BF1 - iALIMENTAR

35 FORMULAÇÃO E INGREDIENTES Oprojectmanager de Higiene Industrial da AINIA, Rafael Soro, explicou 'Como reduzir os riscos de contaminação com o desenho higio-sanitário de instalações e equi- pamentos' e Maria Margarida Cortez Vieira apresentou o EHEDG Portugal (delegação nacional do European Hygienic Engineering & Design Group), sediado na Universidade do Algarve. Rafael Soro salientou que “muitos problemas comconta- minantes podemser resolvidos como design adequado”, daí a importância do design higio-sanitário de equipa- mentos e instalações, porque “tem caraterísticas que minimizam o risco de seremuma fonte de contamina- ção alimentar, direta ou indiretamente”. E explicou que o design higio-sanitário segue os seguintes princípios: as superfícies devem ser simples de limpar; os materiais devem ser estáveis e inertes, quando emcontacto tanto com os produtos como com os agentes de limpeza e desinfeção; os acoplamentos devem ser justos e higié- nicos; os ângulos internos e as esquinas devem poder ser limpos; o equipamento de processamento deve ser auto-drenável; e as áreas mortas devem ser evitadas, se isso não for viável devem ser drenáveis, possíveis de limpar e desinfetáveis. MariaMargarida Cortez Vieira, professora daUniversidade do Algarve, apresentou então o EHEDG Portugal, que é um consórcio internacional sem fins lucrativos que junta fabricantes de equipamento, indústrias alimenta- res, fornecedores da indústria alimentar e institutos de investigação e universidades, comamissão de permitir a produção de alimentos seguros, fornecendo orientação como autoridade de engenharia e design higio-sanitário. Já depois do webinar falámos com a presidente do EHEDG Portugal para saber um pouco mais sobre este grupo e a secção regional portuguesa. Margarida Vieira explica que Rui Cruz é o co-presidente e que na secção colaboram também Clarisse Ramalho, Nelson Sousa, Carlos Miguel e Helena Barras. A professora salienta que, “se a pandemia permitir, prevemos realizar um seminário presencial no quarto trimestre deste ano, para divulgar a secção regional e o EHEDG”, que, adianta, “é umgrupo do qual fazemparte todas as grandes empresas da indústria alimentar e de equipamento”. O EHEDG temmembros em 57 paí- ses e 36 secções regionais, sendo 24 delas na Europa. O grupo tem três principais áreas de atuação: Orientações; Testes e Certificação; e Formação & Educação. Possui 21 grupos de trabalho e tem 46 diretrizes publicadas (com dez atualmente a serem atualizadas), conta com a participação de 400 volun- tários e tem mais de 400 artigos de equipamento certificado. Margarida Vieira, numa das cadeiras que leciona, ensina design higio-sanitário de equipamentos e instalações fabris, porque defende que “apesar de não serem os engenheiros alimentares que o vão aplicar, têm de estar atentos nas fábricas onde vão trabalhar a todas as questões em que ele pode ajudar a evitar conta- minações”. E são muitas, frisa, “desde o edifício, às janelas, ao chão, às paredes, e até ao exterior, se tem árvores ou gravilha, por exemplo, e claro que também abarca todo o equipamento que deve ser desenhado de forma a evitar todo o tipo de contaminações”. O PAPEL DO DESIGN HIGIO-SANITÁRIO OBJETIVOS • Garantir alta qualidade de diretrizes, materiais de formação e serviços de certificação - transparente e inequívoca. • Definir, planear e agendar atualizações e desenvolvimentos de ativi- dades de produto-carteira, documentos e procedimentos. • Iniciar e ajudar na criação e gestão de grupos de trabalho para asse- gurar a participação de todos os stakeholders. • Estabelecer procedimentos e orientações para assegurar a uniformi- dade da apresentação e coordenação, em todos os documentos e serviços da carteira de produtos. PORTEFÓLIO DE PRODUTOS

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