BA16-Agriterra

OLIVAL 34 Figura 6. Produtividade comparativa entre olivais convencionais e biológicos. Fonte: MAPA. Figura 5. Estimativa da produção de azeite por hectare por Comunidade Autónoma entre as campanhas 2017/18-2022-23. Elaborado pelos autores com base nos dados do MAPA. com a nutrição do olival. A nutrição e as condições de cultivo ótimas poderiam melhorar a produção de azeite, porque, se compararmos a superfície da Extremadura com a elevada produção de azeite de outras comunidades autónomas, verificamos que a azeitona da Extremadura tem um baixo rendimento industrial. E isto não se deve apenas a variedades como a Manzanilla Cacereña, cujo fruto tem um baixo teor de azeite, ou aos olivais superintensivos, pela mesma razão, mas em geral, é necessário melhorar a nutrição do campo, de uma forma sustentável e económica. Temos uma grande área de olival que tem de ser mais competitiva, produzir mais de uma forma sustentável é fácil com a introdução de práticas agronómicas que serão mostradas neste projeto. • É necessário aumentar a superfície de olivais biológicos: a Extremadura possui qualidades importantes para diferenciar a sua produção como biológica. No entanto, os olivicultores não confiam neste sistema de gestão dos olivais e, embora a perda de superfície tenha abrandado nos últimos anos, não se registou uma retoma nem um aumento notável das futuras plantações de olivais biológicos. A causa não deve ser apenas a perda de produtividade e as desculpas com os subsídios, devendo ser feitos esforços para comunicar e divulgar o facto de que, se bem gerido, um olival biológico não tem necessariamente menos produtividade do que um olival convencional (Figura 6). • Controlo mais eficaz das pragas e doenças, através da prevenção e de tratamentos eficazes: a sustentabilidade do olival e, sobretudo, a aposta no olival biológico, passa pelo desenvolvimento de ações de combate às fragilidades desta forma de gestão. As pragas e doenças, como a sarna da oliveira e a azeitona sabão, têm um impacto significativo em todos os olivais. Este facto leva o olivicultor a utilizar excessivamente produtos químicos para prevenção, mesmo quando não é necessário. Por conseguinte, devem ser desenvolvidas ferramentas que permitam a deteção precoce e o tratamento em função dos riscos. Uma solução ou ajuda para esta necessidade evidente e este desafio futuro é a ferramenta PCR, que pode detetar o crescimento e o ataque de Repilo e/ou Colletotrichum antes do aparecimento dos sintomas. Esta é a única forma de reduzir a aplicação de pesticidas químicos e de tornar a olivicultura mais sustentável. • Melhor controlo da apanha da azeitona: o aumento da produção de azeitona na Extremadura não só aumenta a quantidade de azeitona que entra nos lagares ou nas máquinas de moagem, como também a concentra ao longo do tempo. A utilização de ceifeiras-debulhadoras, tanto nos olivais de sebe para azeitona de mesa como para os lagares, é uma prática corrente nos novos olivais. A este facto acresce o aumento de trituradores de troncos e ramos, que duplicaram ou quadruplicaram a capacidade de colheita por pessoa. Por conseguinte, é necessário melhorar a organização da colheita, tanto para a azeitona de mesa como para

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