BA6 - Agriterra

5 EDITORIAL 2022 começa empurrado pelo ânimo. Primeiro, por alguma acalmia da pandemia e, em segundo lugar, porque este é o ano do ‘tudo ou nada’ para o PEPAC - Plano Estratégico da PAC para o período 2023-2027, entregue à Comissão Europeia no final de dezembro passado. Os desafios, as grandes mudanças é o que está em causa nesta PAC que se quer verde e resiliente. Foi este o pretexto para a entrevista que pode ler mais à frente com o professor Francisco Avillez, uma das vozes mais respeitadas em Portugal em matéria de Política Agrícola. O PEPAC entrará em vigor em janeiro de 2023, mas até lá ainda haverá algumas arestas a limar. Mas uma coisa parece ser unânime: o documento prevê uma maior equidade na distribuição de apoios e (tenta) acautelar as pequenas e médias empresas agrícolas, bem como as circunstâncias geográficas. Resiliência, transição digital e climática são os grandes objetivos. E, nesse sentido, apesar de algumas críticas ao período de tempo de consulta pública (que muitos consideraram escasso), a verdade é que é fundamental que se aproveite esta oportunidade (financeira) para compensar muitos dos constrangimentos que milhares de agricultores atravessam e que a pandemia veio adensar. Atuar nas necessidades prementes é, sem dúvida, essencial. Veremos, provavelmente ainda neste semestre, a análise que Bruxelas fará ao documento. Nesta primeira edição do ano, damos ainda destaque ao tema das pragas e doenças na fruticultura portuguesa, um setor cada vez mais importante na balança comercial agrícola e que tem registado uma evolução positiva nas últimas décadas. Contudo, as pragas que afetam as culturas, expostas cada vez mais aos efeitos das alterações climáticas, impactam, e muito, o rendimento da atividade. Destaque ainda para o setor dos citrinos, onde traçamos uma radiografia atual do mercado. O aumento dos custos de produção, a situação crítica da água, a falta de mão-de- -obra e as pragas e doenças que destroem os pomares são os principais problemas diagnosticados. O Algarve representa 90% da produção nacional de citrinos e a exportação ronda os 25%. Uma dinâmica evolutiva que exige cada vez mais um olhar diferente do País e dos governos para esta realidade, nomeadamente, ajudando, de uma vez por todas, a criar condições financeiras para construir um cadastro (reclamado há muito pelos agricultores) que ajude a identificar e antecipar cenários que, emmuito, beneficiariam a rentabilidade da cultura. Veremos se está para breve. PEPAC e citrinos: os desafios são muitos (e exigentes) BASF Agricultural Solutions lança em 2022 o programa 'Global de Carbono na Agricultura' Programa que permite aos agricultores reduzir as suas emissões de CO2 será lançado em várias fases ao longo deste ano. Com a agricultura a ser responsável por cerca de 20% das emissões globais de CO2, as práticas agrícolas eficientes em termos de carbono podem contribuir significativamente para combater as alterações climáticas. A BASF irá estabelecer um programa que permite aos agricultores rastrear e lucrar com as práticas de redução das emissões de CO2, sublinhando os seus esforços para contribuir para o combate às alterações climáticas. O programa Global de Carbono na Agricultura apoiará o compromisso da BASF Agricultural Solutions de reduzir a pegada de carbono por tonelada de cultura produzida em 30% até 2030 no trigo, soja, arroz, colza e milho. A BASF lançará este programa em várias fases a partir de 2022. O Programa Global de Carbono na Agricultura irá promover práticas agrícolas sustentáveis e fomentar a melhor utilização de todo o portefólio de produtos da BASF para os agricultores - desde sementes, produtos químicos e biológicos inovadores na proteção de culturas, até à agricultura digital e soluções de gestão de fertilizantes. O programa tem por base um conjunto de ferramentas de sustentabilidade para orientar e avaliar a evolução da sua implementação. Desta forma, ajudará os agricultores a tomar decisões equilibradas que contribuam para reduzir as emissões na exploração agrícola e a sequestrar mais dióxido de carbono no solo. Além disso, a BASF irá construir uma plataforma global para permitir aos agricultores gerar créditos de carbono de certificadores reconhecidos que levarão a segundos fluxos de receitas pelos seus esforços de redução do mesmo.

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