BI301 - O Instalador

A VOZ DA QUERCUS 56 possuem os seus "próprios valores de conforto", isso é perfeitamente normal, estes valores são meramente identi- ficativos e servem para dimensionar as necessidades de climatização dos espaços, podendo mudar de pessoa para pessoa. Viver, trabalhar e frequentar edifícios saudáveis é objetivo de cada umde nós, mas infelizmente nem sempre é assim. Este facto levou a que a Organização Mundial de Saúde (OMS) definisse a classificação de edifício 'doente' para o espaço que apresentasse um conjunto de doenças causadas pelo impacte provocado pelos espaços fechados, resultado de falhas no sistema de aque- cimento/arrefecimento, no sistema de ventilação natural ou artificial oumesmo dos sistemas de ar condicionado. Por outro lado, existem ainda outras causas, atribuídas a contaminantes asso- ciados aos materiais de construção, como o caso do amianto, associados a tetos falsos, pavimentos, tubagens ou equipamentos (entre outros), compos- tos orgânicos voláteis (COV) liberados por materiais compensados, móveis ou tintas sintéticas que libertamhidrocar- bonetos aromáticos e pela libertação de radão, um gás natural radioativo. São reconhecidos os efeitos carcino- génicos deste tipo de contaminantes, bemcomo outros sintomas que provo- cam efeitos graves na saúde a médio e longo prazo. Para estarmos numespaço saudável, é fundamental sentirmos que este local nos transmite "conforto", ou seja, que as condições higrotérmicas (humidade), acústicas, visuais, de qualidade do ar e ergonómicas se manifestam em boas condições psicológicas e de saúde para os seus ocupantes, independentemente da tarefa que realizem dentro desta espaço. Para tal, para além de ser fun- damental garantir estas boas condições de conforto, é necessário que o are- jamento do edifício não promova a contaminação dos espaços interiores compoluição provocada pelamá qua- lidade do ar, como por exemplo numa zona com muito tráfego automóvel, onde a emissão de contaminantes deri- vados do carbono e partículas podem reduzir a qualidade do ar interior por contaminação externa. Há cada vez mais cidades comalta taxa de poluição do ar. Aqui constampoluentes diversos e que representam risco ambiental para a saúde dos residentes e ocu- pantes, sendo responsável por mais de três milhões de mortes prematuras no mundo todos os anos. Assim, para promover espaços mais saudáveis, sugerimos as seguintes boas práticas: • Garantir uma adequada ventilação e arejamento das casas; • Evitar o arejamento das casas loca- lizadas junto de vias com elevado trafégo, nas horas demaior circulação de trânsito, dando preferência a outras horas do dia, logo pela manhã, por exemplo; • Promover a monitorização e manu- tenção dos equipamentos de ventilação, aquecimento ou arre- fecimento existentes nas nossas casas, para assegurar a adequada qualidade do ar e a não propaga- ção de contaminantes, como por exemplo bactérias, fungos ou toxinas que se desenvolvem nos sistemas de refrigeração dos equipamentos de ar condicionado (como é o caso da bactéria legionella ); • Optar pormobiliário de limpeza fácil e boa higienização, por forma a reduzir o risco de alergias. No caso de existir alergénicos evitar o uso de tapetes, alcatifas, almofadas ou cortinados, materiais que normalmente são propícios a ácaros e pó; • Procurar a utilização de tecidos natu- rais como o algodão ou o linho, que não libertemcomponentes poluentes durante a sua utilização, para além de serem passíveis de reciclar após o seu fim de vida útil; • Dar preferência a sistemas de aque- cimento e arrefecimento passíveis, bem como sistemas de ventilação natural. Uma casa orientada a sul é um privilégio; • Usar as vantagens do sol para os espaços interiores, promovendo este recurso como fonte de iluminação natural; • Não acumular muitos papéis e volu- mes nos espaços, que dificultama sua limpeza e promovem a propagação de ácaros e outros alergénicos; • Escolher plantas adequadas para espaços interiores (solicitar ajuda a quando da sua aquisição, referindo que são para espaços fechados); • Evitar o uso de tintas de base sintética com solventes cuja constituição pos- sui COV, dando preferência a tintas de base aquosa; • Isolar a casa de ruídos exteriores; • Melhorar o conforto térmico dos espaços, regulando-o para a tem- peratura de conforto; • Deverá evitar-se a incidência direta do ar ventilado ou das saídas de ar dos aparelhos de ar condicionado no rosto, para evitar a secura lacrimal, ou no corpo para evitar as corretes de ar; • A iluminação é fundamental para garantir um espaço saudável, para isso é importante que se opte por lâmpadas com difusores de luz. As paredes dos espaços devem apre- sentar tonalidades claras e mate para fomentar a dispersão da luz pelas casas. Uma casa com conforto é uma casa saudável. Uma casa saudável potencia a saúde dos seus ocupantes e garante o seu bem-estar. n Uma casa com conforto é uma casa saudável. Uma casa saudável potencia a saúde dos seus ocupantes e garante o seu bem-estar

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