BI334 - O Instalador

43 CLIMATIZAÇÃO De facto, o setor do Frio e Climatização é moldado por várias tendências externas e globais, que impulsionam a procura de maior eficiência e tecnologia mais inovadora. Ao nível da Eficiência Energética, embora esta seja uma tendência global, na Europa, várias diretivas e regulamentos da União Europeia exigem um impacto ambiental reduzido. O lançamento do ‘Green Deal’ da UE e a Estratégia Repower-EU acentuaram o foco nesta área. A materialização destes objetivos vem concretizada em diversas iniciativas legislativas. São disso exemplo as Diretivas e Regulamentos de Conceção Ecológica e Etiquetagem Energética, que estabelecem requisitos de desempenho energético para produtos, a Diretiva de Desempenho Energético de Edifícios e a Diretiva de Energias Renováveis. Objetivos orientados para melhorar a Eficiência Energética do parque imobiliário através de vários esforços, tais como o aumento do ritmo de renovação de edifícios. SUSTENTABILIDADE E TRANSIÇÃO DIGITAL Em termos de sustentabilidade, os requisitos regulamentares e as expectativas dos investidores e clientes em que as empresas contribuam para uma maior sustentabilidade social estão a tornar-se cada vez mais exigentes. Ao nível da transição digital, o mercado requer funções inteligentes para adaptação do funcionamento de sistemas e equipamentos às necessidades e, assim, reduzir o consumo de energia, o que exige software inteligente, produtos conectáveis e tecnologia de sensores que meçam a temperatura, humidade e qualidade do ar. A importância dos Sistemas de Automatização e Controlo assume protagonismo cada vez mais evidente. Esta realidade tem-se constituído como um desafio às empresas do setor, no sentido de procurarem uma maior qualificação dos serviços prestados, alicerçados na inovação e no conhecimento, tendo em vista uma maior otimização dos processos e dos recursos. Neste novo paradigma, caracterizado por crescentes exigências legais e por uma forte evolução técnica e tecnológica, a competitividade do setor passa pela diferenciação do serviço, assumindo uma estratégia de desenvolvimento assente numa maior capacitação dos empresários, assim como na cooperação das empresas com outros setores de atividade com quem se relacionam. Inovação e Qualificação surgem, então, como respostas a estes desafios, enquanto estratégias empresariais do setor do Frio e da Climatização, visando a sua capacitação para os fatores críticos de competitividade, para que as PME possam adotar práticas inovadoras e sustentáveis, apoiadas nas tecnologias digitais e favorecer competências relevantes, designadamente na defesa de práticas ambientalmente sustentáveis. Do mesmo modo, atividades como estudos diagnósticos do setor, conceção de modelos de certificação de qualidade, desenvolvimento de guias técnicos para a automatização e controlo de edifícios, produção e tradução de normas e guias técnicos setoriais suportados nas comissões técnicas aplicadas ao setor, nomeadamente através das Comissões Normalização Técnica da APIRAC, a ‘CT 056 – Frio: Instalações e aplicações frigoríficas’ e a ‘CT 185 – AVAC: Aplicações térmicas de conforto e qualidade dos ambientes interiores, instalações técnicas associadas e sistemas de gestão em edifícios’, e a criação de modelos de diagnóstico e autoavaliação para as empresas identificarem áreas de intervenção com maior potencial. Por fim, a monitorização e avaliação (sem perder de vista a necessária fiscalização) permitirão acompanhar de forma contínua o impacto e a satisfação na sociedade, garantindo a eficácia das ações implementadas e a melhoria constante. n

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