BI328 - O Instalador

ENTREVISTA 79 de aquecimento global (GWP) e, por isso, contribuindo significativamente para o aquecimento global. Devido a este impacto ambiental, a UE tem regulamentado o uso dos fluorocarbonatos com o objetivo de reduzir as emissões de CO2. O novo Regulamento F-Gas enquadra, assim, o estabelecimento de limites para a quantidade de gases fluorados que podem ser colocados no mercado, bem como a proibição da utilização de certos tipos de gases com elevado potencial de aquecimento global em determinadas aplicações. O documento inclui regras sobre a utilização, a recuperação, a reciclagem, a valorização e a destruição de gases fluorados com efeito de estufa e sobre medidas de acompanhamento, como a certificação e a formação, incluindo o manuseamento seguro de gases fluorados com efeito de estufa e de substâncias alternativas. Falamos de restrições progressivas… Sim, sem dúvida. O novo Regulamento impõe restrições progressivas ao uso de HFCs em diferentes setores e aplicações. Desde a proibição de equipamentos com alto Potencial de Aquecimento Global (PAG), em 2022, até a eliminação gradual de HFCs em diversos sistemas até 2030, as medidas visam incentivar a transição para alternativas mais sustentáveis. E, de facto, são muitos e novos os desafios que a AIPOR continuará a acompanhar. Recordamos que o objetivo é chegar a 2050 com as quotas de gases fluorados colocadas no mercado a chegarem a zero ou perto de zero. Assim, além das novas restrições, também há novos equipamentos incluídos no seu âmbito, como por exemplo equipamentos móveis. E na formação, que exigências novas comporta o novo Regulamento? O documento traz consigo a utilização de alternativas mais verdes nos gases fluorados, mas também o compromisso de fabricantes e empresas instaladoras, já que comporta níveis de competências mais exigentes na instalação e manutenção dos equipamentos, nunca esquecendo uma das partes vitais do processo: a segurança. A juntar a isto, iremos igualmente assistir a um progresso tecnológico das marcas, que, naturalmente, terão de se adaptar nos seus processos de fabrico e inovação às novas regras europeias. Assim, até 12 de março de 2027, os Estados-membros asseguram que as pessoas singulares certificadas sejam obrigadas a participar em cursos de formação de atualização ou a concluir um processo de avaliação, pelo menos, de sete em sete anos. Além disso, é também assegurado que as pessoas singulares detentoras de um certificado ou atestado de formação nos termos do Regulamento (UE) n.º 517/2014 participem nesses cursos de formação de atualização ou concluam esses processos de avaliação pela primeira vez, o mais tardar, em 12 de março de 2029. Recordamos que a União Europeia impõe ainda que todos os Estados-membros devem criar ou adaptar programas de certificação, incluindo processos de avaliação, e providenciar que seja disponibilizada formação em habilitações práticas e conhecimentos teóricos às pessoas singulares e coletivas. São, pois, desafios enormes que temos pela frente, em que todos, técnicos, empresas e associações do setor deverão estar mobilizados na concretização destas novas exigências. A AIPOR esteve recentemente na Tektónica 2024. Como correu a feira e que objetivos foram alcançados? As feiras nacionais do setor são uma prioridade estratégica para a AIPOR. A Tektónica, a maior Feira de Construção e Obras Públicas do País, não é exceção. À semelhança de edições anteriores, em que marcámos presença, a AIPOR esteve na Tektónica 2024, dando a conhecer aos públicos, profissional e geral, a panóplia de atividades que temos ao dispor das empresas. Demos a conhecer os nossos serviços, já referidos anteriormente, e tivemos também a oportunidade de reencontrar muitos dos nossos associados e profissionais do setor, discutindo os desafios e debatendo os problemas que atingem todo o setor. Uma nota para a aposta este ano da organização no tema da Eficiência Energética, dando a conhecer tendências emergentes de inovação e na aplicação de novas tecnologias associadas à sustentabilidade. Foi uma edição repleta de reencontros e de partilha de experiências e saber e, por esta razão, a AIPOR faz um balanço muito positivo da Feira. Este ano vão estar em mais feiras? A AIPOR marca presença em vários eventos e feiras do setor em Portugal. Além da Tektónica (maio 2024), a AIPOR marcou presença, a 24 de maio, no SIMPMET’24 – 10.º Simpósio de Metrologia, que teve lugar em Miranda do Douro e se centrou nos desafios que se colocam aos profissionais da Metrologia em Portugal, bem como nos recentes desenvolvimentos na aplicação sustentável da metrologia. Em setembro, estaremos na ENERH2O, certame que se realiza na Exponor, nos dias 25 e 26 de setembro, pelo segundo ano consecutivo, e do qual somos parceiro institucional. A AIPOR considera de extrema importância esta iniciativa, sendo que se assume com um grande fator de diferenciação numa feira dedicada às áreas da energia, água e renováveis. Consideramos ser um palco privilegiado de contacto e interação com o mercado e os agentes do setor. Dar a conhecer e promover os serviços da AIPOR e as nossas áreas técnicas ao mercado é o grande intento da nossa Associação no certame. Por fim, e pelas mesmas razões, marcaremos presença na CONCRETA 2024, mais uma vez como parceiro institucional do grande encontro de Arquitetura, Construção, Engenharia e Design que se realiza, de 20 a 23 de novembro, na Exponor. Convidamos todos, desde já, a visitar-nos! n

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