BI329 - O Instalador

57 trata de uma questão central nos projetos de investigação e nas próprias empresas, incorporando a cadeia de valor das organizações”. “Um estudo do ISEG para a EDP revelou que 75% do edificado nacional não tem condições de isolamento térmico, recorrendo-se, quando existem condições económicas, com maior intensidade a dispositivos de aquecimento e arrefecimento. Ora este é um cenário que carece de mudança, de transformação e de respostas assertivas. Este encontro visa precisamente isso, desafiar todas as entidades e agentes com poder de decisão a apresentar, a debater e a definir linhas orientadoras que nos permitam ter, no futuro, edifícios mais eficientes e amigos do ambiente e, acima de tudo, famílias com mais conforto e bem-estar nas suas casas”, esclareceu Vasco Silva, diretor geral da Giacomini Portugal. Os dados dos Censos de 2021 mostram a realidade de Portugal: 14% das casas portuguesas têm aquecimento central e 80% precisam de melhorar o sistema de aquecimento, o que representa mais de três milhões de casas. Em Portugal, “a literacia energética é baixíssima”, revelou Manuela Almeida, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, sendo necessário formar e sensibilizar os cidadãos. Além disso, “o Estado tem um papel fundamental para apoiar e promover as reabilitações abrangentes e profundas que temos de fazer nos edifícios”. Para Isabel Sarmento, coordenadora da Comissão de Especialização em Engenharia de Climatização da Ordem dos Engenheiros, “o parque construído é enorme e é melhor apostar na renovação”. Já Luís Ramos, da Giacomini Portugal, apresentou várias opções de tecnologias de climatização viáveis e elevada eficiência que podem vir a marcar o futuro, como por exemplo a tecnologia radiante. Destas, a que mais surpreendeu os participantes e criou grande interesse foi a utilização de hidrogénio como fonte de energia para a climatização de espaços de forma silenciosa, eficiente, invisível e sustentável. n

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx