TÉCNICA 83 pamento de medição, avaliando o seu desempenho, que a emissão do certificado de calibração torna comprovável, o funcionamento exato e confiável. A calibração do equipamento de deteção de gás é crítica para a segurança (trabalhadores) e para a proteção da instalação a monitorizar, deve ocorrer periodicamente, única forma de garantir que o equipamento apresenta leituras fiáveis, até porque, com o tempo e o uso diário constante, é normal que se desgastem e apresentam desvios nos valores iniciais. No caso específico dos detetores de gases, a calibração periódica e regular garante que eventuais desvios na especificação dos sensores do(s) equipamento(s) serão rastreáveis e corrigidos. A calibração inicial e regular deve ser feita por laboratório acreditado e reconhecido, que assegure a competência e os recursos para realizar calibrações ou ensaios de acordo com as normas e critérios estabelecidos. TIPOS E FATORES A CONSIDERAR NA ESCOLHA DOS DETETORES Não encontramos no mercado apenas um tipo de detetor de gás para todas as situações, pelo que será necessário que, cuidadosamente, sejam contextualizados os riscos e as medidas preventivas a implementar, em função das necessidades dos técnicos a proteger (trabalhadores), escolhendo então o detetor mais eficaz. Um detetor de gás pode ser projetado com um ou vários sensores para detetar gases específicos, dependendo do(s) tipo(s) de gás(es) considerado(s), porém são usuais: I. Os de sensores eletroquímicos para gases como monóxido de carbono e o H2S (sulfureto de hidrogénio) devido à sua sensibilidade e seletividade. II. Os de sensores infravermelhos para gases combustíveis, pois podem medir altas concentrações sem o risco para o sensor. III. Os sensores de esferas catalíticas são também opção para detetar gases combustíveis, mas como são mais sensíveis a contaminação podem exigir mais manutenção. Com uma grande variedade de produtos para escolher, podem considerar-se fatores de escolha; I. Saber o que medir antes de poder decidir sobre um detetor e a partir do qual se identifica, de entre os sensores, os que melhor se adequam aos riscos conhecidos e presentes no espaço confinado (ex. um detetor de gás dar leitura de concentração no Oxigênio (O2). De IPVS para o monóxido de Carbono (CO) e Limite Inferior de Explosividade (LIE). para H2S. II. Certificar-se da identificação da faixa de deteção, isto é, se o dispositivo deteta as concentrações mínimas e máximas de gás e o intervalo de deteção (muito estreito, podem perder-se concentrações de gás mais baixas, ou sendo muito amplas podem não fornecer a precisão necessária para detetar os níveis de gás); III. Frequência de calibração e o processo envolvido, aqui detetores com calibração frequente, podem envolver muito tempo de inatividade e mais custos. Com autocalibração ou intervalos mais longos pode aumentar a eficiência e reduzir o tempo de inatividade, considerar se o dispositivo pode ser calibrado no local ou se precisa ser enviado ao fabricante, afetará a continuidade de utilização; IV. Durabilidade e confiabilidade, importantes no suporte de condições adversas, como temperaturas extremas, poeiras, exposição à água e resistência a choques físicos, uma construção robusta garante desempenho e eficácia, mesmo em ambientes desafiadores. A confiabilidade é fundamental para obstar a alarmes falsos ou deteções perdidas com consequências catastróficas para os objetivos. V. A facilidade ou uso é fundamental, especialmente em situações de emergência onde leituras rápidas e precisas são necessárias. Dispositivos com design e interfaces intuitivos, telas claras e operação direta minimiza a probabilidade de erros nas leituras pelo operador. O tamanho o peso e portabilidade facilita as tarefas dos utilizadores. VI. A conformidade com a legislação de segurança e saúde ocupacional, normas em vigor e os padrões e regulamentos relevantes do setor dão a confiança de um equipamento seguro e eficaz e atende a certos padrões de segurança e desempenho para uso mesmo em ambientes perigosos. MÉTODOS DE MEDIÇÃO E MONITORIZAÇÃO A medição deve ser feita a partir do lado de fora do local confinado, com o auxílio de uma sonda ou mangueira que deve estar conectada ao detetor a ser inserida no interior, de acordo com a densidade dos gases, será identificada a perigosidade. Poderá recomendar- -se o teste da atmosfera com intervalo de um metro e meio na direção do caminho e lateralmente, a cada nível. Existem duas maneiras de utilizar detetores de gases portáteis: monitorização remota (por transmissão de dados a um ponto distante) ou presencial (quando o trabalhador estiver com o detetor apenso ao seu equipamento de trabalho por exemplo no vestuário). Em ambos os casos, é preciso que os Vários tipos de detetores.
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