BJ4 - Novoperfil Portugal
ENTREVISTA 76 PERFIL para que não tenham que descapitalizar-se para conse- guir essa transição. O nosso parque edificado temmuito potencial para a aplicação de soluções de eficiência. E além disso, necessita, pela antiguidade domesmo. Temos sabido aproveitar esta oportunidade? O nosso parque edificado é maioritariamente antigo, pelo que existe muito potencial para aplicação de soluções de eficiência energética, sejam elas através de alterações de construção ou de aplicação de medidas para aumentar a eficiência energética do edifício. As oportunidades são visíveis e devemos aproveitá-las, não só para melhorar as emissões de um determinado edifício e torná-lo mais sustentável, mas tambémmelho- rar o conforto das pessoas que utilizam e frequentam essas instalações. Os nossos empresários ainda encontram alguns obstáculos na implementação destas soluções de eficiência, como a nível de financiamento, mas esta- mos empenhados em trabalhar conjuntamente com as empresas para ultrapassarmos estas dificuldades. Que tipologia de edifícios temos hoje emPortugal? É possível traçar uma radiografia para podermos inter- vir? Isso tem sido feito? Em Portugal, verifica-se que a maioria do parque habi- tacional seja de construção posterior a 1971, com bom estado de conservação do edificado, mas ainda com persistência de 1 milhão de edifícios que carecem de intervenção. É interessante analisar que os edifícios des- tinados ao comércio e serviços são os que apresentam um estado de conservação pior, necessitando de inter- venções. Com base nestas premissas e explorando este tipo de edifícios, podemos traçar medidas genéricas de eficiência que se enquadram em quase todo o tipo de instalações de comércio e serviços, fazendo intervenções cirúrgicas que irão melhorar este tipo de instalações. Como olha para a reabilitação urbana no país, e, em termos gerais, ao nível das intervenções, onde temos feito caminho e onde temos falhado? Desde a implementação das diversas diretivas de desem- penho energético dos edifícios e através dos sistemas de certificação energética, estes foram e são instrumentos importantes na melhoria da reabilitação urbana no país. A estratégia deve passar pela descarbonização dos edifí- cios e para tal necessitamos de medidas financeiras em que a Axpo pode e quer dar o seu contributo. Esperamos antecipar esta descarbonização nos edifícios antes do previsto (2050) com os apoios em vigor e ajudar as nos- sas empresas a atingir os objetivos propostos. Podemos sempre ir mais além e exigir ainda mais e melhor dos diplomas atualmente em vigor, mas julgo que já foram dados passos importantes neste capítulo. Como identificar os equipamentos que estão a con- sumir mais energia e como podemos diagnosticar as perdas para intervir mais cirurgicamente? Independentemente da dimensão da empresa, a Axpo tem soluções que permitem ao cliente ter o panorama global da utilização do seu consumo e saber onde podem atuar para reduzir o mesmo. Realizamos uma auditoria energética nas instalações do cliente, em que verifica- mos as possibilidades de poupança energética existentes. Todas as medidas a serem aplicadas têm um impacto direto na redução da fatura de energia. Fale-me um pouco da atividade da Axpo e em que setores tem atuado? A Axpo é uma multinacional suíça commais de 100 anos, é uma das empresas mais antigas do setor energético euro- peu, que opera em Portugal desde 2009. Depois de mais de uma década de atividade no nosso país, a Axpo conta agora com uma posição consolidada e uma carteira de clientes que já supera a homóloga espanhola, com mais de 20 mil PME’S de todos os setores de atividade e uma
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