BO3 - EngeObras

Com uma área total de 10 mil m2 (cobertos e exteriores), o novo centro de serviços da Epiroc reforça a presença da empresa na zona sul do país. A cerimónia de inauguração teve lugar no dia 2 de março e contou com a presença de mais de 70 representantes das principais empresas de construção portuguesas. Emdeclarações à EngeObras, o diretor- -geral da Epiroc Ibéria, Jaime Huidobro, assinalou a clara aposta no mercado luso, representando uma “mudança em relação ao futuro” da empresa. As novas instalações permitem “duplicar” a capacidade de negócios sendo que, hoje em dia, a indústria mineira está “a crescer e a evoluir tecnologicamente e as minas portuguesas estão claramente a dar esse passo, nomeadamente apostando em novas máquinas e emmaior automatização e digitalização”. Este responsável acrescenta ainda que, face aos desenvolvimentos recentes, a Europa percebeu que não pode continuar a “estar dependente de minérios vindos de países terceiros” e estes recursos existem em solo europeu. Huidobro garante que a indústria mineira europeia conta com “recursos modernos, tecnologicamente avançados e com maior segurança e proteção ecológica”, voltando a dar o exemplo português ao referir que as empresas nacionais estão a modernizar-se introduzindo novos padrões de segurança, e “máquinas com maior conectividade e tecnologicamente avançadas”. O centro de serviços Epiroc tem capacidade de resposta para operações de mecânica, distribuição de peças, reparação emanutenção de equipamentos junto dos principais clientes, o que se traduz, segundo Jaime Huidobro, em “reparações mais eficientes, mais céleres” e consequentemente numa maior otimização dos recursos. TREINO, A NOVA ‘MAIS-VALIA’ O novo centro visa também prover formação profissional aos operadores dos equipamentos Epiroc. Esta opção permite “acrescentar” uma mais-valia que vai além da simples “venda de equipamentos”. As máquinas “são tecnologicamente avançadas, mas também são caras, e há que retirar delas o maior proveito e rentabiliO novo 'boomer simulador', da Epiroc, foi uma das estrelas do evento. dade possível e, para isso, é preciso dar formação, treino e apoio” como refere Sebastián Bengoechea, diretor de negócios da Parts & Services de Epiroc Ibéria. Neste âmbito, pode-se referir por exemplo, o 'boomer simulador' que possibilita treinar o operador em situação simulada em ambiente de mina. O treino `tradicional` era feito presencialmente no local da mina, com a máquina e um colega mais experiente ao lado chamado de 'formação com colega'. Numa carreta de perfuração, a formação de um novo operador pode demorar de quatro a seis semanas. Além disso, quaisquer erros de perfuração feitos por um operador em formação podem causar dificuldades na detonação, causando irregularidades nas paredes e na base da mina. Com o simulador, evita-se este tipo de constrangimentos. Não há atrasos na obra real e, mais importante, previne eventuais acidentes de trabalhos. O layout e a funcionalidade da cabine criam uma representação extremamente realista dos túneis de mineração subterrânea nas posições da cabine relativas ao para-brisa e à janela traseira, tornando o treino com uso do simulador ainda mais realista. O primeiro modelo do 'boomer simulador' da Epiroc foi desenvolvido há 15 anos sendo que a sua mais recente versão inclui o treino de condução da máquina em ambiente de mina. n Corte de fita protocolar. Da esquerda para a direita: Jaime Huidobro, diretor-geral da Epiroc Iberia, Sebastián Bengoechea, diretor de negócios da Parts & Services de Epiroc Ibéria, e Luis Araneda, presidente da Divisão de Peças e Serviços da Epiroc a nível mundial. 33 EXPLORAÇÃO MINEIRA

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