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PERFIL Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Barbosa du Bocage, 87 4º Piso, Gabinete nº 4 1050 - 030 Lisboa (Portugal) Telefone (+351) 217 615 724 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Sónia Ramalho Equipa Editorial Sónia Ramalho, Alexandra Costa, José Luis Paris Marketing e Publicidade Hélder Marques e Frederico Mascarenhas redacao_novoperfil@interempresas.net www.novoperfil.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 66 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127424 Déposito Legal 468458/20 Distribuição total +8.500 envios. Distribuição digital a +7.400 profissionais. Tiragem +1.100 cópias em papel. Edição Número 13 – Maio de 2023 Estatuto Editorial disponível em https://www.novoperfil.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (España) www.graficasandalusi.com Media Partner Principal: Parceiros: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da Novoperfil adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. Smart home and building solutions. Global. Secure. Connected. SUMÁRIO ATUALIDADE 8 EDITORIAL 9 Setor da Construção e Obras Públicas apresenta propostas tendo em vista o Portugal 2030 16 Tektónica regressa em grande e com lotação esgotada 20 Sustentabilidade em destaque no VII Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas 26 Entrevista com Cláudia Antunes, Regional Lead, Women in BIMPortugal 32 Procura de PVC irá crescer para 57,7 milhões de toneladas até 2031 34 Reconstrução de uma casa tradicional no norte de Córdoba 36 Softline 76: a nova geração de perfis VEKA Classe A 40 Domus+: A janela de PVC esteticamente perfeita 42 Soluções de controlo solar em edifícios: sistematização e recomendações 44 A inovação e a garantia de qualidade de dispositivos de sombreamento exigem testes 48 Promover a sustentabilidade através de soluções de proteção solar eficientes52 Eficiência dos elementos de proteção solar 54 Vidros de proteção solar: todos os benefícios do sol 58 Elementos de proteção solar 62 Portas automáticas Refral e controlo de acessos 64 Aepa analisa segurança, sectorização e resistência das portas industriais 66 Entrevista a Ana Simões, CEO NorinovePerfil 68 Preceram: apostar no isolamento é investir na eficiência energética dos edifícios 70 Mais um ano exigente para continuar a construir o futuro das empresas do setor 72 NOTÍCIAS ANFAJE 74 HydroSKIN: como funcionam as fachadas commateriais têxteis que absorvem a água da chuva e arrefecem os edifícios 76 Soleal Next: a nova gama de janelas e portas da Technal 78 Anicolor e Technoform desenvolvem inovador sistema de Folha Oculta com poliamidas Low Lambda 80 Veka volta a participar na Rebuild 2023 82 Salamander inaugura novo centro logístico 84 Como deve ser um pano de limpeza para limpar de forma eficaz? 86 Vidrala inaugura a maior fornalha de vidro da Península Ibérica 88 F.100 Julieta: a nova solução de guarda-corpos Extrusal 89 Grupo Navarra lança novo Sistema Minimalista N25500 90 Grupo Casais constrói primeiro edifício híbrido de Espanha 91 Membro Ativo:
8 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.NOVOPERFIL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE O alumínio como recurso económico até 2030 O plano Estratégico da Associação Europeia do Alumínio, European Aluminium's 2050, prevê que o aumento da reciclagem de alumínio pode evitar até 39 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano até 2050, reduzindo a dependência de importações da Europa, podendo gerar cerca de 6 mil milhões de euros por ano para a economia europeia. De acordo com o relatório, as características do alumínio como material circular e permanente, capaz de ser reciclado sem perder as suas propriedades originais tornam-no um recurso vital para uma economia circular e neutra para o ambiente, tornando-se no material do futuro para os setores da construção, automóvel e embalagem. As taxas de reciclagem do alumínio estão entre as mais elevadas em comparação com outros materiais, na Europa, e são superiores a 90% nos setores automóvel e da construção e 75% para as latas de alumínio. Segundo as previsões da Associação Europeia do Alumínio, a reciclagem do alumínio poderá reduzir as emissões em 37% até 2030 e 46% até 2050, o equivalente a evitar 39 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano. O relatório prevê ainda que com um volume crescente de sucata acessível na Europa, a reciclagem de alumínio em fim de vida pode crescer para um mercado de 12 mil milhões de euros até 2050, permitindo que a indústria do alumínio apresente uma oportunidade para a economia circular, pois através da utilização do alumínio nos diversos produtos, estes atingem o seu tempo de vida útil máximo. Saint-Gobain consegue primeira produção de vidro plano usando mais de 30% de hidrogénio A Saint-Gobain é o primeiro fabricante no mundo a realizar uma produção experimental de vidro plano, utilizando 30% mais hidrogénio durante testes de Investigação e Desenvolvimento (I&D) na sua fábrica de Herzogenrath, na Alemanha. A Saint-Gobain demonstrou a viabilidade técnica do fabrico de vidro plano com uma proporção significativa de hidrogénio, que complementará outras fontes de energia descarbonizada e irá reduzir as emissões diretas de CO2 (scope 1) em até 70%. Este marco reforça a posição da Saint-Gobain como líder mundial na construção sustentável e confirma o seu papel de liderança na ajuda à construção de uma economia neutra em carbono. Programa Europeu de Investigação e Desenvolvimento (I&D) Esta conquista técnica foi possível graças a um programa de I&D lançado em 2022, com base na vasta experiência do Grupo em combustão, qualidade do vidro, materiais cerâmicos refractários e desenho de fornos industriais. O programa é realizado em colaboração com o laboratório independente alemão “Gas and Heat Institute Essen e.V.” (GWI), especialista em combustão, qualidade do vidro, materiais cerâmicos refractários e desenho de fornos industriais. (GWI), especialista em tecnologias de gás industrial, e apoiado financeiramente pelo Land da Renânia do Norte-Vestefália com um investimento de 3,64 milhões de euros. Estes ensaios industriais, em Herzogenrath, foram anteriormente testados à escala laboratorial, com ensaios realizados em dois centros de investigação em França: Saint-Gobain Research Paris, em Aubervilliers, e Saint- -Gobain Research Provence, em Cavaillon. A análise dos dados destes ensaios irá tornar possível a utilização de hidrogénio no vidro flotado do Grupo nas próximas décadas, quando o hidrogénio com baixo teor de carbono se tornar disponível em quantidades suficientes. Esta inovação pioneira marca um novo marco no roteiro de Saint-Gobain para a neutralidade de carbono até 2050. Complementa iniciativas de I&D sobre a electrificação do vidro fundido e realizações notáveis, tais como a primeira produção mundial de vidro plano sem carbono em Aniche, em Maio de 2022, graças a 100% de vidro de vidro de vidro de vidro e 100% de energia descarbonizada (biogás).
9 APEGAC cria Prémio Condomínio Verde Foi apresentada na X Semana da Reabilitação Urbana a mais recente iniciativa da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC): o Prémio Condomínio Verde. Vítor Amaral, presidente da associação, lembrou que, em Portugal, existemmais de 600 mil edifícios em propriedade horizontal, sendo que a sua maioria foram construídos nas décadas 70 a 90. Segundo o executivo, tratam-se de edifícios sem qualquer preocupação de redução de impacto no meio ambiente. Este é o cenário real do edificado português e que leva a APEGAC a considerar que os edifícios mais antigos não estão preparados para proporcionar melhor qualidade de vida aos seus condóminos. E é aí que entra o Prémio Condomínio Verde. Pretende-se “sensibilizar a população – diga-se os condóminos – para a necessidade de investir na manutenção dos edifícios, tendo em vista o seu ganho energético, qualidade de vida e redução de custos”. A primeira edição irá incluir, excecionalmente, candidaturas de projetos de 2022 e 2023. A partir daí, a ideia é que o prémio apenas aborde projetos do ano anterior. O prémio não inclui valor monetário e só será atribuído com a implementação do projeto. Ou seja, é possível candidatar-se um projeto que ainda não foi implementado mas, se por algum motivo, este não for implementado, o Prémio não será concedido (ou será retirado). No futuro, a ideia é criar um ranking nacional de condomínios verdes. As candidaturas podem ser apresentadas até dezembro deste ano, estando a entrega do Prémio prevista para março de 2024. EDITORIAL Nunca se falou tanto de sustentabilidade como nos dias de hoje. Nunca nos preocupámos tanto com as questões da eficiência energética como nos tempos que correm e foi precisamente a temática da sustentabilidade que esteve em grande destaque no VII Encontro Nacional do Setor das Janelas e Fachadas, organizado no passado dia 4 de maio pela ANFAJE. Nas duas mesas redondas que decorreram no período da manhã, esta questão marcou os debates, como revelamos na reportagem que publicamos sobre o evento e onde a revista Novoperfil teve oportunidade de dar a conhecer a realização, a 23 e 24 de novembro em Madrid, do 1º Congresso Internacional da Janela, Fachada e Proteção Solar organizado pela ASEFAVE, a Associação Espanhola de Fabricantes de Fachadas Ligeiras e Janelas. O início de maio também ficou marcado pela realização da 25ª edição da Tektónica – Feira Internacional da Construção, que este ano ocupou três pavilhões da FIL, em Lisboa, e que registou a presença de mais de 22 mil visitantes, um aumento de 47% de visitantes face à edição anterior e, pelas reações que recolhemos junto dos participantes, esta terá sido uma das melhores edições dos últimos anos. Revelamos tudo na reportagem sobre o evento durante o qual aconteceu o 2º encontro do grupo Women in BIM Portugal. Estivemos à conversa com Cláudia Antunes, consultora BIM e responsável pelo grupo em Portugal, que nos revelou as dificuldades sentidas pelas mulheres no setor da construção e que aproveitou para revelar as principais tendências para a indústria AEC em 2023. Nesta edição encontra ainda um dossier dedicado à eficiência energética na proteção solar, com destaque para um artigo assinado por especialistas do Instituto Superior Técnico sobre várias soluções de controlo solar em edifícios, bem como um artigo sobre a eficiência dos elementos de proteção solar, assinado pela ADENE. Destaque ainda para o dossier dedicado ao PVC, cuja procura se prevê que aumente para 57,7 milhões de toneladas até 2031. Boas leituras. Foco na sustentabilidade
10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.NOVOPERFIL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Habitação tem agora novas medidas Governo apresentou um conjunto de medidas que pretende simplificar a construção. No dia 28 de abril, o Governo apresentou as medidas para a simplificação da construção de habitação, eliminando ou isentando alguns dos licenciamentos para fazer face à "morosidade e à complexidade" dos processos. Segundo o Governo as novas medidas foram desenvolvidas numa lógica Simplex e de digitalização e têm como objetivo simplificar e racionalizar a atividade administrativa com a contínua eliminação de licenças, autorizações, atos e exigências administrativas desproporcionadas que criem custos de contexto, sem uma mais-valia para o interesse público, que se pretende prosseguir. O pacote de medidas foi apresentado pela ministra da Habitação, Marina Gonçalves, em conjunto com o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, tendo afirmado que estas medidas se inserem no programa Mais Habitação e visam dar resposta a “seis grandes problemas”. Nas palavras da ministra, “a complexidade necessária nos processos de licenciamento, a morosidade decorrente dos pareceres necessários, a ambiguidade dos regulamentos municipais, os procedimentos obsoletos e de difícil validação humana, a complexidade e onerosidade que decorre da legislação e à escassez de solos para habitação”. O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, por sua vez, disse que passará a haver novos casos de isenção, eliminando-se o alvará da licença de construção e a autorização de utilização, sendo esta última substituída “por uma simples comunicação prévia”. Câmaras municipais No que concerne às câmaras municipais, a ministra afirmou que vai ser criado um modelo de deferimento tácito para as decisões das câmaras municipais, o que garante a aprovação dos pedidos, caso os municípios não cumpram os prazos legais. A par disso vão ser definidas conferências “procedimentais obrigatórias e de ato único” nos projetos de Potencial Interesse Nacional, quando estes envolvam um investimento superior a 25 milhões de euros ou sejam financiados por fundos europeus ou pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). De referir ainda que os regulamentos municipais também são abrangidos pelas medidas, passando o legislador a definir “de forma mais taxativa aquilo que o regulamento municipal pode prever” e as obrigações que podem ser pedidas às entidades. Nota adicional para a revogação de “exigências excessivas” na construção de habitação: “Há aqui um trabalho de revogar tudo o que sejam normas procedimentais que estão hoje num diploma que deveria servir apenas para normas técnicas e também eliminar algumas exigências excessivas que eram feitas, nomeadamente no que respeita ao tipo de cozinha ou nas necessidades ou obrigatoriedades das casas de banho”, acrescentou a ministra. Já no que concerne aos solos, e segundo a ministra, alémda possibilidade de conversão de solos e edifícios hoje afetos a comércios e serviços para habitação, anteriormente anunciada, “há, também, aqui uma possibilidade reclassificação, de forma mais simples, do solo rústico para solo urbano, naquelas que são as zonas contíguas aos solos urbanos”. Plataforma online Mário Campolargo disse ainda que será criada uma plataforma online que, “além de simplificar e de concentrar num único sítio a apresentação dos pedidos”, vai permitir aos cidadãos consultar o estado dos processos e os prazos e receber notificações de avisos eletrónicos ou obter certidões de isenção de procedimentos urbanísticos. A ministra afirmou que “além destes avanços, e focando mais na área da digitalização, um dos grandes avanços que irá ocorrer será a utilização do BIM - uma sigla inglesa para Building Information Modeling - uma metodologia de trabalho que utiliza o modelo 3D para representar e gerir informações sobre um edifício ou uma infraestrutura», que será implementada de forma faseada”. Os dois membros do Governo afirmaram que estas medidas surgem de uma auscultação a todo o setor, incluindo com municípios, projetistas ou empreiteiros. Marina Gonçalves, ministra da Habitação C M Y CM MY CY CMY K C M Y CM MY CY CMY K
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12 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.NOVOPERFIL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Fundo Ambiental anuncia Programa de Apoio a Condomínios Residenciais com foco no isolamento térmico O Programa visa incentivar a aplicação ou substituição de isolamentos térmicos em fachadas, coberturas e pavimentos, com especial destaque para materiais de base natural (ecomateriais) ou que incorporem materiais reciclados. O Programa de Apoio a Condomínios Residenciais tem como objetivo “o financiamento de medidas de eficiência energética que promovam a melhoria do conforto térmico dos edifícios residenciais, contribuam para a redução da fatura energética e a renovação do parque habitacional existente”. Pretende-se “promover a adoção de medidas de isolamento térmico das fachadas, coberturas e pavimentos, as quais apresentam maior potencial de eficiência energética e poupança de energia em edifícios”. A comparticipação será de 80% caso se recorra a materiais de base natural ou com que incorporem materiais reciclados e de 70% se a intervenção utilizar outros materiais. Quanto ao valor alocado por fração autónoma renovada é de 4 mil euros caso se trate de coberturas e pavimentos, ou 4.750 euros quando o isolamento térmico exterior seja efetuado nas paredes. Cada beneficiário está limitado a um apoio total máximo de 150 mil euros e cada candidatura poderá incluir mais do que uma tipologia de intervenção, podendo ser apresentadas através do preenchimento de um formulário, que ficará disponível a 17 de abril. O novo apoio abrange todo o território nacional e é dirigido aos “edifícios de habitação existentes multifamiliares, em regime de propriedade total com andares ou divisões suscetíveis de utilização independente ou em regime de propriedade horizontal, licenciados para habitação até 31 de dezembro de 2006, inclusive”. São elegíveis os condomínios residenciais (em que os beneficiários são representados pelos responsáveis pela administração e gestão do condomínio), bem como proprietários emnome individual no caso de edifícios em propriedade total. Ana Gomes e Nevin Alija selecionadas para o Global Future Energy Leaders do World Energy Council Ana Gomes e Nevin Alija foram nomeadas membros do programa Global Future Energy Leaders (Global FEL) do World Energy Council. Ambas são cofundadoras do programa Mulheres na Energia, que promove a equidade do setor energético. Ana Gomes é membro da direção dos Future Energy Leaders Portugal (FELPT) e Analista de Políticas Energéticas e Ambientais na APETRO, enquanto Nevin Alija é membro dos FELPT e Responsável de Assuntos Europeus, na Direção de Estratégia e Transição Energética, da Floene Energias. Os FELPT consideram a nomeação um reconhecimento do seu papel ativo, bem como da Associação Portuguesa da Energia (APE) no debate responsável e informado dos desafios e oportunidades associadas à transição energética, assim como o papel das duas entidades na promoção da literacia energética. O Global FEL é um programa altamente seletivo, que conta com a participação de 61 países, selecionando anualmente um número restrito de novos membros. Os membros dos Global FEL trabalham lado a lado com as mentes mais brilhantes e experientes do setor energético mundial para acelerar a transição energética, enquanto garantem os princípios de sustentabilidade social, ambiental e económica. Além de Ana Gomes e Nevin Alija, Portugal tem atualmente mais dois elementos no Global 100, João Graça Gomes (Engenheiro de investigação e desenvolvimento na China Three Gorges Corporation) e Ana Sousa (Técnica Especialista na Secretaria de Estado da Energia e Clima).
13 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.NOVOPERFIL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Saint-Gobain Portugal e ADENE juntam-se para promover a eficiência energética na construção A Saint-Gobain Portugal anunciou a assinatura um acordo de parceria com a ADENE – Agência para a Energia. A iniciativa insere-se no âmbito da rede de parceiros CLASSE+, que reconhece e valoriza as entidades que se preocupam com a eficiência energética nas suas atividades. Segundo a empresa, o acordo reforça a ambição do Grupo em desenvolver ações que contribuam para o reforço da sustentabilidade energética e ambiental da atividade da construção. A Saint-Gobain tem várias soluções que contribuem para a promoção da eficiência energética dos edifícios, desde o isolamento térmico da envolvente opaca do edifício, na cobertura plana ou inclinada e na fachada com a aplicação de sistemas ETICS ou Placotherm®; soluções em vidro de elevado desempenho para vãos de fachada, destacando as soluções de vidro duplo ou triplo Climalit®; e ainda, soluções de condutas de ventilação. “A eficiência energética assume um caráter prioritário na atividade Grupo. Não podíamos estar mais satisfeitos com este acordo que reitera o nosso compromisso com a descarbonização do setor”, aponta José Martos, CEO da SaintGobain em Portugal. De realçar que a etiqueta CLASSE+ permite comparar o desempenho energético de elementos dos edifícios. Os membros da Rede de Parceiros CLASSE+ afirmam o seu compromisso em promover a eficiência energética das suas atividades, bem como de influenciar nesse sentido as decisões e comportamentos dos seus colaboradores, parceiros, clientes, fornecedores e demais entidades com que interajam, usando a etiqueta energética como instrumento para o efeito. Dynasty Homes aposta em casas autossuficientes Promotora imobiliária está a promover o empreendimento Herdado do Meio, no Seixal, num investimento de 30 milhões de euros. Moradias virão equipadas com painéis solares que lhes darão autonomia energética. 70 moradias geminadas duas a duas num empreendimento com 11 hectares de dimensão que começa agora a ser construído. Um investimento de 30 milhões de euros num conceito de casas autossuficientes (ou autossustentáveis, como preferirem). Quer isto dizer que cada moradia será equipada com 10 painéis solares, com 550 watts cada, num total de 5.5 kW, baterias de lítio de 19.2 kW e inversores híbridos de 5 kW. A ideia é que a habitação seja independente da rede energética pública. Os cálculos foram feitos para uma família com uma viatura elétrica, a ser carregada uma vez por semana – sim, as habitações estarão preparadas para carregar carros elétricos. Caso seja necessária mais energia os proprietários podem adicionar até um total de 16 painéis solares. Tudo foi pensado ao pormenor. Desde a localização das habitações ao desenho das mesmas. O objetivo foi o de aproveitar o máximo da luz solar e exigir o mínimo de energia possível para a sua utilização. A casa vem ainda equipada com duas trotinetes elétricas e revelou Bobby O’Reilly, cofundador e sales & marketing diretor da Dynasty Homes revelou que a empresa conseguiu um acordo com a Mercedes em que os proprietários conseguem preços especiais ao adquirir viaturas (elétricas) da marca. Para já o que está pensado é usar o método tradicional de construção – usando os materiais mais eficientes e sustentáveis – mas, caso o mercado (diga-se os compradores) queiram há a possibilidade de utilizar a chamada construção em aço leve (LSF). As casas também vêm equipadas com a tecnologia KNX, um sistema inteligente que permite fazer a gestão de toda a habitação, desde o controlo das portas e janelas, a iluminação e climatização, e inclusive as cortinas e persianas. Sem esquecer, claro, o controlo de acesso e inclusive os eletrodomésticos.
14 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.NOVOPERFIL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ADENE com formação em Reabilitação Energética em Edifícios Residenciais Primeira edição do curso decorre nos dias 16, 17, 18, 23, 24, 25, 30 e 31 de maio e 1 de junho, em horário pós-laboral e formato e-learning (síncrono). A Academia ADENE apresenta novos cursos. Um deles é a formação em Reabilitação Energética em Edifícios Residenciais, que tem como objetivo proporcionar aos técnicos do setor formação complementar em patologias e reabilitação térmica de edifícios, incluindo a instalação de sistemas técnicos renováveis, promovendo assim a eficiência energética e a melhoria da qualidade na reabilitação de edifícios. No programa do curso consta a caracterização geral do parque edificado e do âmbito do SCE, o enquadramento legislativo da reabilitação em edifícios, os incentivos à reabilitação, a Reabilitação Térmica, a instalação/ Substituição de sistemas técnicos renováveis (Biomassa, Solar térmico e Solar fotovoltaico), assim como a eficiência hídrica e a apresentação de casos de estudo. A formação, de 27 horas, será ministrada em horário laboral ou pós-laboral, no formato e-learning e tem um custo de 400 euros (380 euros para membros OE). É possível obter mais informações através do endereço: formar@adene.pt. Setor da construção é responsável por 40% das emissões anuais de carbono Estudo da BCG e do WEF refere que o cimento é responsável por aproximadamente 30% das emissões de carbono provenientes da produção de materiais usados na construção. Amodernização e construção de edifícios e infraestruturas, embora seja benéfica para a economia mundial, é responsável por 40% das emissões anuais de carbono a nível mundial, correspondente a cerca de 15 gigatoneladas (Gt). Esta foi a principal conclusão do estudo “Scaling Low-Carbon Design and Construction with Concrete: Enabling the Path to Net-Zero for Buildings and Infrastructure”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG) com o World Economic Forum (WEF). O relatório aponta que sem atuação proativa, este número devera´ crescer, reduzindo o impacto dos esforços de descarbonização em outros setores. O documento revela que a produção de materiais de construção é responsável por cerca de 15 a 20% das emissões em edifícios e 50 a 60% na construção de infraestruturas, embora os valores variem de acordo com cada projeto. Sendo que o cimento destaca-se, representado cerca de 30% das emissões destes materiais e 7% das emissões globais de carbono consequentemente. Pelo que, e segundo o estudo, para reduzir a pegada ecológica dos edifícios e infraestruturas, é necessário analisar o fabrico e utilização do cimento. O que significa que a redução das emissões de carbono nos edifícios e infraestruturas exige uma ação rápida, o que impõe alguns desafios. Por um lado, a medição das emissões de carbono durante a realização do projeto e a utilização dos respetivos dados para melhorar decisões de design. Monitorizar o seu progresso não é uma norma na indústria, em parte, por causa da complexidade da avaliação do ciclo de vida do carbono, mas também pode devido à falta de mandatos para a medição de carbono por parte de governos, clientes e empresas. A par disso, e ainda segundo o documento, a fragmentação da cadeia de valor da construção impede a redução das emissões. Os projetos passam por diferentes fases, sendo tratadas por diferentes equipas e empresas, muitas vezes com uma coordenação limitada, o que limita a visibilidade das cadeias de abastecimento e cria entropia na partilha de informação. Para resolver esta questão o estudo aponta uma estratégia dividida em sete partes, capaz de ajudar clientes, governos e empresas nas áreas de Arquitetura, Engenharia e Construção a ultrapassar os desafios sistémicos que impedem a construção de ser uma indústria com baixo teor de carbono. C M Y CM MY CY CMY K
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16 PERFIL EVENTO Setor da Construção e Obras Públicas apresenta propostas tendo em vista o Portugal 2030 Nos últimos meses, os principais responsáveis do setor da Construção e Obras Públicas têm vindo a debater as necessidades de apoios ao investimento e desenvolvimento do setor tendo em vista as verbas do Portugal 2030. Em causa está o desenvolvimento da ferrovia, infraestruturas e, principalmente, construção de habitação. António Barbosa Fernando Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros. A Convenção da Construção decorreu em dezembro, no LNEC, e juntou alguns dos principais nomes do setor. A Ordem dos Engenheiros, em conjunto com a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), Ordem dos Arquitetos, Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e o LNEC apresentaram, em dezembro de 2022, 34 propostas que visama aceleração da atividade da construção em Portugal. Commaior incidência na área da habitação, as mesmas foram entregues ao Presidente da República e representantes do Governo em janeiro. Tendo em vista os fundos estruturais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), os principais representantes do setor reuniram-se nos dias 13 e 14 de dezembro, noGrandeAuditóriodo LNEC, em Lisboa, para analisar os problemas e constrangimentos que afetam esta importante atividade económica. Em conjunto, apresentaramna ‘Convenção daConstrução’medidas que, segundoos mesmos, podem“garantir a estabilidade e sustentabilidade nos investimentos em obras públicas”. Durante o evento, Fernando Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, lembrou a urgência de “garantir a plena utilização dos fundos europeus” sabendo que o setor da construção e obras públicas em Portugal, apesar dos constrangimentos e impactos
17 PERFIL EVENTO O PRR prevê um investimento de oito mil milhões de euros nas áreas da energia, digitalização e tecnologias de transporte. negativos motivados pela guerra entre Ucrânia e Rússia, crise energética e crescimentoda inflação, deverá crescer entre 2,4%a 4,4%em2023 (fonte: Associação dos IndustriaisdaConstruçãoCivil eObras Públicas - AICCOPN). Gonçalo Byrne, bastonário da Ordem dos Arquitetos, manifestou a preocupação da tendência para o “dumping” em relação dos preços praticados na construção que dificulta a contratação de arquitetos paisagistas e outros profissionais, acrescentando que em Portugal não se verifica a internacionalização dos profissionais (incluindo engenheiros) nos concursos internacionais de obras. Como exemplo, referiu o caso dos concursos ganhos emobras na vizinha Espanha quando comparados com concursos ganhos por empresas estrangeiras em Portugal. Uma das deficiências apresentadas prende-se com a falta de mão de obra qualificada, pedindo uma alteração à política de imigração para trabalhadores qualificados. A excessiva litigância e falta de planeamento foram outras das deficiências estruturais identificadas. Para Fernando Almeida Santos, adiar investimentos estruturais está claramente a “prejudicar o país”. Manuel Reis Campos, presidente da ConfederaçãoPortuguesadaConstrução e Imobiliário (CPCI) consideraqueháque “identificar as soluções extraordinárias e transitórias que têmde ser implementadas de imediato para salvaguardar a competitividade das empresas nacionais perante uma conjuntura que, como sabemos, apresenta elevados níveis de incerteza”. Entre as propostas acordadas como resposta a estes problemas, estão “a promoção de um regime fiscal adequado, a alteração do sistema de licenciamento urbano, a simplificação das disposições para a contratação pública, a alteração da política de imigração para trabalhadores qualificados, a reabilitação do sistema cooperativo na habitação e a centralização no Governo do programa nacional para facilitar a reforma do sistema de Licenciamento Urbano. . O licenciamentourbano e a necessidade de alterar o regime de arrendamento urbano foramoutras dos constrangimentos apresentados nesta convenção. É tambémassinalada a perda de competência técnica e de gestão especializada dos serviços públicos e a dispersão da tutela dos setores por váriosministérios". Em resposta, durante o 11º Fórum da Plataforma Tecnológica Portuguesa de Construção (PTPC), decorrido no passado mês de fevereiro também no LNEC, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, apontou para a recente promulgação das medidas legislativas do denominado “Simplex para o Ambiente”. Entre as alterações a entrar em vigor ao abrigo deste novo pacote legislativo destacam-se a redução ou eliminação dos casos emque é obrigatório realizar de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) na modernização das vias-férreas ou em centros produtores de energia solar, quando a área ocupada seja igual ou inferior a 100 hectares, bemcomo na produção de hidrogénio verde a partir de fontes renováveis e da eletrólise da água, entre outros. Galamba enalteceu ainda os planos já emcurso ao abrigo do PRR, nomeadamente o “componente C5 das Agendas Mobilizadoras que contémosmegaprojetos do PRR” onde “serão apoiados 53 projetos comum investimento previsto de oitomil milhões de euros” nas áreas da energia, digitalização e tecnologias de transporte. Oministro realçou, por sua vez, a aposta governamental na ferrovia nacional. Neste caso, afirmou que, hoje, Portugal temum “verdadeiro” plano de reestruturação e desenvolvimento que tem vindo a permitir “a ativação de oficinas para recuperar dezenas de carruagens, locomotivas e automotoras”, acrescentando o pacto estabelecido para o “contro de competências ferroviário que visa, emconjunto, desenvolver três tipos de carruagens para se produzir um comboio português numa parceria entre a Sermec, CP e Universidade do Porto”. Oprimeiro comboioportuguês aoabrigo desta parceria deverá estar pronto no final de 2025. Se tal acontecer, terá pelo menos 25% de incorporação nacional num investimento de 69,9 milhões de euros. HABITAÇÃO, O NOVO NAMORO DO GOVERNO Neste 11.º Fórum Estratégico PTPC/ Cluster AEC, Rita Moura, em representação da PTPC, reforçou a importância do investimento na construção de habitações e infraestruturas para a vitalidade da construção, arquitetura e engenharia em Portugal. Segundo afirmou, ao abrigo do PRR está previsto um investimento que ronda os “40 mil milhões de euros, dos quais cerca
18 PERFIL EVENTO Rita Moura lembra a importância do investimento na construção de habitações e infraestruturas para a vitalidade da construção, arquitetura e engenharia em Portugal. INVESTIMENTO EM HABITAÇÃO COM APOIO DO PRR INVESTIMENTO VERBA DISPONIBILIZAÇAO DE HABITAÇÕES PRR METAS FINAIS RE-C02-i01: Programa de Apoio ao Acesso à Habitação 1211 Milhões euros Construção, reabilitação e aquisição de imóveis (incluindo, neste caso, a posterior construção ou reabilitação) para arrendamento; Arrendamento no mercado para subarrendamento. No âmbito do PRR, cerca de 7/8 das candidaturas apresentadas pelos municípios reportam-se a reabilitação. Prevê-se, com este investimento, dar resposta a pelo menos 26.000 famílias até 2026. RE-C02-i02: Bolsa nacional de alojamento urgente e temporário 176 Milhões euros Construção de Imóveis, Aquisição de Imóveis, Aquisiçao e Reabilitação de Imóveis e Reabilitação de Imóveis. No âmbito do PRR, cerca de 4/5 das candidaturas apresentadas pelas entidades reportamse a reabilitação. Com este investimento pretende-se dar resposta às diferentes necessidades, mediante a criação de 2.000 alojamentos de emergência ou de acolhimento/ transição, de natureza mais transversal, e de 473 fogos, 3 blocos habitacionais e 5 Centros de Instalação Temporários e Espaços Equiparados especificamente para as forças de segurança. RE-C02-i05: Parque público de habitação a custos acessíveis (empréstimo) 775 Milhões euros Construção; Reabilitação; Aquisição de Imóveis, incluindo a subsequente construção ou reabilitação. No âmbito do PRR, cerca de 5/6 das candidaturas apresentadas pelos municípios reportam-se a reabilitação. Entrega de 6800 habitações aos agregados familiares até 2026. Fonte: Gabinete da Ministra da Habitação - Março 2023 Durante o 11º Fórum da Plataforma Tecnológica Portuguesa de Construção (PTPC), o ministro das Infraestruturas, João Galamba, apontou para a recente promulgação das medidas legislativas do denominado 'Simplex para o Ambiente'. de 25% serão atividades do setor da construção, o que corresponde a um investimento de cerca 10 mil milhões de euros”. De realçar que a problemática da falta de habitação emPortugal tornou este capítulo umnovo desígnio para o atual Governo, que tem em compromisso uma série de metas a cumprir até ao ano de 2026. No total, estão previstos cerca de 2.733milhões de euros do PRR para o setor de habitação. O programa de Apoio ao Acesso à Habitação irá absorver a grande fatia da ‘bazuca’. O objetivo é garantir habitação digna a 26mil famílias até junho de 2026. A meta estabelecida prevê o financiamento de 37.624 alojamentos, entre habitações e edifícios, novos e reabilitados. A secretária de Estado da Habitação, Maria Fernanda Rodrigues, reconheceu a grande necessidade de habitação no nosso país e realçou que o Governo já desenvolveu “todos os instrumentos necessários para concretização deste objetivo” reforçando que já está “contratualizada a construção de 314 fogos” havendoaindamuitotrabalhopor fazer. n
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20 PERFIL Tektónica regressa em grande e com lotação esgotada A tão aguardada 25ª edição da maior feira de Construção e Obras Públicas do país não podia ter decorrido da melhor forma. Após a pandemia, que colocou o setor em stand by, a Tektónica – Feira Internacional da Construção regressou em 2023 com uma das melhores edições dos últimos anos, com uma forte procura por parte das empresas expositoras, que esgotaram o espaço e com um incremento de 47% de visitantes. As revistas NovoPerfil e O Instalador marcaram presença e revelamos alguns dos pontos altos do evento, que decorreu de 4 a 7 de maio na FIL, em Lisboa. Sónia Ramalho
21 PERFIL Promovida pela Fundação AIP, a 25ª edição da Tektónica registou a presença de mais de 22 mil visitantes, um aumento de 47% face a 2022, e praticamente duplicou a área ocupada face à última edição. O certame ultrapassou mesmo as expetativas iniciais no número de empresas em exposição, contando com cerca de 250 expositores, sendo que 34% foram empresas que participaram pela primeira vez e que aproveitaram para dar a conhecer as suas marcas, produtos e novas soluções ao mercado empresarial e aos consumidores finais. Um exemplo é a Thermosite, que participou pela primeira vez “para mostrar alguns produtos novos e conquistar clientes da zona de Lisboa. A empresa tem uma maior presença na região norte do país, embora já tenha um armazém em Lisboa e outro no Algarve, mas o objetivo passa por dinamizar mais a presença nesta zona”, revelou Luís Chedas, diretor comercial da Thermosite, que destacou os contactos de profissionais que a feira proporciona. “Aproveitámos a Tektónica para lançar a nova tabela de preços para 2023 na qual o destaque vai para a gama de ar condicionado da Thermway. Relativamente à Gree temos modelos novos, nomeadamente dois monosplits murais de gama média alta e temos também as bombas de calor da Thermway commais capacidades e mais opções de controlo, um produto com imensa procura e que é uma ótima solução para quemprocura equipamentos com maior eficiência e menores consumos”. Também foi a estreia da Be Air, como revela Nuno Valério, responsável pela empresa. “Este é o primeiro ano que participamos e achámos que era importante marcar presença, após um período de afastamento devido à pandemia. Agora resolvemos mostrar a empresa”. O foco foram “as soluções de climatização com os nossos parceiros de negócio, a Daikin e a LG, e também estamos a apresentar soluções de fotovoltaico, uma área que tem tido um crescimento exponencial, nomeadamente com soluções híbridas e carregadores de veículos. 2023: O ANO DO REGRESSO Nesta edição também se registou um regresso por parte de 30% de empresas que não participavam no evento desde 2019 (período anterior à pandemia), um sinal de que a Tektónica Luís Chedas, diretor comercial da Thermosite. Nuno Valério com a equipa da Be Air que esteve presente na Tektónica.
22 PERFIL está em linha com a evolução prevista a nível de mercado. Um dos exemplos é a Saint-Gobain. “Nos últimos anos não temos marcado presença na feira e este ano resolvemos voltar pois temos uma série de atividades e várias empresas no grupo e quisemos apresentar as novidades, de aquisições que fizemos o ano passado, nomeadamente na parte de LSF, construção leve, e também de placa de gesso”, revelou Nuno Vieira, gestor de produto da área dos pavimentos da Saint-Gobain. “Estamos a apresentar novidades da Weber, da Isover e da Placo, das quais temos soluções novas, nomeadamente um serviço de aplicação mecanizada de pavimentos, e algumas novidades de produtos. A nível de fachadas temos uma maquete que representa grande parte das soluções e em placas de gesso, destacamos modelos com melhor prestação técnica, não só em termos de ancoragem de elementos, mas com resistência a água. A grande vantagem que temos é a grande abrangência em termos de construção. Conseguimos estar em praticamente todas as áreas”. O crescimento do mercado e o regresso da confiança por parte dos players reflete-se positivamente na Tektónica, como explica José Paulo Pinto, gestor da feira. “Temos assistido a uma grande dinâmica e capacidade de resiliência por parte das empresas, que apesar dos desafios constantes, continuam a apostar na Tektónica enquanto evento que contribui de forma decisiva na identificação de novas oportunidades e de concretização de negócios, bem como para a comunicação e divulgação das suas atividades, produtos e serviços. Também o regresso de muitas empresas a este marketplace de excelência acontece porque acreditam no projeto e dele retirammais valias para o seu crescimento”. Nuno Vieira, gestor de produto da área dos pavimentos da Saint-Gobain. Júlio Pereira, gerente adjunto na Refral.
PRÉMIO INOVAÇÃO Pela primeira vez, o prémio Tektónica Inovação apresentou um número recorde de 40 candidaturas a concurso, de produtos, equipamentos ou serviços, com o objetivo de distinguir e premiar as empresas que continuam a apostar na inovação, mesmo num mercado em constante mutação. Eis a lista dos vencedores: • Perfisa - Perfisa Thermosteel • Microcrete - M SABI • Barratermica - Thermobuild Isolante Térmico e acústico 150 • MOB – Ind.de Mobiliário - Painel de cortiça em cozinha • Pedrosa & Irmãos - Barreira acústica • UTK Portugal - Deep Injections Mensão Honrosa • Prana Smart Unip. – SolarGaps • Grupo Casais - QDR. WIFI. 23 PERFIL Algumas empresas aproveitaram o evento para apostar na divulgação de soluções emvárias áreas, como é o caso daRefral. “Oano passado estivemos presentes com um stand mais pequeno, mas este ano optámos por outra estratégia”, revelou JúlioPereira, gerente adjunto na Refral. “Temos um standmaior que integra todas as soluções do grupo para Portugal: soluções Cruzfer para ferragens e proteção solar e soluções Refral, com portas e automatismos”. A aposta não podia ter sido mais bem acolhida pelos visitantes: “a mudança está a correr bastante bem porque a Cruzfer tem uma forte implantação nos gabinetes de arquitetura e na parte de ferragens, e a Refral tem uma presença forte no cliente final e junto dos construtores. A verdade é que os clientes que nos visitam percebem que podem fazer a ligação entre as duas empresas, sendo que o objetivo é potenciar os negócios e os elos de ligação que existem”, sublinhou Júlio Pereira, que aproveitou para destacar algumas das novidades. “Temos o controlo de acessos, com uma solução de torniquetes speed gates para controlar o acesso aos edifícios, tanto com o nosso software, Apostamos em fornecer produtos de qualidade, que correspondam ao uso a que se destinam e que cumpram as expetativas dos nossos clientes. Os nossos padrões qualidade obrigam a um processo de contínua evolução! A nossa Gama de Soluções visa dar uma resposta integrada e global às necessidades dos Promotores, Arquitetos e Construtores. Soluções Eficientes para a Arquitetura comercial@cruzfer.pt Sistemas de Ferragem Fiáveis Ventilação Natural Controlada Speed Gates e Torniquetes REFRAL Proteção Solar Eficiente
24 PERFIL Ávila e Sousa, diretor técnico e de marketing do Grupo Preceram. como com um software próprio de gestão de empresas, e que se destaca pelos diferentes tipos de acabamentos, com uma panóplia de soluções que garantem a segurança dos edifícios e a decoração dos espaços. É um produto esteticamente mais agradável”. Outra novidade está relacionada com os automatismos: “temos uma gama própria na Refral com automatismos para portões de garagem, portões de correr e portas seccionadas, sensores e uma panóplia de soluções para barreiras de segurança para parques de estacionamento, Dentro desta última, a novidade é o controlo de acessos, em quepodemos ter umparquede estacionamento com um leitor de matrículas e controlo de segurança, o Key Dom”. CASAMENTO COM O SETOR IMOBILIÁRIO Ao mesmo tempo que decorria a Tektónica, o pavilhão 1 da FIL acolheu o Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e, para Ávila e Sousa, diretor técnico e de marketing do Grupo Preceram, foi o casamento perfeito. “O facto de a Tektónica ter apostado nesta aliança, neste casamento com o Salão Imobiliário traz uma mais-valia aos dois certames, pois temos toda a fileira, desde a produção de materiais de construção até a quem vende e promove o imobiliário. A organização conseguiu ocupar três pavilhões, o que também dá dimensão à feira e faz com que as pessoas se sintam mais atraídas para a visitar”. Este ano, o Grupo Preceram apostou na divulgação de dois produtos: “o tijolo pro 25, umnovo formato do tijolo térmico, de características térmicas e acústicas, muito adequado à realidade nacional e que é uma resposta face ao que clientes nos solicitavam nas feiras: um tijolo com 25 de largura, para poupar argamassa, e mais comprido, para poder diminuir o número de peças por m2 e aumentar a rapidez de execução”. O outro destaque é a “lã mineral Volcalis, com uma competitividade térmica melhorada. Conseguimos ter a mesma resistência térmica, mas com menor espessura, o que é importante quando se fala em isolamento pelo interior, pois qualquer centímetro conta”. Ávila e Sousa destacou a preocupação do Grupo Preceram com a pegada ambiental, a descarbonização e a sustentabilidade. “Desde o início que, em todos os produtos, temos a preocupação na racionalização no consumo dos recursos e do consumo de energia, ou seja, conseguir ao máximo otimizar a produção para incorporar menos energia nos produtos, e que estes tenham o máximo de mais-valia para quem os compra”. n
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26 PERFIL EVENTO Sustentabilidade em destaque no VII Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas Organizado pela ANFAJE, o maior evento nacional do setor reuniu cerca de 150 participantes que puderam testemunhar a partilha de conhecimentos, projetos e ideias sobre o estado atual do setor, tendo em conta o novo Programa Nacional de Habitação (PNH), o parque edificado português e o seu futuro. Mas foi a sustentabilidade que dominou o debate nas duas mesas redondas da manhã, num dia que terminou com a assinatura de dois protocolos de colaboração com dois novos parceiros: Interempresas e APEGAC. Sónia Ramalho O Hotel Vip Executive Art’s, em Lisboa, recebeu a 4 de maio o VII Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas, que este ano teve comomote o tema ‘Mais Habitação, Mais Conforto e Eficiência Energética’. No seudiscursode abertura, JoãoFerreiraGomes, presidente da ANFAJE, recordou que “continuamos o ano de 2023 sem ter informação de quando sairá o reforço ambicioso do Programa Edifícios Mais Sustentáveis, o qual conta com uma dotação total de 120Milhões de euros no documento atualizado das medidas do PRR e que urge ver a luz do dia”. VII Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas decorreu a 4 de maio no Hotel Vip Executive Art’s, em Lisboa.
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