BA19 - Agriterra

CULTIVO: CITRINOS 24 O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito de diferentes tratamentos no controlo da germinação primavera-verão e verão-outono numa parcela de limoeiro 'Fino 49' APLICAÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS PARA A REDUÇÃO DO CRESCIMENTO VEGETATIVO EM LIMOEIROS, UMA MEDIDA DE CONTROLO DE TRIOZA ERYTREAE Os citrinos das zonas temperadas, como a zona mediterrânica, produzem três gomos por ano, sendo o principal o da primavera/verão, seguido do gomo do verão/ outono. Os produtores tentam controlar o crescimento vegetativo excessivo através da poda, uma vez que a maioria dos rebentos jovens são muito vigorosos, consomem uma grande quantidade de recursos e são também muito atrativos para diferentes insetos que se alimentam dos rebentos jovens, como é o caso da Trioza erytreae, o vetor do HLB, uma das principais ameaças para o setor citrícola. Por outro lado, a poda resulta em árvores menos desenvolvidas, o que facilita algumas práticas culturais como a colheita e a aplicação de tratamentos sem perda de produtividade, resultando numa redução de custos. C.M. Rodríguez1, M. M. Moreno1, A. Hervalejo2, F. J. Arenas-Arenas2 e O. Pérez-Tornero1* 1 Equipa de melhoria genética de citrinos, IMIDA, La Alberca (Múrcia). 2 Centro IFAPA Las Torres IFAPA, Alcalá del Río (Sevilha). *email: olalla.perez@carm.es INTRODUÇÃO Os citrinos podem produzir vários rebentos por ano, sendo o principal o rebento da primavera/verão (Sauer, 1951). O controlo do tamanho das árvores, geralmente com tratamentos de poda, é essencial para manter e melhorar a saúde das árvores e aumentar a produtividade e a qualidade dos frutos (Vashisth et al., 2017). Por outro lado, certos insetos pragas desenvolvem-se e alimentam-se exclusivamente durante a época de rebentação, alguns dos quais são responsáveis pela propagação e indução de doenças graves nos citrinos. Trioza erytreae é um dos principais vetores de Candidatus liberibacter spp, que é o agente causal do Huanglongbing (HLB) ou greening dos citrinos (Gottwald et al., 2007), atualmente descrito como a doença mais devastadora dos citrinos a nível mundial. Após a primeira deteção deste psilídeo na Europa em 2014, especificamente em Portugal e na costa atlântica espanhola, a sua área de distribuição cresceu rapidamente, representando atualmente uma ameaça muito séria para a cultura de citrinos na área do Mediterrâneo (Arenas-Arenas et al., 2019). Os ciclos reprodutivos de T. erytreae estão intimamente ligados aos períodos de brotação das suas plantas hospedeiras, que incluem todas as espécies de citrinos de interesse comercial (Bové, 2006), com uma

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