ENTREVISTA 53 PERFIL A certificação Cradle to Cradle® é um programa de certificação avançado, multiatributos, baseado na ciência, para conceber, fabricar e verificar materiais que são considerados seguros, circulares e fabricados de forma responsável. A norma incentiva a melhoria contínua ao longo do tempo, atribuindo a certificação com base em níveis crescentes de realização. Cada nível de certificação (Elementar, Bronze, Prata, Ouro e Platina) representa resultados cada vez mais rigorosos nas cinco categorias de desempenho. O que mudou face à anterior certificação? As três gamas de produtos obtiveram inicialmente a certificação C2C de nível Bronze 3.1 em dezembro de 2019. Estes mesmos produtos foram agora novamente certificados para o nível Bronze 3.1. No entanto, a Guardian Glass é agora também uma das primeiras empresas de vidro float a cumprir alguns dos requisitos mais rigorosos da versão 4.0. As três famílias de produtos obtiveram, no mínimo, a certificação C2C de nível Bronze 4.0 em três de cinco categorias de desempenho (algumas das quais mudaram da versão 3.1): Saúde dos materiais, Circularidade do produto e Gestão de solos & água. O vidro float fabricado na Europa obteve a certificação C2C de nível Ouro 4.0 na categoria de desempenho Saúde dos materiais, o que significa que 100% das substâncias foram avaliadas. Isto comprova a nossa melhoria contínua, transparência e compromisso enquanto empresa para com a Gestão ambiental. Temos um cronograma de transição e estamos motivados para atingir o nosso objetivo de alcançar a certificação C2C de nível Bronze 4.0 em todas as cinco categorias de desempenho no futuro. Qual a diferença entre a versão 3.1 e a 4.0 e qual a sua importância? A versão 4.0 da certificação C2C tem requisitos mais rigorosos do que a versão 3.1. É necessário um grande empenho por parte de muitas áreas distintas do nosso negócio. Existem avaliações mais detalhadas, é necessária uma maior recolha de dados e o nível de escrutínio aumenta em todas as cinco categorias de desempenho. Por exemplo, a versão 4.0 tem novos enquadramentos relativamente à Circularidade do produto, bem como requisitos mais abrangentes na Gestão de solos & água para garantir que a Guardian está a fazer a sua parte para melhorar a quantidade e qualidade de água potável e solos saudáveis. Os requisitos da versão 4.0 em relação à Saúde dos materiais estão agora melhor alinhados com os principais regulamentos químicos e outras normas, incluindo uma nova lista de substâncias restritas. Alcançar a recertificação de produtos na versão 4.0 requer compromisso e monitorização contínua por forma a melhorar emmuitas áreas: consegui-lo é outro grande passo em frente para a Guardian Glass em termos de alinhamento dos seus produtos fabricados com a visão da empresa de “ajudar as pessoas a melhorar as suas vidas disponibilizando produtos e serviços que valorizam mais do que as suas alternativas, fazendo-o de forma responsável ao mesmo tempo que se consomem menos recursos”. Esta visão envolve a produção de produtos de vidro que minimizam os impactos ambientais, enquanto ajudam a reduzir o consumo energético e a aumentar o conforto nos edifícios. Na verdade, já existe uma grande semelhança entre a nossa própria estratégia de gestão ambiental e a filosofia C2C. O que é pedido às empresas que pretendam ter os seus produtos com certificação C2C e quais os desafios a ultrapassar? As empresas não devem subestimar a quantidade de tempo e esforço necessários. Muito do trabalho necessário baseia-se na recolha de dados e na coordenação com equipas operacionais, ambientais, de saúde e segurança (EH&S). Em termos de recursos, cerca de 60 colaboradores da Guardian Glass estiveram envolvidos globalmente nestas atividades. Por exemplo, na categoria de Gestão de solos & água, foi necessário muito trabalho para demonstrar a nossa conformidade e garantir que as nossas atividades cumpriam as leis e regulamentos locais para cada unidade de produção. Fizeram-se também grandes esforços para demonstrar a nossa conformidade com os regulamentos químicos – que produtos químicos de processamento estão a ser utilizados nas nossas unidades fabris, em que quantidade, e para garantir a não existência de substâncias restritas
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