INOVAÇÃO AVAC | ENTREVISTA 50 A nível de poupança energética, quanto é que uma empresa pode poupar ao ano? No mínimo conseguimos 40% de poupança, mas temos clientes que já atingiram os 70%. Como a tomada de decisão é ajustada mediante as condições ambientais, meteorológicas e de ocupação, cada mês é diferente. Mas conseguimos sempre gerar um retorno positivo. É possível ter um edifício 100% sustentável e autónomo, ou seja, com zero de pegada de carbono, com a vossa solução? Conseguimos contribuir para atingir essa meta. Se um sistema da AVAC pode ter 40 a 50% de peso na fatura energética e se conseguimos poupar metade, significa que já conseguimos fazer uma contribuição positiva na anulação do carbono. A contribuição da Bandora não tem um investimento inicial porque vai depender se o edifício já está sensorizado e se os equipamentos permitem uma comunicação através de protocolos standard. Sem isso, não é possível conectarmo-nos ao edifício. O que fazem quando têm um cliente novo? Qual o vosso modelo de negócio? Temos uma lista de requisitos que passam pelas plantas do edifício, os últimos 12 meses de fatura energética, o projeto de AVAC e o projeto elétrico para a componente do AVAC, porque também medimos o consumo de energia. Isto porque temos um modelo de negócio baseado na partilha da poupança, ou seja, partilhamos 50% da poupança que gerarmos junto do cliente. Não é um valor fixo, não é uma subscrição e não é por projeto, mas sempre que o cliente poupar, nós faturamos. O nosso compromisso é que, se não conseguimos poupar naquele mês, não vamos faturar qualquer subscrição. Portanto, se naquele mês a Bandora não conseguir poupar energia, o cliente não recebe uma fatura. Exatamente. Essa é a nossa proposta de valor e tornou- -se no modelo de negócio mais popular da Bandora. Foi totalmente game changer porque começámos a ter muitos clientes a querer esse modelo. Ainda sobre o nosso modelo de negócio, fazemos uma análise técnica e verificamos se é possível fazer a conexão com o edifício. Em caso afirmativo, colocamos um mini computador com o nosso software, que se conecta ao edifício, e com o qual trabalhamos remotamente. A cada cinco minutos estamos a analisar os dados recebidos e a atuar. É como se estivéssemos a fazer um ajuste fino do funcionamento do edifício. Em que situações não é possível atuarem? Por exemplo, com clientes que têm um sistema de AVAC que até nem é muito antigo, mas cujo o fabricante fechou ou foi adquirido por outra empresa e já descontinuou o produto. São situações muito particulares. Alguns dos elementos da equipa da Bandora Systems, que vai estar a contratar novos colaboradores em 2025.
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