BJ3 - Novoperfil Portugal
BIM 80 PERFIL vida de uma fonte de luz de uma luminária ou os requisitos de manu- tenção de um equipamento. Contudo para a equipa de manutenção essa informação é muito importante. Da mesma forma, na fase de concepção, a arquitectura está preocupada com o factor estético e organizacional do edifício. Preocupa-se com o aspecto e localização da aparelhagem de comando, enquanto a especialidade de electrotecnia preocupa-se em definir a função necessária de cada aparelhagem e estabelecer as respec- tivas canalizações – especificando o tipo de tubagem e de cabos a instalar. Por norma desenvolvem-se diferentes modelos BIM de um mesmo edifí- cio, adaptando-os ao tipo de uso e objectivos a que se destinam. Estes serão adaptados às fases específicas do ciclo de vida do edifício. É comum, na fase de concepção de um edifício, desenvolverem-se modelos BIM para a arquitectura e para cada uma das especialidades: Estruturas, instalações eléctricas, instalações hidráulicas, etc. No entanto e apesar de existirem vários modelos BIM estes integram um modelo colaborativo – habitual- mente designado demodelo federado, onde todas as informações adicionadas a um modelo BIM do projecto são adicionadas ao modelo federado. Na Figura 3 identifica a arquitectura do modelo federado para o qual todos contribuem e a partir do qual todo obtém as informações. 1.3 Implementação A União Europeia possui uma agenda para implementação da metodolo- gia BIM, esta é expressa no “Manual relativo à aplicação da Modelação da Informação da Construção (BIM) no Setor Público Europeu” (acessível online em http://www.eubim.eu/). Este grupo de trabalho tem vindo a incentivar a adopção por cada umdos países para introdução dametodologia BIM, promovendo as boas práticas. O estado de desenvolvimento na união europeia do BIM é diverso. Existem países onde a metodologia é de adop- ção obrigatória para os concursos públicos, como por exemplo o Reino Unido e a Holanda; Países onde está calendarizada a obrigatoriedade da adoção da metodologia, como seja a República Checa e a Estónia. EmPortugal os trabalhos de normali - zação e implementação estão a cargo da Comissão Técnica 197 - http://www. ct197.pt/ Não existe ainda na encomenda de obra pública obrigatoriedade de produção de projecto em BIM, seja porque o ‘cliente estado’ está desa - tento ao desenvolvimento de boas práticas que se estão a estabelecer internacionalmente, seja por inca - pacidade de resposta por parte das empresas nacionais. No entanto a implementação é já uma realidade com algumas autarquias a solicitar a entrega de projectos em formato IFC, mas sobretudo projectistas - arqui - tectos e engenheiros - e construtoras. 2. BIM EM OBRA No sector da construção não é ainda visível o impacto doBIMnos processos de preparação de obra e na obra pro - priamente dita, no entanto os ganhos de produtividade são significativos e apresentar-se-ão como umamudança de paradigma na forma como o sec - tor de construção trabalha. Para tal será determinante a qualidade dos modelos BIMproduzidos pelas equipas projectistas. Coma utilização de umequipamento de Realidade Aumentada, oumesmo através de umsimples ‘tablet’ ou ‘smar - tphone’, é possível sobrepor o projecto à construção, no estado em que se encontra, possibilitando a compara - ção entre a realidade e o projecto, e antever os materiais, equipamentos e sistemas a instalar. A sediação domodeloBIMemnuvem, permite apontar o problema surgido em obra, directamente no projecto, de forma a que os restantes inter - venientes - projetistas, gestores de Figura 3 - Modelo de desenvolvimento baseado nummodelo federado BIM.
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