BA19 - Agriterra

CULTIVO: CITRINOS 27 a menor altura de árvore observada no tratamento 4 (poda mecanizada), em ambos os anos do ensaio (Figura 1). Na rebentação estival-outonal, enquanto as árvores mais pequenas foram observadas nos tratamentos 3 e 6 no primeiro ano do ensaio, no segundo ano não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos (Figura 1). Também não se registaram diferenças significativas entre os tratamentos na análise dos diâmetros transversais e longitudinais nas medições da primavera-verão e do verão-outono nos dois anos do ensaio (dados não apresentados). O tratamento que produziu significativamente menos rebentos na parte média da copa na primavera-verão foi o tratamento 3, em ambos os anos do ensaio, e 6 no segundo ano, ambos os tratamentos com 3,5,6 TPA, e rebentos significativamente mais longos foram produzidos pelo tratamento 4 no primeiro ano, e nos tratamentos 1 e 2 no segundo ano do ensaio (Figura 2). Cerca de 90% dos rebentos tinham menos de 25 cm de comprimento, em todos os tratamentos, no primeiro ano, sem diferenças significativas entre tratamentos, aumentando a percentagem de rebentos de 25-50 cm no segundo ano, com diferenças significativas entre o controlo e os restantes tratamentos (Quadro 1). No verão-outono, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos no que respeita ao número de rebentos no primeiro ano, e os rebentos significativamente mais longos foram os do tratamento 1. No segundo ano, os tratamentos que produziram o maior número de rebentos foram o 3 e o 6, com diferenças significativas em relação ao resto dos tratamentos (Figura 1), o que poderia indicar que o 3,5,6 TPA, aplicado em junho, produziu um atraso na germinação. Não foram observadas diferenças significativas no comprimento dos rebentos entre os tratamentos. A maior parte dos rebentos jovens nesta altura tinham um comprimento inferior a 25 cm nos dois anos do ensaio (Quadro 1). A aplicação de auxinas nas culturas de citrinos tem um efeito regulador no desenvolvimento dos frutos (Agustí et al., 2001). No nosso trabalho, nenhum dos tratamentos teve um efeito significativo na produção, com uma produção média por árvore de 132-145 kg, no entanto, o peso dos frutos foi mais elevado nos tratamentos 3 e 6 (178-182 g/fruto), ambos tratamentos com 3,5,6 TPA, sem diferenças significativas entre os outros tratamentos (Figura 3). Resultados anteriores de outros autores mostraram que a aplicação da auxina sintética 3,5,6 TPA estimulou a acumulação de hidratos de carbono e o crescimento dos frutos em Satsumas (Agustí et al., 2001), o que apoiaria os nossos resultados. No resto dos parâmetros de qualidade externa analisados, observou-se que, embora a análise de variância tenha mostrado um efeito significativo dos tratamentos no diâmetro dos frutos, esse efeito foi muito pequeno, com frutos de 64-67 mm de diâmetro; os frutos com maior diâmetro foram observados nos tratamentos 6 e 3 (Tabela 2). Não foram observadas diferenças significativas para a altura do fruto ou para a relação diâmetro/ altura (dados não mostrados), mas houve diferenças significativas para a espessura da casca, embora as diferenças fossem mínimas (Quadro 2). Fig. 1 - Altura média das árvores, submetidas aos diferentes tratamentos, à germinação na primavera/verão e no verão/outono, nos dois anos do ensaio, numa parcela comercial de limoeiro 'Fino 49'. As barras representam as médias ± erro padrão. Os dados com letras diferentes indicam diferenças significativas de acordo com o teste LSD (P≤0,05). As letras minúsculas correspondem ao primeiro ano do ensaio e as letras maiúsculas ao segundo ano. Tratamentos: (1) Controlo, (2) 2,4 DP, (3) 3,5,6 TPA, (4) Poda mecanizada, (5) Poda mecanizada + 2,4 DP, (6) Poda mecanizada + 3,5,6 TPA. 1º ano 2º ano 1º ano 2º ano GERMINAÇÃO PRIMAVERA-VERÃO GERMINAÇÃO VERÃO-OUTONO TRATAMENTO TRATAMENTO

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