www.oinstalador.com 334 FEVEREIRO 2025 Preço €11 | Periodicidade - Mensal (10 edições/ano) A REVISTA DO SETOR DAS INSTALAÇÕES EM PORTUGAL ai173736726243_AF_Oinstalador janeiro2025.pdf 1 20/01/2025 10:01:03
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6 Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Defensores de Chaves, 15, 3.º F 1000-109 Lisboa (Portugal) Telefone +351 215 935 154 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Grupo Interempresas Media, S.L. (100%) Diretora Sónia Ramalho Equipa Editorial Sónia Ramalho, Gabriela Costa, Paqui Sáez redacao_oinstalador@interempresas.net www.oinstalador.com Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 110 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 119963 Déposito Legal 10480/96 Distribuição total +8.300 envios. Distribuição digital a +7.200 profissionais. Tiragem +1.100 cópias em papel Edição Número 334 – Fevereiro de 2025 Estatuto Editorial disponível em https://www.oinstalador.com/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Lidergraf Rua do Galhano, n.º 15 4480-089 Vila do Conde, Portugal www.lidergraf.eu Media Partners: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação de O Instalador adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. Smart home and building solutions. Global. Secure. Connected. A EFICIÊNCIA TEM CLASSE SUMÁRIO ATUALIDADE 7 EDITORIAL 7 PÀGINA DA NET 14 Quais as previsões tecnológicas para o setor da energia em 2025? 16 Com recorde de visitantes, Architect@ Work Lisboa supera expectativas 18 Grande adesão nas 24.as Jornadas de Climatização 21 5.º Seminário de Inverno do ISE-Ualg termina com balanço positivo 24 Mais de metade dos lisboetas enfrentam desconforto térmico em casa 26 Comunidade AVAC unida e com foco na neutralidade carbónica 30 Guia prático para escolher o melhor termoacumulador 32 Novas Solius Probox 34 Entrevista a Luís Graça, sócio-gerente da Frostline 36 MTA reforça capacidade de AVAC comercial da Trane 38 Eurofred tem novo depósito de armazenamento para aumentar eficiência das bombas de calor 40 Inovação para a sustentabilidade 42 Trane aposta na expansão e fortalecimento de soluções de climatização e eficiência energética 44 Entrevista a Márcia Pereira, CEO da Bandora Systems 48 EPBD-2024: Necessidade ou opulência 52 Casa da Palmeira 56 Um ano de recordes renováveis no caminho até 2030 58 APIRAC a mover energia para inovar o futuro 60 Dagartech: A energia personalizada e cada vez mais presente nas instalações portuguesas 62 Chiller/Bomba de calor de condensação a ar – eComfort 64 Midea apresenta nova gama de chillers Midea Aqua Thermal Super Series 66 Soluções Resideo permitem gerir casa remotamente para umas férias tranquilas 68 Visão estratégica da Daikin no mercado VRF: Apresentação do sistema VRV CO2 na Europa 70 Nova Eco-Thermal Monoblock R290 de Giatsu 72 Carros eléctricos, custos ocultos e soberania 73 Trabalhadores expostos a amianto estão a ser alvo de rastreio 78 Em segurança se solda, corta e molda metais… [7] Espaços confinados – Deteção de gases 80
Celeste Campinho reeleita Presidente da AIPOR Celeste Campinho foi reeleita Presidente da AIPOR - Associação dos Instaladores de Portugal, a 29 de novembro, dia em que se realizaram as eleições para os órgãos sociais, tendo votado 40% dos associados. A Lista A, encabeçada por Celeste Campinho, apostou numa linha de continuidade da liderança dos últimos anos à frente dos destinos da AIPOR. “Credibilidade, crescimento e qualificação” são os valores pelos quais se apresentou a votação. Quanto a prioridades, a nova direção destaca o reforço de parcerias estratégicas, quer a nível nacional, quer internacional, capazes de enriquecer a capacidade de intervenção, assim como a presença em webinars, feiras, seminários, workshops e palestras, sem esquecer o foco nos associados, com várias ações no terreno. Tem ainda em vista "proporcionar o acesso a formação técnica de qualidade e acessível e, na formação, garantir a participação da AIPOR nas alterações da legislação com impacto no dia- -a-dia dos instaladores". “Continuaremos firmes na trajetória que temos construído nos últimos anos, em prol dos nossos associados, o principal motor da AIPOR. Além disso, é e continuará a ser uma preocupação a melhoria das condições técnicas e profissionais de todo o setor e dos seus profissionais”, sublinhou Celeste Campinho, reeleita para os próximos três anos. EDITORIAL Para muitos, o início de um novo ano é encarado como uma página em branco, quase como um recomeço onde tudo (ou quase tudo) é possível. É uma fase marcada pela definição de novos objetivos para os próximos 12 meses e em que se ajusta o foco para os novos desafios que se avizinham. Conhecer as tendências que vão marcar os próximos meses ajuda não só a compreender como é possível fazer ajustes ao negócio, como a traçar novos objetivos. Janeiro não podia ter começado da melhor forma. A comunidade AVAC foi desafiada a reunir-se em dois eventos que marcaram o setor: as 24ªs Jornadas de Climatização da Ordem dos Engenheiros e o 5º Seminário de Inverno organizado pelo Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve. Como media partner de ambos os eventos, a revista O Instalador marcou presença e revela as principais conclusões. Naquela que é a primeira edição do ano, além de um artigo que realça os problemas da implementação em Portugal da Diretiva EPBD-2024, destacamos três grandes tendências que vão moldar o setor da energia nos próximos tempos: DER – Recursos Energéticos Distribuídos, inteligência artificial (IA) e cibersegurança. E por falar em IA, estivemos à conversa com Márcia Pereira, da Bandora Systems, que nos revelou como surgiu a ideia para a empresa que tira partido da inteligência artificial num projeto que está a revolucionar o setor do AVAC e que já chegou aos EUA e Dubai. Também estivemos à conversa com Luís Graça, da Frostline, que fez uma viagem ao passado, até ao Canadá, e recordou criação da própria empresa na área da climatização, e com Pedro Fernandes, da Trane, sobre a aquisição da AL-KO e quais os objetivos traçados para 2025. E, no ano em que comemora 50 anos de atividade, a APIRAC já traçou os objetivos para o futuro. Nuno Roque, diretor-geral da associação, revela os próximos passos, ao mesmo tempo que destaca as medidas-chave necessárias para desacelerar o crescimento do consumo da energia e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Boas leituras. Preparados para 2025?
8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.OINSTALADOR.COM • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Já há data para a ISH Frankfurt 2025 O mundo precisa de soluções para travar as alterações climáticas. Este vai ser o foco da próxima edição da ISH, que se realiza de 17 a 21 de março em Frankfurt am Main, com os expositores a apresentarem inovações que podem contribuir para este objetivo. Sob o lema 'Soluções para um futuro sustentável', uma nova e moderna estrutura aguarda os participantes da ISH 2025. Com oito novas áreas de soluções adaptadas aos interesses dos visitantes, o novo conceito também se reflete na disposição dos vários pavilhões de exposição. O programa, variado e com uma nova conceção, centra-se nas mais recentes inovações e tendências da indústria sanitária e de AVAC. Conferências, palestras de especialistas, áreas especiais e visitas temáticas proporcionam uma visão abrangente do futuro da tecnologia de construção e do seu papel na proteção climática global. Destaque para a ISH Conference Value of Water, um hub de inovação para a próxima geração do setor, bem como visitas temáticas guiadas e áreas especiais exclusivas que estabelecem novos padrões para edifícios modernos. Com fundos milionários, nova Agência para o Clima arranca em janeiro O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou a 26 de dezembro o diploma do Governo que cria a Agência para o Clima, deixando um reparo. “Esperando que o propósito visado com a criação da Agência do Clima não sofra com a instabilidade institucional resultante da sucessão de soluções organizativas sem tempo para avaliar os seus méritos”, pode ler-se na página oficial da Presidência da República. Sob a tutela do ministério do Ambiente e Energia, e em coordenação com os ministérios da Economia e da Agricultura, o novo organismo surge no âmbito da Reforma da Administração Pública em curso e vai absorver a Secretaria-Geral do Ambiente e a divisão de Clima da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). A missão passa por “garantir uma maior eficácia na implementação das políticas climáticas, assegurando o planeamento, monitorização e prestação de contas”, pode ler-se num comunicado partilhado pelo governo. “A agência terá um papel crucial na aceleração dos processos de licenciamento e na simplificação de procedimentos, assegurando transparência e celeridade nas avaliações e concursos públicos”. O novo organismo vai gerir vários fundos nacionais, europeus e internacionais, irá ter mais de 100 funcionários dedicados à transição climática. Também terá sob a sua tutela as funções de Autoridade Nacional no Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), a supervisão do Mercado Voluntário de Carbono e a gestão do Registo Português de Licenças de Emissão (RPLE). Já a nível internacional, irá preparar as posições nacionais para negociações climáticas europeias e internacionais, a participação nas negociações no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC) e do Acordo de Paris e a gestão dos compromissos financeiros internacionais no contexto da ação climática.
¡Novidade! Grupo hidropressor monofásico instalado em armário metálico, com duas bombas de funcionamento silencioso, 2 variadores de velocidade geridos por um único painel de controlo com ecrã visível do exterior e todos os componentes em aço inox. Concebido para ser montado na parede, seja encastrado ou à superfície, o CABINET BOOSTER com 60 cm de largura por 1,2 m de altura e apenas 20 cm de profundidade, é um sistema muito mais compacto do que os hidropressores comuns e particularmente adequado para os exíguos espaços de instalação em edifícios existentes. CABINET BOOSTER Soluções EBARA para Hidropressores Compactos
10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.OINSTALADOR.COM • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Elisabet Guasch é a nova vice-presidente de RH da Schneider Electric para a Zona Ibérica A Schneider Electric nomeou Elisabet Guasch como vice-presidente de Recursos Humanos para Portugal e Espanha, integrando o Comité de Direção da Zona Ibérica. Com um percurso na gestão de pessoas e na transformação cultural de empresas tecnológicas, Elisabet Guasch passou por organizações como Schibsted, Privalia e Trovit, sendo mais recentemente diretora de recursos humanos e comunicação para os mercados europeus na Adevinta. “Estou orgulhosa por me juntar a uma empresa que coloca as pessoas no centro da sua estratégia, e que fomenta e dá prioridade a um ambiente inclusivo e dinâmico, "referiu em comunicado. “O meu objetivo vai continuar a ser impulsionar o desenvolvimento de talentos e promover uma cultura que apoie a inovação e o bem-estar das equipas. Estes são e vão continuar a ser elementos-chave da estratégia de RH da Schneider Electric". Licenciada em Psicologia e com um mestrado em Recursos Humanos e um MBA pela ESADE, no seu perfil profissional destaca-se a capacidade de liderar processos de mudança e o foco estratégico na gestão de talentos, fatores-chave para acelerar a transformação da Schneider Electric na região ibérica. 7º Relatório da ELPRE revela avanços na descarbonização, mas destaca desafios urgentes O Grupo de Coordenação da Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE) publicou o 7º Relatório de Progresso, onde destaca a redução no consumo de energia primária e o aumento da produção de energias renováveis como os indicadores mais relevantes da eficácia das medidas implementadas. No entanto, continua a alertar para a necessidade de acelerar a taxa de renovação dos edifícios, especialmente no setor residencial. O relatório, elaborado pela DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia, pela ADENE – Agência para a Energia e pelo LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, destaca ainda como grande desafio o combate à pobreza energética, ao mesmo tempo que alerta para a falta de dados detalhados sobre a renovação dos edifícios, como a maior dificuldade na monitorização dos progressos da ELPRE. O documento incide sobre o período de junho a novembro de 2024, refletindo o desempenho na descarbonização do parque edificado em Portugal, em alinhamento com o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC 2050) e o Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030). O documento destaca como principais resultados a redução de consumo de energia primária em 6,5%, tendo como meta da ELPRE 11% até 2030, a produção de energia renovável local que regista um aumento de 25,5% em 2023, ultrapassando a meta de 11% para 2030, a redução de emissões de CO2 em 45,7%, evidenciando uma trajetória favorável para a descarbonização do edificado nacional. A área de edifícios renovados revela um progresso acumulado de 3,9% em 2023, mas longe da longe da meta de 49% para 2030, sublinhando-se a necessidade de aceleração na renovação do edificado. Já o conforto térmico regista melhorias no parque habitacional, com uma redução acumulada de 0,54% nas horas de desconforto térmico. Para cumprir as metas estabelecidas pela ELPRE, o documento apresenta várias recomendações e enfatiza a importância de melhorar a recolha e partilha de dados que permitam um acompanhamento mais preciso do progresso da estratégia, assinalando que o sucesso da ELPRE depende da colaboração entre o governo, municípios, empresas e cidadãos.
11 Powering Energy Hub: o projeto da AdEPorto para impulsionar eficiência energética e energias renováveis A AdEPorto deu início ao projeto Powering Energy Hub (PEH) com a kick-off meeting que reuniu todos os parceiros para definir as estratégias e os próximos passos do projeto financiado pelo Programa LIFE da União Europeia. Com uma previsão de investimento total de 26,3 milhões de euros, estima alcançar uma poupança de 58,5 GWh/ano de energia primária. O Powering Energy Hub visa acelerar o investimento em eficiência energética e produção de energia renovável em edifícios e infraestruturas públicas e privadas, contribuindo para o aumento de edifícios de 'quase zero' consumo de energia (nearly-zero energy buildings - nZEB) em Portugal. Baseado nas ferramentas e experiência adquiridas no projeto Porto Energy Hub, o PEH expande o alcance do projeto anterior, oferecendo um leque mais amplo de soluções para os desafios energéticos atuais. Além de prestar apoio técnico e jurídico na implementação de medidas relacionadas com a melhoria da eficiência energética e produção de energias renováveis, irá apostar no desenvolvimento de novas soluções financeiras e modelos de negócio que atraiam e facilitem o investimento privado. A concretização destes objetivos passa pela promoção de uma 'one-stop-shop' virtual de âmbito nacional. O projeto reflete um alargamento das competências dos Energy Hubs já existentes nos municípios associados à AdEPorto. Ao coordenar o Powering Energy Hub, a AdEPorto reforça o compromisso em apoiar a sustentabilidade energética nas cidades portuguesas, desenvolvendo novos modelos de financiamento e promovendo a aplicação de boas práticas que visam um futuro mais eficiente e sustentável. www.cest.pt comercial@cest.pt , Bomba de Calor modular com 100 kW de capacidade; Ligação de até n= 9 máquinas sequenciais num único colector; Fluido frigorigéneo R290 com potencial de aquecimento global residual (GWP= 3); Permite caudal variável no anel primário até Qmax/n. Produção de água quente até 60 °C; Separação entre quadro eléctrico e circuito frigorigéneo, com detector de fugas; Bombas hidráulicas com motor EC inverter; Compressores e permutadores de calor otimizados para aquecimento; PRM
12 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.OINSTALADOR.COM • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER A Iberdrola obteve a licença de produção da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) de Portugal, o que representa mais um passo para a construção do maior parque eólico do país. O projeto, localizado nos distritos de Vila Real e Braga, e com um investimento total de cerca de 350 milhões de euros, reforça o compromisso da empresa com objetivos ambientais, sendo o primeiro do género a combinar energia eólica com energia hidrelétrica. Implica compartilhar o ponto de conexão e a linha de evacuação de eletricidade, que incluirá uma ampliação da subestação, já prevista no projeto inicial. Com uma capacidade instalada de 274 MW e uma capacidade de produção de 601 GWh por ano, equivalente ao consumo de 128 mil residências, sendo que essa infraestrutura será integrada ao Sistema da Central Elétrica do Tâmega (SET). O projeto, que beneficia do ponto de conexão existente em Ribeira de Pena, representa um contrato de fornecimento de energia de longo prazo, também conhecido como PPA. Esse projeto, composto pelos parques eólicos Tâmega Norte e Tâmega Sul, faz parte de um acordo assinado com o fundo soberano norueguês, administrado pelo Norges Bank Investment Management. A incorporação de energia eólica no Complexo do Tâmega irá aumentar a contribuição de energia limpa, competitiva e de baixo custo para o sistema elétrico português, garantindo o fornecimento máximo de energia verde, originalmente autorizado para cada projeto, pelo maior tempo possível. O projeto eólico foi concedido à Vestas, consistindo na instalação de 38 turbinas eólicas de última geração, a Vestas Enventus V172, com uma capacidade unitária de 7,2 MW e uma altura de 114 metros. A alternância entre as tecnologias hidrelétrica e eólica irá reduzir a dependência de condições ambientais intermitentes e as restrições de recursos escassos, como o vento, o que irá promover maior estabilidade da produção de energia renovável e otimização da infraestrutura. O Complexo Tâmega elimina 1,2 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano, o que equivale à retirada de aproximadamente 260 mil veículos a combustão das estradas a cada ano, o que irá possibilitar a diversificação das fontes de produção, evitando a importação de mais de 160 mil toneladas de petróleo por ano. Luz verde para Iberdrola instalar maior parque eólico de Portugal
13 ATUALIDADE Daikin Portugal vence prémio Escolha do Consumidor 2025 na categoria Ar Condicionado Com esta distinção, a empresa reforça o estatuto de referência em soluções inovadoras de ar condicionado no setor, destacando-se no critério de Preço/Qualidade na análise às 14 marcas nesta categoria. Nos atributos que os consumidores consideram ser os mais relevantes na decisão de aquisição do produto ou serviço em análise, a Daikin destacou-se em Eficiência Energética, Facilidade de manutenção e limpeza, Modo Silencioso, Aplicação, Conforto do Caudal do Ar e Nível de Ruído. Foram também destacados a Monitorização remota de erros e avarias, Sistema de filtragem de ar e Disponibilidade de peças de reposição. “Estamos muito orgulhosos por ter conquistado este prémio, que é o reconhecimento de décadas de inovação e compromisso com a excelência na indústria de AVAC. A nossa evolução permite-nos lançar soluções para o futuro, desenvolvidas com foco na inovação constante, na tecnologia e no feedback que recebemos dos nossos clientes, o qual procuramos materializar através dos nossos produtos, para continuarmos a redefinir os padrões da indústria. Esta conquista não seria possível sem o trabalho dos colaboradores e da confiança dos parceiros com quem trabalhamos diariamente”, revelou em comunicado Yvonne Brierley, administradora da Daikin Portugal. Sistemas de prensar Viega Torne a instalação mais inteligente. WORK HARD Execute de forma inteligente Mais nem sempre significa melhor. Utilize as soluções dos sistemas de prensar Viega de forma mais eficiente, muito mais seguro e rápido com apenas uma Pressgun Viega nas suas mãos. Viega. Connected in quality. WORK SMART viega.pt
O novo site da Lennox, agora totalmente em português, destaca-se por uma navegação simples e por facultar o acesso a informações detalhadas sobre os produtos, o que permite tomar decisões mais informadas. Lennox Visite o nosso Website e saiba mais sobre as soluções Lennox. 14 PÁGINA DA NET www.lennoxemea.com/pt/ Na Lennox, estamos verdadeiramente empenhados em proporcionar-lhe a melhor experiência de conforto térmico. Concebemos e fabricamos equipamentos de alta qualidade, oferecendo a melhor tecnologia, o software mais inteligente e o nosso serviço de apoio exclusivo durante toda a vida útil do seu equipamento. NAVEGAÇÃO SIMPLIFICADA O site foi projetado com uma navegação intuitiva, facilitando a pesquisa de produtos, serviços e informações importantes. DETALHES DOS PRODUTOS Descubra informações detalhadas sobre os produtos Lennox, especificações técnicas e funcionalidades, permitindo decisões mais informadas. n
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16 PREVISÕES 2025 Quais as previsões tecnológicas para o setor da energia em 2025? De acordo com José Manuel Paraíso, country manager da Kyndryl em Portugal, as previsões para o próximo ano apontam para três grandes tendências que vão moldar o setor da energia: DER – Recursos Energéticos Distribuídos, inteligência artificial (IA) e cibersegurança. A crescente procura elétrica e a transição energética estão a impulsionar a adoção de tecnologias, como a IA e redes virtuais de energia, otimizando recursos e reduzindo custos. A manutenção preditiva e a descentralização da produção de energia serão cruciais para garantir resiliência e sustentabilidade. Em 2025, o setor irá dar prioridade à modernização de sistemas e ao reforço da cibersegurança, protegendo infraestruturas críticas e mitigando os impactos das alterações climáticas. “A sociedade como um todo é chamada para resolver um problema que é de todos - pessoas e empresas: a proteção do nosso planeta. Atendendo a esta causa, 2025 vai caracterizar-se por um aumento da procura por energia e tecnologias limpas”, começa por destacar José Manuel Paraíso, country manager da Kyndryl em Portugal, que sublinha que o crescimento económico e os avanços tecnológicos “estão a pressionar os fornecedores de energia e os serviços públicos a satisfazerem as crescentes necessidades energéticas”. Na sua opinião, “as empresas estão a recorrer a várias fontes de energia e a utilizar tecnologias como a IA para desenvolver sistemas seguros e sustentáveis, incluindo recursos energéticos distribuídos (DER) e centrais elétricas virtuais. A IA terá um papel fundamental na otimização do fluxo de energia, na previsão da geração de energia, na avaliação de riscos climáticos e na melhoria da resiliência geral da rede”. Paralelamente, o setor vai sentir a necessidade de se modernizar e, consequentemente, de mostrar maior capacidade de resiliência, com vista a acompanhar as necessidades futuras. “Para isso é crucial investir em novas tecnologias e modernizar sistemas antiquados, para garantir um fornecimento de energia eficiente, seguro e fiável”. O PAPEL DA IA GENERATIVA Segundo José Manuel Paraíso, esta vai desempenhar “um papel crucial na Indústria 4.0, permitindo uma maior automação, eficiência e segurança nas operações energéticas e industriais. As empresas de energia vão investir em IA para otimizar redes inteligentes, prever a geração de energia e avaliar riscos climáticos, garantindo a estabilidade e resiliência da rede elétrica”. Com os investimentos em IA e a procura de centros de dados a aumentar, “as empresas de energia e de serviços públicos preparar-se-ão para satisfazer estas necessidades crescentes de energia, ao mesmo tempo que vão usar a IA para aumentar a sua própria eficiência. As empresas continuam a explorar a forma como as tecnologias de redes inteligentes e a IA podem ajudá-las a utilizar dados em tempo real para otimizar o fluxo de energia, prever a sua produção, avaliar os riscos climáticos e muito mais. A implementação destas tec-
17 nologias pode melhorar a resiliência global da rede e ajudar a garantir a sua estabilidade à medida que o consumo de energia das próprias soluções de IA aumentam”, destaca. A IA generativa também pode desempenhar um papel importante na conservação de energia, tornando as operações comerciais mais eficientes. “Embora não haja consenso sobre a magnitude dos seus requisitos de energia, as organizações devem tomar consciência do impacto que está a ter nas suas pegadas de carbono e ajustar as estratégias para tornar a IA generativa mais sustentável". Para atingir os objetivos de sustentabilidade, as empresas "devem começar a integrar dados de sustentabilidade nas decisões de negócio e investir em tecnologias que proporcionem uma maior visibilidade das métricas de sustentabilidade”, nota. CIBERSEGURANÇA E RESILIÊNCIA Segundo o Kyndryl IT Readiness Report 2024, 64% dos líderes organizacionais estão preocupados com os ciberataques, mas apenas 39% se sentem preparados para os gerir. “Este é um primeiro sinal de como a cibersegurança começa a ser percecionada como o coração das operações de qualquer organização. Trata-se, por isso, de uma preocupação comum e crescente em todos os setores, e que enfatiza a necessidade de medidas proativas para proteger dados e infraestruturas”, sublinha. Para 2025, as empresas devem implementar várias medidas, como uma avaliação de riscos de segurança cibernética “para identificar vulnerabilidades e ameaças”. Também é importante desenvolver um plano de ação “para abordar as vulnerabilidades identificadas e implementar medidas de segurança, bem como contratar especialistas em cibersegurança, apostar na formação das equipas de IT e/ou recorrer a serviços de segurança geridos para garantir a proteção adequada”. Ao implementar medidas proativas e adotar uma abordagem holística, “as empresas podem proteger os seus dados, infraestruturas e reputação contra as ameaças cibernéticas em constante evolução”. Em suma, "prevemos que estas tendências destaquem a necessidade de as empresas se adaptarem e investirem em tecnologias-chave para garantir a eficiência, segurança e resiliência num panorama energético que se encontra em rápida evolução". n
18 EVENTO Com recorde de visitantes, Architect@Work Lisboa supera expectativas A tão aguardada Architect@Work decorreu entre 4 e 5 de dezembro na FIL, em Lisboa, e a organização não podia estar mais satisfeita. Além de ter batido recordes, contou com 3.255 visitantes e superou as expectativas em quase todas as categorias. A edição de 2024 da Architect@Work Lisboa confirmou e reforçou o seu valor como um evento essencial para profissionais de arquitetura e design. O entusiasmo era evidente, com os participantes a envolverem-se desde o networking à descoberta de novos produtos e inovações de uma vasta gama de expositores. Com 145 expositores no evento – representando um aumento significativo em relação ao ano anterior – a feira foi maior e mais diversificada. Os expositores apresentaram uma ampla variedade de produtos e serviços inovadores, atraindo um público mais vasto e criando novas oportunidades para o desenvolvimento de negócios e colaborações. Um dos maiores destaques foi a taxa de satisfação excecional reportada tanto por visitantes, com 97% a expressar satisfação com a sua experiência geral no evento, como por expositores. Desde o contacto com produtos inovadores até à organização, os visitantes saíram com uma impressão positiva e uma forte sensação de valor acrescentado.
19 EVENTO A totalidade dos expositores declarou-se satisfeita com a participação. Este resultado reflete o compromisso do evento em proporcionar uma plataforma eficaz para as empresas se conectarem com potenciais clientes, gerarem leads e construírem parcerias valiosas. Os expositores elogiaram a qualidade dos participantes e a gestão eficiente do evento, que lhes permitiu maximizar a sua presença. Pedro Faria, diretor geral da OBO Bettermann Portugal, realça a participação “muito positiva” no evento, tendo destacado “um aumento significativo de visitantes, face ao ano passado, e uma maior diversidade de públicos. Além de arquitetos e decoradores de interiores, recebemos a visita de distribuidores, construtores e projetistas, o que reforça a abrangência e a relevância do evento”, estando já a olhar para as próximas oportunidades de apresentar soluções inovadoras. Como um dos pontos altos destaca “o formato diferenciador e bem organizado da feira, com foco nas soluções inovadoras apresentadas e uma preocupação clara em proporcionar uma boa experiência aos visitantes”. Sobre a gamas de produtos apresentadas na segunda edição Architect@ Work, Pedro Faria destaca as caixas UDHOME com escova e o Sistema 55. No primeiro caso, “as caixas de pavimento UDHOME com saída de escova, agora disponíveis nas versões UDHOME-ONE e UDHOME2, são certificadas para uso em toda a Europa e possuem um acabamento em aço inoxidável escovado, que combina de forma discreta e elegante com diversos ambientes”. Pedro Faria, diretor geral da OBO Bettermann Portugal.
20 EVENTO “A saída de cabo, aprovada pela VDE, pode ser facilmente fechada quando não estiver em utilização e, quando em uso, os cabos são conduzidos através da escova nivelada com o pavimento. Com um design patenteado, a escova proporciona uma instalação elétrica segura, sem comprometer a estética e a funcionalidade do espaço”. Já no caso do Sistema 55 “é uma solução compacta e versátil, com apenas 55 mm de altura, ideal para instalações em betonilha e chão falso. Oferece soluções completas para energia, dados e multimédia, suportando até oito aparelhagens Modul 45® e quatro tomadas RJ, e pode ser utilizado com caixas de pavimento reguláveis e calhas de chão OKA, cuja a tampa acessível facilita adaptações elétricas a qualquer momento”. LEADS DE ALTA QUALIDADE E SEMINÁRIOS APRECIADOS Em média, cada expositor gerou 148 leads no evento, sublinhando a qualidade do público presente. Os participantes não estavam apenas a explorar, mas a envolver-se em discussões e oportunidades de negócios, garantindo que os expositores saíam com conexões valiosas e potenciais novos clientes. Já os seminários foram muito apreciados pela capacidade de inspirar, educar e provocar reflexão. Estes eventos oferecem uma oportunidade única para explorar as últimas tendências, inovações e desafios na arquitetura. Os arquitetos partilharam experiências, ideias e visões, gerando novas perspetivas sobre design, sustentabilidade, materiais saudáveis e desenvolvimento urbano. Com uma resposta tão positiva, a equipa da Architect@Work já está a preparar a edição do próximo ano. O evento de 2025 (anunciado para os dias 3 e 4 de dezembro, na FIL Lisboa) promete proporcionar uma experiência ainda mais impactante a todos os envolvidos. n O stand da OBO Bettermann Portugal na Architect@Work. A Sanindusa aproveitou o evento para dar a conhecer os produtos mais recentes. As novidades no stand da Oli. Os visitantes mostraram curiosidade com o stand da Hager.
21 EVENTO Grande adesão nas 24.ªs Jornadas de Climatização O auditório da Ordem dos Engenheiros voltou a reunir os profissionais do setor para mais uma edição das Jornadas de Climatização, onde se discutiram temas como a transposição da nova Diretiva EPBD, a neutralidade carbónica e a descarbonização. Um evento que já tem data de regresso em setembro. Sónia Ramalho A Comissão de Especialização em Climatização e Refrigeração, em colaboração com a secção nacional da REHVA e o capítulo português da ASHRAE, organizaram no passado dia 16 de janeiro as 24.ªs Jornadas de Climatização subordinadas ao tema ‘Neutralidade Carbónica nos Edifícios e indústria' e do qual a revista O Instalador foi media partner. A sessão da manhã contou com a moderação a cargo de Celeste Campinho, presidente da AIPOR, tendo a primeira sessão contado com a presença de Pedro Ávila, Operational Sustainability Director na REN, que destacou os principais desafios para as redes energéticas em matéria de neutralidade carbónica. Já Manuel Luís Martins, Solar DG Product Development Deputy Director na EDP, conduziu uma apresentação com o foco na estratégia da eletricidade para a transição energética. O período da manhã contou ainda com as apresentações de Hélder Gonçalves, investigador do LNEG, sobre a transposição da nova Diretiva EPBD e os desafios, bem como oportunidades, Hélder Gonçalves, investigador do LNEG, centrou atenções na transposição da nova Diretiva EPBD e quais os desafios na sua implementação em Portugal.
22 EVENTO Coube a Celeste Campinho, presidente da AIPOR, moderar as apresentações da sessão da manhã Patrick Crombez com Francisco Trindade, da Daikin. O stand da Carrier. A equipa da Geoterme. Nuno Silva com António Sampaio, da Contimetra/Sistimetra.
23 EVENTO para os edifícios em Portugal. Enquanto “todos os edifícios novos deverão ser edificados com emissões nulas até 2030, os edifícios existentes deverão ser transformados em edifícios com emissões nulas até 2050”, lembrou, ao mesmo tempo que classificou a diretiva de “complexa” e que vai exigir a adaptação de todos, de forma faseada, "em função da evolução dos vários setores envolvidos, nomeadamente indústria da construção e materiais, componente e sistemas técnicos". A sessão da manhã foi finalizada com a apresentação do livro da CIBSE AM17:2022 - Heat Pump Installations for Large Non-Domestic Buildings. Coube a Eduardo Maldonado, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), fazer a apresentação na qualidade de revisor da tradução portuguesa. A sessão da tarde arrancou com Patrick Crombez, presidente da Associação Europeia de Bombas de Calor (European Heat Pump Association – EHPA) que traçou um retrato sobre o sector das bombas de calor. Seguiram-se duas apresentações sobre a temática da descarbonização. Na primeira, Daniel Malveiro, da Baxi, abordou o tema das caldeiras e qual o futuro na descarbonização, enquanto António de Pina, da Deltacontrols Germany, abordou o papel do SACE e SRI. A apresentação de dois casos de estudo encerrou as 24.ªs Jornadas de Climatização, um dos quais dedicado à descarbonização na indústria e outro à sustentabilidade de um GES, neste caso o Hotel Renaissance Porto. Jorge Liça, vice-presidente da Ordem dos Engenheiros e Isabel Sarmento, coordenadora da Especialização em Climatização e Refrigeração, encerraram o evento, não sem antes deixarem encontro marcado para setembro, para mais uma edição das jornadas. n O stand da Baxi. O stand da Sodeca. Luís Ferreira no stand da Cest AERMEC ao lado da France Air, com Eduardo Falcão, João Gordo e Pedro Barros.
24 EVENTO 5.º Seminário de Inverno do ISE-Ualg termina com balanço positivo A organização do evento não podia estar mais satisfeita com os comentários positivos que tem recebido após a realização do 5.º Seminário de Inverno, que reuniu no Campus da Penha, da Universidade do Algarve, mais de 170 participantes, entre alunos e ex-alunos, docentes e profissionais do setor de várias regiões do país. Sónia Ramalho No passado dia 18 de janeiro decorreu o 5.º Seminário de Inverno do Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve dedicado ao tema ‘Climatização e Refrigeração’. De acordo com a organização, o evento atraiu o interesse de 170 participantes, entre os quais alunos e ex-alunos do ISE-UALG, bem como e profissionais do setor que acompanharam as apreCasa cheia para mais uma edição do Seminário de Inverno. sentações de vários temas técnicos que ocuparam a agenda do evento ao longo do dia. O seminário, organizado pelo Professor Doutor Celestino Rodrigues Ruivo e pelo Eng. Armando Inverno, contou com a participação do presidente do Instituto Superior de Engenharia, do diretor do Departamento de Engenharia Mecânica e do VicePresidente da EFRIARC na sessão de abertura. Tal como o modelo dos eventos anteriores, foi mantido o cariz técnico diversificado, o que permitiu “uma jornada de trabalho muito frutífera, como foi a opinião da maioria dos participantes manifestada in loco e também através de mensagens que continuam a chegar, quase todas apelando à continuação do evento”, conforme revelou à revista O Instalador a organização do evento, que contou com o apoio de várias empresas patrocinadoras, o que permitiu oferecer a inscrição e o almoço aos participantes. Na manhã do seminário 'ligaram-se' fornos solares do tipo parabólico para preparar café e 'caroffee', uma mistura de café com alfarroba torrada, os quais foram servidos tanto no coffee break da manhã, como a seguir ao almoço. CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃO Após a sessão de abertura, coube a Bernardo Peris Pérez, do Grupo de Energética, Universidad de Málaga, Espanha, partilhar ‘Um olhar sobre
25 EVENTO Fornos solares do tipo parabólico. a refrigeração por CO2, a utilização de ejetores e novas ferramentas de formação em colaboração’, a que se seguiu a apresentação de Armando Inverno sobre ‘A problemática da recuperação de energia em UTAN’. Entre as conclusões apresentadas, Armando Inverno destacou que “o potencial de recuperação de calor é superior para o aquecimento”, e que “a redução da potência de aquecimento também é superior à de arrefecimento. Por isso, quanto maior for o número de graus- -dias de aquecimento, tanto maior é o potencial de recuperação”. Lembrou ainda que “ao acréscimo de custo das UTAN junta-se a redução do custo do equipamento de produção de calor, então a análise económica de cada caso é imperativa”. Após uma sessão de debate, coube a João Raposo, Engenheiro Térmico UALG, conduzir a apresentação ‘Smart Rooms to Smart Hotels: A inteligência artificial na relação do cliente com a climatização’, em que apresentou o Optimax, uma plataforma de gestão e comunicação que permite saber o estado do quarto em tempo real, se está ou não ocupado, qual a temperatura pedida pelo cliente, a temperatura real, temperatura de insuflação ou diagnóstico precoce de anomalias no VC. “Vão ser instalados protótipos em oito hotéis durante 2025, cuja evolução do consumo irá ser comparada com outros e obtidos resultados”, indicou. Já Daniel Leiria, licenciado em Engenharia Mecânica pela UAlg e Project Lead na Danfoss, conduziu uma apresentação sobre ‘Inteligência artificial no âmbito do AVAC e sistemas de energia’. No período da tarde, coube a Alejandro Pacheco Reyes, do Instituto de Energías Renovables-UNAM, a apresentação sobre ‘Sistema de arrefecimento e dessalinização de água em simultâneo’, enquanto Delano Pereira, Engenheiro Projetista, centrou atenções no ‘PósVenda Projeto AVAC, TGE e TIS’. O dia terminou com as apresentações de Fábio Coelho, Senior Mechanical Engineer, sobre o ‘Projeto de um Datacentre Hyperscale em Portugal com arrefecimento gratuito com água do mar e do arquiteto Fábio Mendes sobre ‘Construção ecológica em edifícios’. Perante o feedback positivo de todos os presentes, que partilharam mensagens a referir que “os temas abordados foram todos muito pertinentes e atuais, o que permitiu relembrar, atualizar e adquirir conhecimentos muito importantes para quem como nós trabalha nesta área diariamente”, a organização já está a ponderar voltar a realizar o evento em janeiro de 2026. n
26 ESTUDO RESULTADOS DO ESTUDO SAZONAL SOBRE POBREZA ENERGÉTICA EM LISBOA, PROMOVIDO PELA LISBOA E-NOVA MAIS DE METADE DOS LISBOETAS ENFRENTAM DESCONFORTO TÉRMICO EM CASA O estudo, realizado no verão de 2022 e 2023, bem como no inverno de 2023, vem evidenciar como a sazonalidade afeta o conforto térmico, a saúde e as condições de vida dos lisboetas. Cerca de um quarto da amostra indicou que as suas casas estão muitas vezes demasiado quentes ou demasiado frias, consoante a estação do ano. Sónia Ramalho
27 ESTUDO Um estudo realizado pela Lisboa E-Nova – Agência de Energia e Ambiente de Lisboa, em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e que contou com a colaboração do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, revelou que mais de metade dos residentes em Lisboa sofrem desconforto térmico em suas casas, tanto durante o inverno, como no verão. Este está frequentemente associado às condições das habitações e à falta de recursos financeiros para assegurar um ambiente mais confortável. Mais de metade dos participantes referiram sentir, pelo menos algumas vezes, desconforto térmico dentro de suas casas no verão (56,5%) e quase dois terços no inverno (63,2%). Cerca de um quarto da amostra indicou que as suas casas estão muitas vezes demasiado quentes ou demasiado frias, consoante a estação do ano. O desconforto térmico apenas no verão foi mais frequente em casas arrendadas, em apartamentos cobertura, com menor número de divisões e sem espaços exteriores. Já o desconforto térmico apenas no inverno foi mais frequente em habitações de agregados familiares com rendimentos mais baixos, construídas antes de 1960 e com janelas com caixilharias de madeira. IMPACTO FINANCEIRO E SOCIAL O desconforto térmico revelou-se mais frequente entre pessoas em situações financeiras difíceis ou muito difíceis. Cerca de 22% dos inquiridos indicaram que não conseguem manter uma temperatura confortável no inverno devido a limitações financeiras, uma percentagem acima da média nacional reportada pelo Eurostat, que é de 20,8%. As condições das habitações também desempenham um papel significativo. Problemas como o fraco isolamento de janelas e portas, a presença de humidade e bolor, e uma ventilação inadequada são frequentemente mencionados pelos inquiridos. Além disso, foi observada uma correlação entre a antiguidade dos edifícios e o desconforto térmico, sendo este mais comum em edifícios construídos antes de 1960, que geralmente carecem de isolamento adequado. Selecções do Reader’s Digest
28 ESTUDO EQUIPAMENTOS E SOLUÇÕES INSUFICIENTES Entre as estratégias mais utilizadas para evitar ou reduzir o frio em casa pelos participantes no inverno, a maioria (85,5%) opta por vestir e calçar roupa mais quente, reforçar a roupa da cama com mais mantas ou edredões (79,5%) e usar equipamentos de aquecimento (74,7%). A maioria (95,3%) recorre a aquecedores elétricos de baixa eficiência, enquanto apenas 6,7% dispõem de sistemas de aquecimento central. Já no verão, apesar de um terço das habitações estar equipado com ar condicionado, apenas 13,1% dos inquiridos utilizam o equipamento sempre que necessário. As estratégias para evitar ou reduzir o calor em casa mais utilizadas foram evitar o aquecimento da casa fechando os estores quando a luz solar é mais intensa (69,0%), manter janelas e portas abertas, criando corrente de ar (68,0%) e utilização de equipamentos de arrefecimento ou de ventilação (58,9%). Já os equipamentos de ventilação/ arrefecimento mais utilizados foram as ventoinhas ou colunas de ar (mais frequente entre participantes com a casa desconfortável), seguidas do ar condicionado. A utilização de arrefecimento central foi muito residual (1,6%), sendo a bomba de calor com distribuição por ventiloconvetores a opção mais frequente (1,4%). Outro ponto em destaque é o baixo uso de janelas com vidros duplos, presentes em apenas 20% das habitações analisadas. Este fator contribui para a perda de calor no inverno e o aquecimento excessivo no verão, agravando o desconforto. Quando questionados sobre a classe energética da habitação, 42,8% dos inquiridos sobre o inverno não soube dizer se a sua habitação tem ou não classe energética atribuída. Dos que afirmaram ter classe energética, cerca de metade não sabia precisá-la. A classe energética mais frequentemente indicada foi a C (29,8%), seguida da B (23,1%). CONSEQUÊNCIAS NA QUALIDADE DE VIDA O desconforto térmico afeta várias áreas do quotidiano dos lisboetas. Mais de 20% dos inquiridos afirmaram que o frio em casa prejudica a qualidade do sono, enquanto mais de 50% sublinharam que o calor interfere negativamente no descanso durante o verão. Este desconforto também dificulta atividades como estudar, ler, escrever ou usar o computador. O estudo também revelou uma lacuna significativa na informação sobre programas de apoio para melhorar a eficiência energética das habitações. Entre 30% e 40% dos participantes não tinham conhecimento de tais programas, evidenciando a necessidade de uma maior divulgação destas iniciativas. RECOMENDAÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS Os resultados do estudo foram apresentados numa sessão pública no CIUL – Centro de Informação Urbana de Lisboa, que reuniu especialistas e representantes de várias entidades. Durante o evento, a vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local da Câmara Municipal de Lisboa, Filipa Roseta, destacou a importância das políticas habitacionais na redução da pobreza energética e na melhoria das condições de conforto térmico em Lisboa. Entre as soluções propostas destaque para o reforço do isolamento térmico, a substituição de janelas antigas por outras com vidro duplo e a promoção de sistemas de aquecimento e arrefecimento mais eficientes. Programas como o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) foram apontados como cruciais para financiar melhorias na eficiência energética das habitações. O estudo reforça a urgência de medidas que não apenas melhorem as condições de habitação, mas promovam uma maior sensibilização da população sobre a importância da eficiência energética. Num contexto de crises climáticas e energéticas, garantir conforto térmico é essencial para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e mitigar desigualdades sociais em Lisboa. O inquérito realizou-se no seguimento de um estudo piloto sobre Pobreza Energética, também promovido pela Lisboa E-Nova, em conjunto com a AdEPorto, Agência de Energia do Porto, realizado entre 2021 e 2022. n
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30 EVENTO Comunidade AVAC unida e com foco na neutralidade carbónica O Grupo Contimetra/ Sistimetra patrocinou dois eventos importantes que marcaram o arranque de 2025, reforçando o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação no setor AVAC. Grupo Contimetra/ Sistimetra No dia 16 de janeiro, estivemos presentes nas 24ªs Jornadas da Climatização da Ordem dos Engenheiros (OE), em Lisboa, cujo tema central foi ‘A Neutralidade Carbónica nos Edifícios e na Indústria’. Já no dia 18 estivemos na Universidade do Algarve, no Instituto Superior de Engenharia (ISE-UALG), para comparecer, uma vez mais, no Seminário de Inverno, que contou com a 5ª edição focada em ‘Climatização e Refrigeração’. 24ªs JORNADAS DA CLIMATIZAÇÃO DA OE A neutralidade carbónica nos edifícios e na indústria é um objetivo estratégico para a Europa e para Portugal, assente em três pilares da sustentabilidade: proteção ambiental, equidade social e viabilidade económica. Os sistemas de climatização e refrigeração são cruciais para alcançar este objetivo, não só porque são uma fonte de consumo, mas pela capacidade de melhorar a eficiência dos sistemas existentes e enfrentar com resultados significativos os desafios estratégicos e de implementação. Na qualidade de Patrocinador Gold, o Grupo Contimetra/Sistimetra teve a oportunidade de expor produtos e soluções, destacando a normativa EPBD sobre performance energética de edifícios. Apresentamos o software OpenBlue da Johnson Controls; Chillers e Ventiloconvectores YORK; UTA's e Vigas Ativas TROX; Válvulas de controlo independentes da pressão Frese; e Transmissores de T+Hr+CO2 e Energy ValveTM Belimo, numa solução integrada e customizada. O QUE DESTACAMOS DO EVENTO • O setor AVAC é crucial para a transposição da normativa ISO EN 52120-1 (EPBD) • A neutralidade dos centros de produção e consumo de energias é fundamental para a descarbonização. • A distinção entre neutralidade carbónica e a descarbonização. 5º SEMINÁRIO DE INVERNO DO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE Com um caráter mais académico, o seminário trouxe dados e soluções teóricas sobre a utilização de gases neutros (incluindo CO2) e soluções para aumentar a eficiência dependendo da temperatura ambiente, com destaque para a utilização de injetores 24ªs Jornadas da Climatização da Ordem dos Engenheiros (OE), em Lisboa.
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