BA19 - Agriterra

CULTIVO: CITRINOS Tratamento Diâmetro (mm) Espessura da casca (mm) Sumo (%) 1 65.07 ± 0.42 bc 7.25 ± 0.13 a 29.51 ± 0.39 b 2 64.49 ± 0.43 c 6.83 ± 0.12 bc 31.12 ± 0.54 a 3 65.83 ± 0.39 ab 6.79 ± 0.10 c 31.38 ± 0.44 a 4 64.52 ± 0.38 c 7.02 ± 0.10 abc 29.43 ± 0.77 b 5 64.55 ± 0.41 c 7.12 ± 0.10 a 29.15 ± 0.59 b 6 66.89 ± 0.36 a 7.10 ± 0.10 ab 30.78 ± 0.45 a 26 localizada no município de Pulpí (Almeria). A idade das árvores era de 4 anos quando o ensaio começou e a estrutura de plantação tinha 6 x 5m. Tratamentos e conceção experimental Foram aplicados seis tratamentos diferentes durante dois anos consecutivos: (1) Tratamento de controlo, que consiste na gestão habitual da plantação; (2) Aplicação foliar de 2,4 DP (ácido diclorofenoxipropiónico); (3) Aplicação foliar de 356 TPA (ácido 3,5,6-tricloro-2-piridiloxiacético); (4) Poda mecanizada de acordo com o padrão de brotação (primavera, verão e outono); (5) Poda mecanizada seguida da aplicação de 2,4 DP; (6) Poda mecanizada seguida da aplicação de 356 TPA. O 2,4 DP foi preparado numa dose de 150 ml por 100 l de água, e o 365 TPA numa dose de 1,5 comprimidos por 100 l de água. Todos os tratamentos, exceto o 4, foram efetuados em junho de cada ano de ensaio. Cada tratamento consistiu num grupo experimental de 4 árvores distribuídas em 4 blocos, perfazendo um total de 16 árvores por tratamento e 24 árvores por bloco. Os grupos experimentais foram distribuídos aleatoriamente em cada bloco. Avaliação do crescimento das árvores O crescimento das árvores foi avaliado em julho, 2-3 semanas após a aplicação dos tratamentos, e antes da poda em setembro de cada ano, de modo a poder analisar o efeito dos tratamentos sobre a germinação nas estações primavera-verão e verão-outono, respetivamente. As medições biométricas foram efetuadas com a ajuda de uma mira e de uma fita métrica. Foi analisada a altura total da árvore, bem como o diâmetro longitudinal e transversal na linha de plantação da copa da árvore. Para analisar os novos rebentos, foi utilizado um anel de 56 cm de diâmetro e o número de novos rebentos, delimitados pelo anel, foi registado nas quatro orientações da árvore (norte, sul, este e oeste) a meia altura da copa da árvore, diferenciando entre rebentos <25 cm, 25-50 cm e >50 cm. Produção e qualidade dos frutos Os frutos foram colhidos em outubro do segundo ano do ensaio. O peso dos frutos por árvore/tratamento/bloco foi registado e, para analisar o efeito na qualidade dos frutos, foi recolhida uma amostra aleatória de 16 frutos por árvore nas diferentes orientações das árvores (4 frutos/orientação). Em cada amostra, foram analisados diferentes parâmetros de qualidade externa (peso (g), diâmetro e altura (mm) do fruto) e interna (número de sementes, espessura da casca (mm), acidez (TA; g/100cc), sólidos solúveis totais (SST; ºBrix), índice de maturação (SST/TA) e percentagem de sumo). Análises estatísticas Todos os dados obtidos no estudo foram analisados utilizando o software estatístico SPSS (IBM Statistics 25). O efeito dos tratamentos nos resultados foi analisado através de uma ANOVA e o teste LSD (Least Significant Difference) foi utilizado para estudar as diferenças entre tratamentos, nos casos em que a ANOVA mostrou diferenças significativas entre eles. Os gráficos apresentados neste estudo foram elaborados com recurso ao software Sigmaplot v. 14, e os valores representados são as médias e os erros padrão das médias. RESULTADOS E DISCUSSÃO O desenvolvimento vegetativo do rebento está associado a níveis elevados de giberelinas no ápice (Goldschmidt e Monselise, 1970). É por isso que a aplicação de algumas substâncias, como certas auxinas, tem sido indicada para a inibição do crescimento de rebentos em citrinos (Phillips e Tucker, 1974; Ratna Babu e Lavania, 1985). O objetivo desta aplicação é controlar o desenvolvimento vegetativo excessivo para obter árvores com um crescimento reduzido, o que facilitaria algumas práticas culturais (poda, aplicação de tratamentos, colheita, redução de pragas, etc.) sem afetar a produtividade da cultura. Neste trabalho, as medições biométricas mostraram diferenças significativas entre tratamentos na altura das árvores nas medições de primavera-verão, com Tabela 2. Resultados da análise da qualidade dos frutos em árvores submetidas a diferentes tratamentos no último ano do ensaio numa parcela comercial de limoeiro 'Fino 49'.

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