutar, seguro e sustentável, no qual as empresas do setor da construção e do imobiliário possam desempenhar a sua atividade em condições de igualdade concorrencial, no qual fenómenos como a clandestinidade e a ilegalidade se reduzam a uma franja insignificante no nosso país. Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) Contudo, tendo em consideração as respostas dos associados obtidas no último inquérito à situação do setor, realizado pela associação, o problema da concorrência desleal aparece como um dos maiores constrangimentos à atividade. Efetivamente, após a crónica falta de mão de obra e a evolução dos preços das matérias primas, da energia e dos materiais de construção, cujas flutuações, em resultado da guerra na Ucrânia, têm dificultado a atuação das empresas, este é o principal problema indicado no segmento das obras privadas, afetando cerca de uma em cada quatro empresas. Com efeito, de acordo com um estudo elaborado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, o peso da atividade não registada deverá ter alcançado, em 2022, um valor recorde, correspondendo a cerca de 34,4% do PIB. Entre as principais causas apontadas para a subida registada ao longo dos últimos anos, destaca-se a elevada carga fiscal que, recorde-se, atingiu um máximo histórico de 36,4% do PIB em 2022. Efetivamente, as receitas fiscais do Estado Português têm vindo a aumentar significativamente, em particular as provenientes da construção e do imobiliário, sobressaindo as resultantes do IMT, que cresceram, nesse ano, 26,3%, em termos homólogos, para um novo máximo histórico. Deste modo, o tema da regulação, com especial enfoque no combate à clandestinidade e ilegalidade, deve ser encarado também como uma prioridade, especialmente no atual contexto de arranque de investimentos significativos com recurso aos fundos europeus disponíveis, designadamente do PRR e do Portugal 2030. Neste contexto, importa referir que, de acordo com a informação mais recente publicada pelo INE, existirão cerca de 97 mil empresas no setor da construção, contudo, o número de empresas com certificado ou alvará de construção emitido pelo IMPIC totaliza apenas 63 mil, o que corres- "Um combate eficaz à concorrência desleal depende também de um maior conhecimento e escrutínio por parte dos cidadãos na hora de contratar as obras"
OPINIÃO 13 ponde a apenas 64,9% das empresas legalmente constituídas. Acresce que, este comportamento provoca danos financeiros e reputacionais às empresas do setor, pelo que se exige ao Estado a promoção de um quadro legal de simples aplicação e com uma fiscalização eficaz, a par de uma fiscalidade que incentive ao cumprimento das obrigações. Neste contexto, a AICCOPN dá um forte contributo, através de iniciativas como a marca R.U.-I.S. – Reabilitação Urbana Inteligente e Sustentável, que promove, por um lado, a valorização e diferenciação das empresas que cumprem um referencial de qualidade e legalidade e, por outro, promove iniciativas com vista à sensibilização do público em geral para os riscos incorridos quando se contrata quem não respeita as regras e procedimentos legais. No entanto, considera-se que um combate eficaz à concorrência desleal, depende, também, de um maior conhecimento e escrutínio por parte dos cidadãos na hora de contratar as obras, sejam elas grandes ou pequenas intervenções. Efetivamente, como tenho reiteradamente afirmado, este é um caminho que, além do contributo da AICCOPN, carece do trabalho das entidades competentes nesta área, bem como, de toda a sociedade, que tem de ser sensibilizada para a necessidade de travar as más práticas. Só assim poderemos promover a valorização e afirmação de um tecido empresarial moderno competitivo, capaz de responder aos atuais desafios tecnológicos e digitais, de promover a descarbonização do processo construtivo e de incentivar a procura de soluções ambientalmente sustentáveis. n
14 GRANDES INFRAESTRUTURAS Iberdrola inicia o enchimento da barragem do Alto Tâmega A construção da central hidroelétrica do Alto Tâmega continua a decorrer a bom ritmo. Os trabalhos de construção civil estão praticamente concluídos e as montagens eletromecânicas deverão terminar no final de 2023, momento em que se iniciará a entrada em funcionamento da central. Durante a construção do aproveitamento hidroelétrico do Alto Tâmega, foi atingido um pico de quase 1.000 trabalhadores em obra.
15 GRANDES INFRAESTRUTURAS O Alto Tâmega, com 160 MW, é a última das três centrais que compõem o complexo do Tâmega. As outras duas, Gouvães, uma central de armazenamento por bombagem de 880 MW, e Daivões, com 118 MW, estão em funcionamento desde 2022. A barragem do Alto Tâmega está agora totalmente concluída. Trata-se de uma grande barragem de dupla curvatura em abóbada com 104,5 m de altura, 220.000 m3 de betão e 335 m de comprimento de coroamento. Por razões construtivas e térmicas, a betonagem da barragem foi realizada em 21 blocos que, por sua vez, estão divididos em secções de dois metros de altura. A betonagem completa da barragem demorou menos de dois anos e foi concluída no final de 2022. Nesta primavera, procedeu-se à injeção das juntas de construção da barragem, uma vez que o betão no local arrefeceu durante o inverno e a abertura entre as juntas é maior. Desta forma, quando os espaços entre os blocos forem preenchidos, a barragem adquire o seu carácter monolítico e é possível iniciar o enchimento. O túnel de desvio do rio foi encerrado em Agosto, altura em que se iniciou a construção de um tampão de betão de 28 metros de comprimento, que irá garantir o encerramento do túnel durante toda a vida útil da instalação. Entretanto, o caudal do rio continua a passar pelos descarregadores de fundo da barragem. Após a conclusão destes trabalhos, a albufeira do Alto Tâmega - com uma área de 468 ha e um volume de 132 hm3 -, será finalmente enchida, fornecendo a água necessária para a produção de eletricidade renovável na central do Alto Tâmega, situada no sopé da barragem, equipada com dois grupos, com uma potência total de 160 MW. A construção desta grande barragem, com aproveitamento hidroelétrico no sopé, é o culminar de um grande trabalho de conceção e execução por parte de uma vasta equipa interdisciplinar da Iberdrola, que foi diretamente responsável pelo licenciamento, planeamento, engenharia, supervisão da construção, colocação em funcionamento, questões ambientais, relações com as entidades afetadas do Estado português, relações com as comunidades locais, execução dos serviços afetados e uma grande variedade de outras questões, necessárias para construir uma instalação desta magnitude dentro do prazo e do calendário previstos. Entretanto, a montagem eletromecânica da central continua a decorrer sem problemas, de acordo com o calendário previsto. As turbinas de ambas as unidades já estão completamente montadas e os geradores encontram- -se numa fase muito avançada de montagem. Após o enchimento do reservatório durante este inverno, a primeira sincronização de um grupo com a rede está prevista para janeiro de 2024 e a central entrará em funcionamento comercial em março de 2024. De referir ainda que a criação da albufeira do Alto Tâmega implicou, entre outros aspetos: • A substituição dos serviços afetados. Entre outros, duas pontes, cada uma com cerca de 150 m de comprimento, 16 km de estradas de acesso, um percurso pedonal de 9 km, 4 km de linhas elétricas, 5 km de linhas telefónicas, a adaptação de uma estação de tratamento de águas residuais, etc. • Medidas de compensação para os sistemas ecológicos, enquadradas na DIA do projeto. Exemplos destas medidas são a reflorestação de mais de 1.000 ha, a plantação de 17.000 sobreiros, ações para melhorar as populações de flora e fauna protegidas, etc. Tudo isto foi possível graças a uma colaboração estreita e constante com as autoridades nacionais e municipais, as comunidades locais e outras entidades estatais envolvidas. O complexo hidroelétrico do Tâmega é uma das maiores iniciativas energéticas da história de Portugal, com um investimento total de mais de 1,5 mil milhões de euros e uma potência instalada de 1.158 MW, dos quais 880 são reversíveis. n Fonte: Iberdrola
16 ESTRADAS Preocupação ambiental origina método inovador na beneficiação do IC2/EN1 Mais de 600 dias, 25.000 m3 de movimentos de terras, 120.000 toneladas de misturas betuminosas e 70.000 toneladas de material britado depois, o IC2/EN1 vê o seu pavimento, acessibilidades, segurança e drenagem completamente renovados. Um método inovador permitiu reaproveitar os agregados que resultaram da demolição das lajes originais em betão. Ana Ferreira Mais de 600 dias de trabalho terminam no final deste ano.
17 ESTRADAS Uma empreitada desafiante e morosa, que tinha como finalidade última a beneficiação do trecho do IC2/EN1 entre o nó da Asseiceira, no concelho de Rio Maior e a zona urbana de Freires, no concelho de Alcobaça, com uma extensão total aproximada de 20.300 m. Esta empreitada tinha como particularidade a pré-existência de 14.000 lajes de betão, com uma volumetria total de 28.500 m3, que datavam da sua construção inicial, corria o ano de 1987. Desde a sua construção que as lajes em betão não tinham sido reparadas nem substituídas, estando sujeitas a um elevado volume diário de tráfego, sobretudo de veículos pesados, que potencializaram o avançado estado de degradação, tanto em parâmetros funcionais como estruturais, relevando um estado de regularidade classificado de mau e uma elevada área de fendilhamento, nomeadamente, de diversas tipologias de fendilhamento com severidade 3. Para além disso, observou-se instabilidade das lajes de betão, patologia observada mesmo nas lajes que não apresentam fendilhamento, o que condiciona a garantia de um bom comportamento mecânico das estruturas de pavimentação. Face ao exposto, a solução que apresentava melhor relação de beneficio-custo passava pela remoção da totalidade das lajes de betão, que constituía o pavimento e a implementação de uma estrutura homogénea em todo lanço do IC2. Com um valor expectável de 11.700.000,00€ e a cargo da empresa Construções JJR & Filhos SA (JJR), a empreitada está prevista terminar no final deste ano e irá beneficiar centenas de pessoas que diariamente se deslocam neste troço viário que proporciona ligação à A1. Em termos práticos a empreitada contemplou a remodelação de cinco interseções e a sua substituição por rotundas. Quanto à pavimentação executou-se, do km 65+200 ao km 77+215, a beneficiação do pavimento rígido da secção corrente envolvendo a demolição integral das lajes, execução de camada de 15 cm de espessura Esta empreitada promove a reciclagem de agregados resultantes da demolição, com o reaproveitamento de cerca de 30%, que foram britados e reintroduzidos na nova pavimentação. A EMPREITADA EM NÚMEROS • 25.000 m3 de movimentos de terras (escavações e aterros); • 120.000 toneladas de misturas betuminosas; • 70.000 toneladas de material britado de granulometria extensa; • 6.000 m3 de betões hidráulicos (maciços de pórticos e restante sinalização, valetas revestidas); • 21.000 m de guardas e saias metálicas; • 100.000 m de linhas de diversa espessura para marcação horizontal spray; • 3.500 m2 de marcação horizontal manual (marcas, símbolos e setas).
18 ESTRADAS de base ABGE+RB 30%, aplicação de três camadas de mistura betuminosa, AC20 base ligante (MB) 9 cm + uma camada mistura betuminosa de regularização, AC20 bin ligante (MB) 7 cm + uma camada de desgaste em betão betuminoso rugoso anti-fissuras 6 cm; do km 77+215 ao km 85+500 (excluindo a zona de remodelação das interseções), fresagem da camada de desgaste em betão betuminoso numa profundidade de 0,075 m e posterior aplicação de uma camada de ligação em betão betuminoso AC 14 bin 35/50 (BB) com 0,05 m de espessura e uma camada de desgaste em micro betão betuminoso rugoso AC 10 surf 45/80-65 (mBBr) com 0,025 m de espessura; reforço do pavimento dos ramos dos nós com aplicação de uma nova camada de desgaste em betão betuminoso com 0,05 m de espessura, de forma a garantir uma ligação eficiente entre as diferentes camadas, torna-se necessário a aplicação de: Rega de colagem do tipo termo aderente, com emulsão betuminosa catiónica de rotura rápida modificada C60 BP3 TA, aplicada à taxa de 0.35 Kg/m2 entre camadas betuminosas novas e de 0.45 kg/m2 sobre camadas fresadas; Rega de impregnação com emulsão betuminosa do tipo catiónica de baixa viscosidade C50 BF4, aplicado à taxa de 1.0 Kg/m2 entre uma camada betuminosa e uma camada de agregado. No que respeita à drenagem procedeu-se, do km 65+200 ao km 77+215, à elevação até à cota final do pavimento, das valetas de plataforma e das valetas de bordadura existentes, do km 77+215 ao km 85+500 limpeza e reparação das valetas de plataforma existentes; na zona de remodelação das interseções, implantação de novos órgãos de drenagem adaptados à nova configuração geométrica da interseção, limpeza e reparação de órgãos de drenagem transversal. A sinalização e os equipamentos de segurança foram adaptados à legislação e normas em vigor o que implicou a substituição da existente e instalação de novos dispositivos. Para melhor garantir a segurança rodoviária foi implementada iluminação pública nas cinco interseções remodeladas. SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO RESULTAM NA UTILIZAÇÃO DE MÉTODO INOVADOR As preocupações ambientais crescentes e a necessidade de cumprimento de metas ambientais levaram a que a Infraestruturas de Portugal (IP), se centrassem nesta empreitada para encontrar uma solução de aproveitamento dos agregados que resultaram da demolição das lajes originais em betão. A solução encontrada para o reaproveitamento do material proveniente da demolição das lajes de betão foi a sua reutilização. O betão, depois de taqueado e britado, foi incorporado na camada de base. Para este reaproveitamento do agregado reciclado, foi realizado um estudo de composição da mistura ABGE+RB (incorporação de RCD 30%). As lajes de betão originais, colocadas em 1987, foram totalmente removidas.
19 ESTRADAS Pode ler-se no estudo que “a mistura a aplicar é constituída por: reciclado de betão – RB 30% proveniente da demolição do pavimento do IC2 (estrada em beneficiação) e o ABGE 70% proveniente do centro de exploração e britagem de calcário pertencente à empresa Bripealtos – Agregados e Construções, Lda.”. Uma via como o IC2 assume uma importância elevada para o ecossistema empresarial e de mobilidade da região até à A1. Para a IP, dono da obra, um projeto como este “representa a melhoria substancial em termos de circulação e segurança rodoviária num troço do IC2 caraterizado por ser um dos principais eixos rodoviários, não só de acessibilidade a áreas empresariais, mas também para os aglomerados populacionais e outro tipo de atividades comerciais que têm vindo a desenvolver-se ao longo dos anos, tendo como suporte o IC2”. PRINCIPAIS DESAFIOS: GARANTIR A DURABILIDADE E DESEMPENHO DO PAVIMENTO Por um lado, a IP admite que “o grande desafio foi preconizar uma solução de pavimentação com a durabilidade e desempenho similar às soluções convencionais”. Acrescentando que “o desafio de maior aproveitamento das estruturas de pavimentação existentes foi conseguido com o aproveitamento integral de duas das três camadas inicias (ABGE-agregado de granulometria extensa e AGEC – agregado britado de granulometria extensa com cimento e aplicação de 30% dos RCD provenientes das lajes de betão na camada de interface do pavimento”. Acrescentando ainda que “o desafio de garantir a mesma durabilidade do pavimento, mesmo removendo a camada de desgaste em laje de betão, foi conseguido através da alteração de um pavimento rígido em pavimento semirrígido de estrutura indireta, com aproveitamento integral de duas camadas, aplicação de uma interface com incorporação de RCD e, finalmente, aplicação de misturas betuminosas em espessura diferente das espessuras iniciais, uma vez que estas misturas para além de reabilitação funcional também têm de garantir uma reabilitação estrutural do pavimento. O desafio do desempenho do pavimento foi conseguido com a homogeneidade de estruturas de pavimentação, tanto as estruturas existentes que incorporam o pavimento como das novas camadas que foram executadas, e cujo a avaliação será feita no decorrer do empreendimento”. Por outro lado, o empreiteiro identifica com principal desafio na realização da obra a gestão do intenso tráfego que caracteriza este troço do IC2/EN1. TRABALHO CONJUNTO PARA MELHORES SOLUÇÕES Para a concretização do aproveitamento dos materiais resultantes da demolição das lajes de betão, foram envolvidas várias entidades que, tra- “A excelência conseguida nunca teria sido alcançada sem o empenho dos colaboradores, peças fundamentais no desenvolver da atividade e na construção dos valores que hoje vemos representados no Grupo JJR”, assegura José Manuel Freitas, administrador do grupo JJR
20 ESTRADAS balhando em conjunto, encontraram uma solução que potencia a reciclagem e economia circular no setor da construção rodoviária. Segundo a IP, “parte da solução de pavimentação implementada - incorporação de RCD na camada não ligada que serve de interface entre a camada de sub-base em AGEC e as camadas ligadas em mistura betuminosa - seguiu os requisitos e todas as especificações explanados na especificação LNEC E-473-2009, nomeadamente, a tipologia e frequência de ensaios. Como a via em apreço tem uma classe de tráfego muito elevada e bastante superior às classes de tráfego recomendadas, no campo de aplicação na referida especificação, houve contactos com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e promoção de uma visita técnica com o objetivo de demonstrar a viabilidade da utilização de RCD em vias de moderado a elevado tráfego (à semelhança do que já é feito em outros países). Os ensaios que possibilitam a avaliação de desempenho destes materiais estiveram a cargo da Universidade de Coimbra e Instituto Superior Técnico. O procedimento de certificação do material proveniente da demolição das lajes de betão foi desenvolvido pela empresa JJR”. “Para além da vertente financeira ser relevante para a JJR, esta empreitada foi muito importante pois proporcionou inovação com a reutilização de material britado resultante da demolição das lajes em betão, existentes ao longo de 12 km. Sendo esta empreitada executada numa via de tráfego intenso, a exposição da empresa foi diária, proporcionando à JJR evidenciar e consolidar a sua capacidade organizativa e produtiva bem com a sua capacidade técnica”, destaca José Freitas, administrador do grupo JJR. MAQUINARIA E EQUIPAMENTOS NO LOCAL Têm estado no terreno diversos grupos de máquinas e equipamentos complementares, desde máquinas de terraplenagem logo no início dos trabalhos; máquinas de pavimentação e marcação, numa fase posterior, na sua maioria maquinaria proprietária da JJR. Destacam-se as seguintes: Britagem • Britador Fintec 1107 • Crivo Fintec 542 • Pá de rodas Volvo L150H • Escavadora giratória rastos Caterpillar Demolição e terraplenagem • Bulldozer Caterpillar D4GXL • Niveladora Volvo G940 • Escavadora giratória Hitachi ZX170W Pavimentação • Frezadora Wirtgen W200i • Frezadora Caterpillar PM200 • Pavimentadora Vogele 1800-3i JJR: A HISTÓRIA DE UMA FAMÍLIA EMPREENDEDORA “Há mais de cinquenta anos, quando o progresso era localmente limitado, só pouco a pouco começavam a ser utilizadas máquinas pesadas no movimento de terras para plantação e para construção. Também as estradas construídas à época obedeciam ao método do empedramento com semipenetração de betume. Foi neste quadro, de falta de modernização, que José de Jesus Rodrigues deu início à sua atividade, sempre apoiado pela família. Ao longo da sua conceção, um longo e árduo caminho foi percorrido, de muito esforço, de muitos obstáculos, mas também de crescimento exponencial. Esta ambição intemporal, composta por consistência em valores e resultados, permitiu colocar o Grupo JJR como referência nacional”, explica José Freitas. No seu desenho atual, o grupo JJR tem como foco o setor das obras públicas, com a empresa Construções JJR & Filhos S.A. como congregadora do conjunto de empresas. Estas subsidiárias trabalham para um propósito comum do grupo JJR, cuja forma abreviada representa o nome do fundador, ostentada por todo o Grupo “com muito orgulho e muito respeito, em honra da família”. “Este é o reconhecimento merecido e a recompensa pela excelência da intervenções de todos os intervenientes Em pleno processo de trabalho a obra reuniu em simultâneo mais de 100 pessoas, que dia após dia tornaram a empreitada possível.
21 ESTRADAS MISSÃO IP: MELHORAR A SUSTENTABILIDADE DE TODO UM SETOR O maior interesse da IP centra-se no aumento da sustentabilidade do setor da construção e obras públicas. “Desde há muito que a IP tem nos seus objetivos estratégicos, como empresa de referência na gestão de infraestruturas rodoferroviárias, contribuir para a sustentabilidade do setor da construção, nomeadamente em projetar e implementar soluções de pavimentação, tanto nas estruturas de pavimento novo como na reabilitação de pavimentos existentes, inovadoras onde a vertente da economia circular tem papel preponderante”, afirmam. No que respeita à especialidade de pavimentação, especialidade que assume a primazia nas situações de reabilitação de infraestruturas rodoviárias, a IP atua em quatro aspetos: • Utilização de agregados reciclados em substituição de agregados naturais em camadas não ligadas e em misturas betuminosas. No primeiro caso, entre diversas situações, o exemplo da empreitada do IC2 com a substituição de agregados naturais por resíduos de construção demolição (RCD); no 2º caso e como exemplo, a substituição de agregados naturais britados em misturas betuminosas por agregados siderúrgicos inertes para construção (ASIC). Neste aspeto, será de referir que, na maioria dos projetos PRR, os estudos de pavimentação contemplam, nas camadas não ligadas, a aplicação de agregados reciclados, sempre que aplicável, e a execução de trechos experimentais com agregados reciclados em troços que as especificações do LNEC ainda os restringem; • Reutilização de misturas betuminosas recuperadas (MBR ou RAP em Inglês) em novas misturas betuminosas, em todas as camadas ligadas de pavimento, base, ligação e desgaste, com o objetivo de atingir altas taxas de incorporação de MBR e simultaneamente apostar nas misturas temperadas com diminuição das temperaturas de fabrico, com ganhos significativos a nível energético e na descarbonização do setor; • Incorporação de resíduos de outras indústrias para fabrico de novas misturas betuminosas, como por exemplo misturas com betume borracha com resíduos provenientes da indústria automóvel (granulado de borracha proveniente de pneus em fim de vida); • Utilização de técnicas de pavimentação “amigas do ambiente” como sejam as reciclagens de pavimento: in situ (a frio) e em central (a frio, temperada e a quente) com cimento, emulsões betuminosas ou betume espuma. “A maioria das situações supramencionadas estão contempladas no Caderno de Encargos Tipo Obra (CETO) da IP desde 2008, publicado em 2009, nomeadamente, a utilização de agregados reciclados em todos os campos de aplicações recomendados pelas especificações LNEC. A IP, e as entidades que a antecederam, tem exemplos de reciclagem de pavimentos (in situ e em central, a frio, temperadas e a quente, com diferentes tipos de ligante: cimento, emulsão e betume-espuma) e misturas betuminosas com betumes borracha desde os anos 90 do seculo passado”, finaliza a IP. do grupo, em áreas específicas como: a requalificação e conservação viária, produção de misturas betuminosas - Construções JJR & Filhos S.A.; a valorização ambiental e equipamentos de sinalização e segurança – Plenavia; a indústria extrativa, britagem e classificação de agregados – Bripealtos; a produção de tintas termoplásticas, emulsões e betumes modificados – Lusasfal; e também todas estas áreas especificas concentradas na JJR Moçambique, atingindo, no presente, patamares de modernização tecnológica que lhe permite ter um estatuto destacado. É deste modo que cada uma das empresas potencia a qualidade dos serviços e a excelência de um resultado que, afinal, não é senão a confiança, o conforto e segurança da circulação rodoviária, sem esquecer que, cada uma delas a seu modo, alcança também invejável expansão geográfica”, acrescenta José Freitas. Em 2010, esta expansão estendeu-se ao palco internacional, em Moçambique, graças a uma visão de futuro, tecnologicamente inovadora, articulando em permanência fatores como a experiência, a capacidade técnica, elevados padrões éticos de consciência ambiental, de higiene e de segurança no trabalho. A par de muitas outras empresas do setor, a JJR refere dificuldade em atrair talentos e quadros qualificados e acredita que "esta problemática se pode ultrapassar com a criação de uma estratégia concertada e global, assente numa oferta remuneratória acima da média do setor, na integração e formação de jovens quadros e na valorização de jovens com aptidões naturais". Neste contexto, a empresa tem em curso um programa de intercâmbio entre a JJR Portugal e JJR Moçambique, que visa proporcionar formação em Portugal a cidadãos moçambicanos. n
22 ESTRADAS Reabilitação sustentável de estradas na costa holandesa A estrada agrícola próxima à vila holandesa de Ferwert deveria ser renovada de forma rápida, económica e com baixas emissões. Portanto, as empresas optaram pelo método de reciclagem a frio in situ, no qual o material de fresagem é processado e reaplicado diretamente no local. Foi usada uma combinação bem consolidada de máquinas do Wirtgen Group: a recicladora a frio W 240 CRi da Wirtgen e a nova pavimentadora Highway Class Super 2100-5i da Vögele. ECONOMIA DE CO2 E DE CUSTOS O impacto ambiental dos projetos de construção de estradas está cada vez mais na ordem do dia. A reciclagem a frio in situ estabeleceu-se como uma tecnologia de economia de recursos, que também é economicamente vantajosa devido à grande economia de tempo e de custos. As empresas holandesas KWS e Freesmij optaram pelo método de reabilitação para uma estrada de asfalto de 1,3 km de comprimento e 3,10 m de largura perto da vila de Ferwert. Usando o conjunto de reciclagem a frio da Wirtgen Group, a equipa de pavimentação fresou a camada de Granulação, mistura e pavimentação numa única operação: o sistema de reciclagem a frio do Wirtgen Group reabilitou uma estrada agrícola na Holanda de forma sustentável, eficiente e com economia de recursos.
23 ESTRADAS numa passagem, a equipa primeiro fresou com uma fresadora compacta W 100 Fi da Wirtgen 1,00 m de largura e 15 cm de profundidade. Em seguida, veio o conjunto de reciclagem a frio, composto por um camião-tanque de água e um camião-tanque de betume, a recicladora a frio W 240 CRi da Wirtgen e a nova pavimentadora grande Super 2100-5i da Vögele. Como o material fresado é processado no local e reintegrado diretamente no processo, tanto a recicladora como a pavimentadora precisam de ter um desempenho de alto nível: O W 240 CRi pode produzir até 800 toneladas de mistura por hora, com uma largura máxima de trabalho de 2,35 m, ao passo que o Super 2100-5i pode armazenar 20 toneladas de mistura com um reservatório adicional e colocar até 1.100 toneladas por hora. TRABALHO EM EQUIPA EFICIENTE No estaleiro de obras em Ferwert, a recicladora a frio fresou o material Equipa bem entrosada: através da correia transportadora, a recicladora a frio da Wirtgen W 240 CRi transfere o material processado para a pavimentadora da Vögele SUPER 2100-5i, que o coloca novamente de forma direta. asfalto existente e preparou o material no local, também conhecido como 'in place' ou 'in situ', adicionando ligantes e outros agregados para formar uma nova camada de base BSM (material estabilizado com betume). “A reciclagem a frio in situ é a resposta para os requisitos ecológicos e económicos da construção moderna de estradas”, afirma Raymond van de Stadt, diretor executivo de obras em asfalto da empreiteira principal, a KWS. “Em apenas dois dias, reabilitamos todo o trecho com 100% material reciclado, reduzindo muito a quantidade de CO2 e, obviamente, poupando tempo e dinheiro em comparação com os métodos convencionais". POTENTE CONJUNTO DE RECICLAGEM A FRIO Para a aplicação na estreita estrada agrícola, foi decisiva uma outra vantagem da reciclagem a frio: O conjunto de reciclagem completo precisa apenas da largura de uma faixa. Para reabilitar a estrada de 3,10 m de largura
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