BO4 - Engeobras

Dificuldades com os custos de aquisição de equipamentos novos podem estar a levar ao aumento do mercado de aluguer 43 ALUGUER Green', o que significa que estão em linha com aquilo que foi definido pela empresa a nível ibérico. Rute Martins, explica que “a sustentabilidade e proteção do ambiente são conceitos há muito presentes nas orientações estratégicas da nossa representada Volvo e a eletromobilidade é uma das grandes apostas da Volvo no desenvolvimento tecnológico dos seus equipamentos”. Reforça dizendo que “a Volvo é pioneira no desenvolvimento de equipamentos de construção elétricos, contando atualmente com três modelos de escavadoras compactas, dois modelos de pás carregadoras compactas e uma escavadora de 23Ton, totalmente elétricas, no seu portefólio de produtos”. Sublinhando que “planeiam incluir na sua frota de aluguer, a primeira escavadora compacta elétrica Volvo, durante o 2º semestre de 2023”. A análise que as empresas fazem ao nível de procura ou de comprometimento do cliente que aluga os seus equipamentos, revela-nos que ainda existe pouca sensibilidade na escolha do tipo de motorização dos equipamentos. Da parte da LoxamHune, Hugo Filipe Fonseca explica que “as pessoas ainda estão pouco sensíveis quanto a este tema, razão pela qual parte do nosso trabalho comercial reside precisamente na apresentação e explicação das vantagens associadas a estas soluções. É precisamente por não procurarmos apenas alugar uma máquina, mas sim em sermos umparceiro, que está presente e aconselha, que ganhamos quota de mercado dia após dia”. Rute Martins, da Ascendum, explica que como no caso “da oferta de máquinas de construção elétricas, pelos fabricantes, dentro das tipologias na frota de aluguer Ascendum, ainda é reduzida, sendo ainda prematura a avaliação do impacto na procura, todavia, assistiremos certamente à conversão de máquinas com motores a combustão interna, por equipamentos elétricos ou com recurso a outras fontes de energia alternativas”. CONSTRUÇÃO: UM SETOR EM DIFICULDADES E UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO PARA O ALUGUER As dificuldades que algumas empresas do setor da construção civil estão a viver, muito agravado pelo aumento dos custos de matérias-primas e inflação, podem estar a levar ao aumento do aluguer de equipamento em vez da compra. Rute Martins, admite que “mais do que o aumento dos custos ou as dificuldades das empresas do sector, pensamos que a imprevisibilidade tem sido o fator que mais concorre para a preferência pelo recurso ao aluguer em detrimento da compra de equipamentos. No contexto de volatilidade a que assistimos no mercado de construção e obras públicas, as empresas têm dificuldade em planear a compra de equipamentos, enquanto investimentos a médio/longo prazo, optando muitas vezes pelo aluguer, como forma de limitar a utilização dos equipamentos à estrita necessidade de cada obra e assegurar assim o controlo dos custos associados”. Hugo Filipe Fonseca, considera que “neste momento, e dadas as importantes obras que estão a ser feitas no nosso país, não se nota assim tanto essas dificuldades. Não obstante, é indiscutível que contribui para essa nova dinâmica no mercado. O valor de aquisição das máquinas tem subido de forma significativa, os prazos de entrega das mesmas são uma coisa nunca antes vista (ou imaginada) e a tesouraria das empresas apresenta maiores fragilidades razão pela qual os alugadores são, semmargem para dúvidas, a melhor solução. Competenos a nós continuarmos a evoluir na nossa oferta e serviço, de modo a contribuirmos para essa mudança de mentalidade. Não podemos ficar à espera de que fatores exógenos façam esse trabalho por nós”. Perspetiva-se uma evolução do mercado da construção em Portugal, ainda assim, os especialistas mostram-se contidos na concretização de tais perspetivas, pois a instabilidade do cenário geopolítico externo, que influencia a nossa economia interna assim o obriga. n

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