BJ12 - Novoperfil Portugal

18 DOSSIER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PERFIL COMO AUMENTAR A EFICIÊNCIA DOS EDIFÍCIOS Para alcançar essas metas é necessário continuar a investir em medidas de eficiência energética tanto para edifícios já existentes, como para novas construções. “O envelope construtivo dos edifícios (constituído por paredes, janelas e a cobertura) é responsável pela perda de calor de um edifício, sendo a intervenção em tais elementos decisiva na melhoria da eficiência energética. Aqui, dependendo do período da construção e do cumprimento da respetiva legislação vigente à época, temos em Portugal soluções construtivas muito díspares”, indica Vanessa Tavares, sustainability specialist do Built CoLAB. “No entanto, quando falamos de janelas e portas todos reconhecemos que uma parte significativa do edificado mais antigo ainda tem caixilharias de madeira com vidro simples em que, além de terem um fraco desempenho a nível de isolamento térmico, apresentam níveis demasiado elevados de permeabilidade ao ar, o que provoca perdas adicionais.” Na perspetiva da especialista, “uma vez que os fabricantes têm vindo a acompanhar estas problemáticas, desenvolvendo soluções que permitem minimizar as perdas por estes elementos, diversas estratégias poderão ser adotadas, sendo possível algumas vezes com um investimento baixo, quando não é possível ummaior investimento, recorrer à calafetagem de portas e janelas, em que as renovações de ar serão reduzidas, ao sombreamento por estores (no verão) ou, em casos ideais, a substituição por soluções de melhor desempenho”. Marco Pedroso lembra, a nível das paredes, “a aplicação de isolamento térmico pelo exterior (o denominado ETIC) e, quando tal não seja possível, a colocação de isolamento térmico pelo interior, apesar de não ser o ideal, poderá também contribuir para baixar a conta da eletricidade mantendo o conforto. Por fim, e nãomenos importante, o isolamento da cobertura é essencial para a melhoria da performance energética do edifício, reduzindo o sobreaquecimento (no Verão) e o arrefecimento (no Inverno) dos espaços e, consequentemente, aumentando o conforto e reduzindo as necessidades energéticas. Emqualquer das situações recomenda-se a avaliação por um técnico qualificado para otimizar o resultado face ao investimento efetuado.” n FACHADAS VENTILADAS COM PAINÉIS FOTOVOLTAICOS Em 2022, a STO apresentou uma novidade: fachadas ventiladas com painéis fotovoltaicos integrados. Uma solução que permite que a fachada do edifício funcione como uma central elétrica para ganhar autossuficiência e reduzir o consumo energético. “O StoVentec Photovoltaics Inlay, sistema especialmente indicado para edifícios multifamiliares, não só isola termicamente o edifício, como o transforma num gerador de eletricidade de alto rendimento, superando em quase 40% a eficiência dos modelos até agora utilizados”, indica José Neves, responsável pela STO Ibérica Portugal. "Apesar de os sistemas fotovoltaicos de fachada poderem apresentar um rendimento total anual inferior aos painéis de cobertura, têm a grande vantagem de se adaptaremmelhor à procura sazonal, já que o desempenho, comparado com as demais soluções, é maior nos meses mais frios, do outono à primavera, quando o sol está mais baixo. Além disso, a superfície útil da fachada geralmente é maior que a do telhado, especialmente em edifícios altos. Portanto, StoVentec Photovoltaics Inlay é a melhor solução para reduzir o consumo energético dos edifícios”.

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