32 AGROINFLUENCERS Agroinfluenciadores, microestrelas da comunicação agrária Constituem a nova aristocracia da comunicação e, por norma, conhecem-se pelo nome que têm em inglês: influencers, embora em português correto se devessem chamar influentes ou influenciadores. Miguel Ángel Mainar Jaime Pulverizaram os índices de audiência dos meios de comunicação tradicionais, a fidelidade do seu público e até a credibilidade de que gozam, razão pela qual as marcas comerciais os perseguem, se associam a eles e lhes pagam quantias exorbitantes que surpreendem não só pelo montante, mas também pela juventude dos destinatários e pela margem comercial entre o investimento prévio necessário e estas perceções económicas que são, juntamente com a fama, o sonho das crianças e dos adolescentes do século XXI. No setor agrícola ibérico também existem e são cada vez mais numerosos, mas nenhum deles atinge os valores milionários dos seus irmãos mais velhos, nem em termos de seguidores nem em termos de rendimentos. São influenciadores de “nicho”, tal como se classifica em termos de marketing aqueles que desenvolvem uma atividade dirigida a um setor muito específico do público ou que lidam com uma área de conhecimento muito concreta. Em parte devido a este facto, apenas alguns se podem gabar de ter várias centenas de milhares de fãs. Entre eles, talvez o mais popular seja o maiorquino Miquel Montoro, cujo perfil inicial de criança agricultora deslumbrou um público que se divertia com ele enquanto ia conhecendo os rudimentos da agricultura. A sua graça levou-o a protagonizar alguns dos vídeos mais lendários do Youtube e a fazer digressões por estúdios de televisão e de rádio que lhe granjearam uma boa parte da sua popularidade. Cé Rodríguez (@en20metros) e Jesús Manuel Martín Crespo (@JesúsManuelMartinCrespo) também contam com centenas de milhares de seguidores. Mas a maioria dos influenciadores do setor agrícola costumam ficar, quando muito, por algumas dezenas de milhares de seguidores. Neste patamar podemos mencionar, por exemplo, Lorena Guerra (agrícola_ lorew), Adrián Verdugo (@Agrijoven), Miriam Delgado (@jovenes_agricultoras), Anita María Martos (@anita_la_cortijera), Laura Vallejo (@lauritavallejo), Fernando Giraldo (@Tomy_Rohde) ou Pilar Pascual (@Agripilar). Uma simples pesquisa na Internet permite encontrar listagens e classificações com muitos outros nomes. Paradoxalmente, estas listas não incluem Eugenio Monesma, de longe o que tem o maior número de seguidores, e que estabelece outros paradoxos, como o facto de ser um homem idoso e não aparecer nos respetivos vídeos, que têm uma média de cinco milhões de visualizações e podem superar os nove milhões. Estamos a falar de um veterano produtor de documentários
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