BI334 - O Instalador

INOVAÇÃO AVAC | ENTREVISTA 51 Fizeram parte da sexta edição do Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa. O que isso representou em termos do vosso crescimento? Foi um reconhecimento do valor e do potencial de escalabilidade do produto para qualquer mercado, qualquer segmento e até mesmo qualquer geografia. Aliás, há duas semanas tivemos a instalar os primeiros projetos na cadeia Dunkin'Donuts nos Estados Unidos. Como operam a instalação numa geografia remota? Formámos os técnicos para que possam fazer a instalação e temos várias modalidades. Ou estamos a falar de um prestador de serviços e o cliente é nosso ou é um parceiro que propõe clientes da sua carteira, sendo remunerado por isso. Já estão nos Estados Unidos e noutros países? Sim, temos parceiros para o Brasil e Emirados Árabes Unidos. O vosso objetivo é chegar ao patamar de Unicórnio? Queremos crescer e levar a empresa o mais longe possível. O objetivo é maximizar o valor da Bandora e pode surgir o interesse numa aquisição prévia à chegada desse valor. Já teve propostas para adquirir o projeto? Já tivemos conversas com outras empresas no setor e já tivemos propostas, mas não formais. No entanto, ainda não nos faz sentido, ainda não estamos nessa posição. A vossa solução é exclusiva para edifícios empresariais ou também querem chegar ao mercado residencial? O nosso produto foi definido para um mercado empresarial, até porque as poupanças são muito maiores face ao mercado residencial, mas este não está excluído. Sabemos que a oferta e o modelo de negócio terão de ser diferentes, mas a nível tecnológico já estamos a fazer integrações residenciais através de clientes, como resorts com múltiplos apartamentos e vilas. Portanto, ganhamos o fator da escalabilidade que, no caso do segmento doméstico, pode ser a dificuldade a ultrapassar. Para lá chegar teríamos de ultrapassar um desafio tecnológico, ou seja, perceber como conseguimos atingir de forma escalável - esta é para nós a palavra de ordem - o mercado residencial para que a implementação seja rápida e o menos tecnológica possível. Quase como instalar uma box para a televisão nas nossas casas. Em relação aos instaladores noutras geografias, com quem trabalham em parceria, querem adotar esse modelo em Portugal? Ainda não, ou melhor, temos parcerias com empresas que fazem a ponte com os clientes finais. Como o país é pequeno, conseguimos dar resposta, mas a minha visão para um crescimento da Bandora passa por uma venda de canal, através de parcerias técnicas com instaladores de AVAC, empresas de facility management ou até mesmo empresas de projeto. É nossa visão de futuro chegar ao mercado através de parcerias. Para o chat GPT, a Bandora é uma empresa conhecida pela abordagem hardware agnóstica, o que significa que pode ser utilizada em diversos sistemas, sem substituir os equipamentos existentes. Está correto? É isso mesmo. O nosso software trabalha sobre qualquer marca, modelo de equipamento, fabricante ou segmento e a partir do momento em que virtualizamos aqueles dados, o funcionamento e o procedimento é igual. É isso que nos distingue do mercado. Quais os objetivos para 2025? Estamos muito otimistas e expectantes com o próximo ano. Mais uma vez destaco a palavra escalar, ou seja, queremos ter um hiper-crescimento de vendas, de operações e até mesmo de internacionalização. Estamos com objetivos muito ambicioso, a partir do momento em que conseguimos os primeiros edifícios e estamos a trabalhar com franchisados com 200 a 400 restaurantes, só no mercado dos EUA. Já temos instaladores formados e treinados para trabalhar com a nossa tecnologia, pelo que acreditamos que 2025 vai ser um ano totalmente diferente. Passámos de nove edifícios em 2023 para mais de 150 em 2024. Para 2025, os objetivos são ainda mais ambiciosos: queremos atingir mais de 600 edifícios na nossa plataforma. A equipa está muito entusiasmada com o crescimento e temos provas dadas também na área científica. Conseguimos submeter, em agosto, um pedido de patente nacional e, em dezembro, fechámos um pedido de patente a nível europeu. No próximo ano, queremos avançar para um pedido de patente internacional e temos um plano de proteção da nossa inovação noutras vertentes. n PORQUÊ O NOME BANDORA? Quando precisámos de registar a empresa fiz uma pesquisa num site de criação de acrónimos e coloquei várias palavras-chave: buildings, energia, performance, analytics, data. A junção de letras e sílabas deu origem a várias combinações. Além de Pandora, também foi sugerido Bandona, o que achei interessante. Depois de ter procurado o seu significado no Google, descobri que é um instrumento musical tradicional da Índia, bem como o nome de um vilão na série de animação Power Rangers.

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