BA16-Agriterra

28 OLIVAL A importância do mapeamento da condutividade elétrica aparente (CEa) do solo à instalação da cultura Uma das formas mais eficazes de avaliar a variabilidade do solo é através do mapeamento da Condutividade Elétrica Aparente (CEa). O mapeamento da CEa, conjuntamente com o levantamento de perfis e análises do solo, permite de uma forma mais eficiente: • Apoiar à decisão na instalação de culturas: 1. Definir zonas com diferentes operações culturais à instalação; 2. Adaptabilidade das variedades por zonas; 3. Adaptação do sistema de rega e drenagem; 4. Correções de solos e fertilizações de fundo (à instalação) diferenciadas; • Identificar zonas para a recolha de amostras ou definição de locais de monitorização; • Fornecer dados de informação relevante para aplicações diferenciadas. O trabalho de mapeamento de CEa é realizado com um sensor sem contato com o solo. Após análise dos dados são criados mapas de CEa e mapas relacionados com a altimetria (modelo digital do terreno, zonas de acumulação de água, mapas de exposição solar, de declives, etc.) e feito o cruzamento de toda essa informação. Uma vez estabelecida a variabilidade do solo é essencial a recolha de amostras de solos para análise, conjuntamente com o levantamento de perfis. EXEMPLO DE UMA PARCELA DE 120 HECTARES PARA A INSTALAÇÃO DE UM OLIVAL Na fig.1 temos uma parcela com alguma variabilidade na CEa (vermelho são as zonas de CEa mais elevadas e verde as mais baixas), onde foram selecionados dez locais de amostragem. Verifica-se que nesta parcela as zonas de acumulação de água representam áreas de CEa mais baixa, o que significa que a drenagem está a funcionar e é necessário “respeitar” as estruturas existentes. Também existe uma relação com a textura, sendo que nas zonas de CEa mais elevada é onde encontramos percentagens de areia menores (e de argila maiores), ao contrário das zonas verdes, onde a percentagem de areia é superior. Sendo assim o desenho de rega deverá estar relacionado com a textura, sendo que as zonas de CEa vermelha são zonas com maior capacidade de retenção de água e as zonas verdes as com menor capacidade de retenção e água e problemas de lixiviação. Na fig.2 (mapa de capacidade de retenção de água), vemos que nas zonas azul escuro o sistema de rega deverá permitir aplicar maiores quantidades de água, com intervalo de rega superiores, e nas mais claras regas com menor quantidade de água e com maior periodicidade. O dimensionamento dos sistemas de rega e drenagem, as mobilizações de solo, a aplicação de fertilizantes e outros, não só assumem um impacto relevante no equilíbrio ambiental, como têm impacto direto no “bolso” do agricultor. TERRAPRO

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