21 PRAGAS E DOENÇAS NA FRUTICULTURA • Pequenos pontos encortiçados na casca dos frutos; • As árvores definham lentamente ou secam de repente (apoplexia); • As árvores doentes podem ter grandes cargas de frutos, mas de má qualidade e que não amadurecem completamente. A bactéria tem uma “capacidade congelante”, que leva a que gomos, flores e folhas infetadas possam ser danificados por geadas fracas, que não ocorreriam se não estivessem infetadas pela bactéria. Fatores que favorecem o cancro bacteriano: • Invernos muito frios e chuvas abundantes; • Chuvas mais abundantes emdezembro e janeiro; • O stress hídrico de verão, sobretudo depois da colheita, e o excesso de água no inverno tornam as árvores mais sensíveis ao cancro bacteriano; • Deficiência de cálcio no solo (maior sensibilidade de árvores plantadas em solos ácidos); • Variedades e porta-enxertos sensíveis; • Feridas de poda nos ramos, quebra de ramos, cortes de enxertia, feridas de granizo, etc, podem ser porta de entrada das bactérias; • Árvores enxertadas mais alto são menos atingidas; • Árvores até 6 anos sãomais sensíveis. Medidas preventivas: • Não plantar cerejeiras emzonas atreitas a geadas e a frio intenso; • Evitar solos pedregosos emuito ácidos; • Plantar plantas sãs, isentas de cancro bacteriano; • Utilizar variedades e porta-enxertos resistentes ou tolerantes; • Enxertar a meio metro de altura; • Evitar a formação de árvores com a rama muito chegada ao chão; • Estudar o perfil do solo e subsolo e melhorar a drenagem, caso seja necessário; • Corrigir a acidez do solo; • Podar com tempo seco e desinfetar os instrumentos de poda; • Podas no verão, incluindo as de formação. Tratamentos: Na altura do início do inchamento dos gomos, antes da rebentação, pode ser aplicada uma calda à base de cobre nos pomares ou árvores afetadas pelo cancro bacteriano. Contudo, deve ser utilizada a dose mais baixa das indicadas no rótulo do produto comercial a aplicar. Este tratamento pode ter efeitos muito benéficos, sobretudo preventivos, nos pomares jovens. Os fungicidas à base de cobre têm efeito bacteriostático, ou seja, não matam as bactérias, mas reduzem a sua atividade e a reprodução. No Modo de Produção Biológico é permitida a aplicação de caldas à base de cobre no controlo do cancro bacteriano da cerejeira.
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