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40 PERFIL FACHADAS: EFICIÊNCIA E DESIGN Investir em (boas) fachadas é (também) apostar na eficiência energética dos edifícios São a primeira linha de defesa e uma ajuda preciosa contra fenómenos como a humidade. A inovação do setor, por seu lado, já permite, por exemplo, transformar o edificado numa central elétrica, permitindo alcançar o autoconsumo. Alexandra Costa A eficiência energética dos edifícios é um dos temas quentes da atualidade, no que concerne à construção. E para conseguir isso há que apostar, também, nas fachadas dos edifícios. Afinal são a primeira linhadedefesanoqueconcerne a uma boa climatização e à diminuição das perdas de energia. E, nos últimos anos, muito se tem inovado. José Neves, responsável pela STO Ibérica Portugal, lembra que hoje já é possível ter uma fachada que possibilite o isolamento térmico, o isolamento de humidades, a difusão do vapor de água, produção de energia, variantes estéticas incalculáveis, pinturas que eliminamos gases de estufa, pinturas que eliminamos maus cheiros, pinturas que bloqueiame protegemas pessoas de roubo de dados. “É absolutamente impressionante aquilo que conseguimos oferecer paramelhorar o parque edificado existente e novo”, constata. A verdade é que há cada vez mais interesse e atenção por parte dos portugueses relativamente a esta temática. Em causa, na opinião do responsável da STO, à presente conjuntura socioeconómica que vivemos e ao período de COVID durante o qual fomos obrigados a ficar mais tempo em casa. O que levou à deteção de dois aspetos fulcrais: “primeiro, o desconforto que tinham em casa pelo facto de não conseguirem manter uma temperatura adequada quer no verão, quer no inverno, sendo obrigados a ter o arrefecimento ou aquecimento ligados ininterruptamente para poderem ter o tal equilíbrio na temperatura e algum conforto”. O aumento da fatura da eletricidade foi a consequência imediata. Um problema que, com o aumento dos preços de energia, tende a agravar-se. “Não podemos pedir a uma família portuguesa que gaste mais de 200 euros por mês só em arrefecimento e aquecimento para terem conforto dentro da sua própria casa, este valor esmaga qualquer orçamento familiar! A pobreza energética do nosso parque habitacional veio ao de cima e começamos agora a tomar medidas para reverter o status quo existente. É tambémmuito importante ter em conta que este uso excessivo de energia vem piorar e muito as já frágeis condições climáticas”, aponta José Neves. Mas esse não foi o único problema com que se depararam os portugueses. A par da questão da climatização deram igualmente conta da “constante degradação das fachadas”. O responsável da STO Ibérica Portugal considera que é assustador verificar o quão a construção é pobre e pouco adaptada ao clima húmido do nosso país.“ Basta passarmos por qualquer região para encontrarmos edifícios e vivendas com as fachadas a denotar defeitos assustadores, pontes térmicas, tintas desgastadas, fungos e bolores, entre outros. E o maior problema é que isto irá transformar-se rapidamente em despesas elevadas de manutenção para os proprietários”, constata. Para este executivo não podemos continuar a construir ou renovar sem termos determinados conceitos e preocupações fundamentais emconta, sem pensarmos na sustentabilidade a longo prazo dos nossos edifícios. A solução? “É urgente impor, legislar e “apoiar” uma consciência de construção mais amiga do ambiente e dos seus ocupantes”, afirma categórico. E, como aponta Luciano Peixoto, CEO da Casa Peixoto, não se trata de um fenómeno temporário ou pontual. As mudanças climatéricas adversas estão cada vez mais presentes. E Portugal

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