BA5 - Agriterra

39 Para o professor, “estas desigualdades decorrem, no essencial, do modelo de cálculo e aplicação dos pagamentos base atualmente em vigor, uma vez que dele decorre uma repartição de direitos emnúmero inferior à superfície potencialmente elegível e com valores unitários muito diferentes entre si”. No que respeita aos eco-regimes (que visa sobretudo apoiar a proteção ambiental e a luta contra as alterações climáticas), o autor também é muito assertivo: “as verbas disponíveis para financiar os pagamentos eco-regimes deverão ser predominantemente orien- tadas para incentivar a expansão dos dois seguintes tipos de sistemas de ocupação e uso dos solos agrícolas e agroflorestais: a agricultura de conser- vação (ou regenerativa) e os prados e pastagens permanentes melhora- doras, devendo estes últimos garantir uma compensação integral da redu- ção prevista para os prémios às vacas aleitantes”. Num tempo decisivo para a aplicação da nova reforma da PAC, a obra de Francisco Avillez é essencial e obriga- tória, para se entender como e porquê chegamos aqui, e igualmente para compreender os desafios que estão em causa no futuro da agricultura portuguesa. Foram muitas as inovações e solu- ções apresentadas na Agroglobal, por quase 500 empresas participantes. Destacamos apenas algumas, entre centenas delas apresentadas no evento. Hubel Verde: a empresa que aposta no acompanhamento dos produtores e na nanotecnologia A Hubel Verde, empresa competi- tiva ao nível da nutrição de plantas e também na fitossanidade, marcou presença na Agroglobal 2021. A Agriterra esteve com a empresa no seu stand nos campos de Valada do Ribatejo e falou com João Caço, diretor executivo da Hubel Verde. O responsável destacou que uma das grandes prioridades da Hubel passa por “apostar cada vez mais na assesso- Livro ‘A Agricultura Portuguesa: Desafio para o futuro', do professor Francisco Avillez, fundador e coordenador científico da Agro.Ges. AS EMPRESAS, NOVOS PRODUTOS E SOLUÇÕES ria de campo e no acompanhamento aos produtores”. Conta com25 engenheiros agrónomos experientes queauxiliamos agricultores a acompanhar as tendências demercado. A Hubel continua a apostar nos adu- bos líquidos, mais concretamente na sua linha própria BLUDIAMOND, dire- cionada para a fertirrega e sólidos. Tratam-se de adubos diferenciadores por possuírem sempre incorporada matéria orgânica na forma de nano carbono, que ajuda a melhorar o a microbiologia do solo e a assimilação dos nutrientes por parte da planta. João Caço salientou ainda as soluções de biotecnologia da Hubel centradas no uso de fungos micorrizicos e bacté- rias do solo solubilizadoras de fósforo e fixadoras de azoto. Deu também destaque ao uso bactérias simbióticas, para fixação de azoto atmosférico ao nível das folhas das plantas. Recorde-se que o portefólio da Hubel Verde temsido alvo de atualização com João Caço (diretor executivo) e Mónica Monteiro (Departamento de Inovação, registo e divulgação), da Hubel.

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