Figura 1 - Evolução da capacidade da interligação disponível para fins comerciais – Importação (Fonte: Dados REN) Figura 2 - Evolução da capacidade da interligação disponível para fins comerciais – Exportação. (Fonte: dados REN) 80 ELETRICIDADE o abandono da produção a partir de carvão, anunciado ainda em 2017, para ocorrer até 20303, juntamente com o aumento da produção a partir de energias renováveis. Da mesma forma, também Espanha planeava a independência desta tecnologia, conhecida como o meio mais poluente de produzir eletricidade, dado o fator de emissão associado à queima de carvão e ao rendimento do processo. Apesar de ter estipulado 2023 como ano limite de fecho das centrais do Pego e de Sines, Portugal antecipou o phase-out destas unidades de produção, tendo a central de Sines sido descomissionada em janeiro de 2021 e a central do Pego em novembro de 2021. A antecipação deste percurso para a descarbonização do sistema elétrico resultou de uma decisão maioritariamente económica, uma vez que os preços das licenças de emissão aumentaram exponencialmente a partir do fim de 20204, bem como os preços de importação de carvão5, mas também resultante do decréscimo no consumo de eletricidade durante a pandemia de COVID-19. Consequentemente, esta tecnologia deixou de apresentar competitividade no mercado ibérico, não conseguindo assegurar as necessárias horas de funcionamento para ser viável financeiramente. A polivalência das tecnologias renováveis que foram sendo instaladas em Portugal ao longo de três décadas, permitiu que o sistema elétrico se tornasse resiliente e apto a assegurar uma parte significativa do consumo em qualquer estação do ano. No entanto, como se pode observar no gráfico acima, 2023 fechou com um Figura 1 - Evolução da capacidade da interligação disponível para fins comerciais – Importação.(Fonte: Dados REN). Figura 2 – Evolução da capacidade da interligação disponível para fins comerciais – Exportação.(Fonte: dados REN). Figura 3 – Evolução das importações e exportações de eletricidade, da produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis e da produção de eletricidade a partir de centrais de ciclo combinado a gás natural. (Fonte: centro de informação REN, REN data hub, análise APREN). Figura 1 - Evolução da capacidade da interligação disponível para fins comerciais – Importação (Fonte: Dados REN) Figura 2 - Evolução da capacidade da interligação disponível para fins comerciais – Exportação. (Fonte: dados REN) em 2017, para ocorrer até 20303, juntamente com o aumento da produção a partir de energias renováveis. Da mesma forma, também Espanha planeava a independência desta tecnologia, conhecida como o meio mais poluente de produzir eletricidade, dado o fator de emissão associado à queima de carvão e ao rendimento do processo. Apesar de ter estipulado 2023 como ano limite de fecho das centrais do Pego e de Sines, Portugal antecipou o phase-out destas unidades de produção, tendo a central de Sines sido descomissionada em janeiro de 2021 e a central do Pego em novembro de 2021. A antecipação deste percurso para a descarbonização do sistema elétrico resultou de uma decisão maioritariamente económica, uma vez que os preços das licenças de emissão aumentaram exponencialmente a partir do fim de 20204, bem como os preços de importação de carvão5, mas também resultante do decréscimo no consumo de eletricidade durante a pandemia de COVID-19. Consequentemente, esta tecnologia deixou de apresentar competitividade no mercado ibérico, não conseguindo assegurar as necessárias horas de funcionamento para ser viável financeiramente. Figura 3 – Evolução das importações e exportações de eletricidade, da produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis e da produção de eletricidade a partir de centrais de ciclo combinado a gás natural. (Fonte: centro de informação REN, REN data hub, análise APREN) A polivalência das tecnologias renováveis que foram sendo instaladas em Portugal ao longo de três décadas, permitiu que o sistema elétrico se tornasse resiliente e apto a assegurar uma parte significativa do consumo em qualquer estação do ano. No entanto, como se pode observar no gráfico acima, 2023 fechou com um máximo histórico de produção renovável (cerca de 31 TWh), resultante do aumento da potência instalada solar fotovoltaica, mas também com um máximo de importações (13,5 TWh). Considerando a redução na produção a partir de gás natural, constata-se que, em várias horas do ano, foi 3https://gasurvey.gemius.com/recruiting/index.php?sid=47427&g=6329&o=3376198&id=qq_FBExE K6Y8QnS1Wr1XCf27&fpc=rBN8AvFCC1h0233VVkFqN5gcG1agYJjlxrEcUOtQHMP.P7&fpd=jornalde negocios.pt&v=0&c=2&xc=66E60A3F&debugtimes=1730724179819,1730724182252,1730724180 865,1730724184214 4 https://energy.instrat.pl/en/prices/eu-ets/ 5 ERSE, Commodities 0 5 10 15 20 25 30 35 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 TWh Importações Exportações Produção renovável Produção CC GN
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