BA12 - Agriterra

EVENTO 86 Rui Queirós, Especialista em Aplicações Alimentares HPP, da Hipercaric. A encerrar o evento, vários produtores de abacate estiveram reunidos numa mesa redonda, conduzida por Amílcar Duarte, para discutir qual o futuro da produção de abacate em Portugal. validade até 3-40 vezes, dependendo do produto e da embalagem, e pelo acesso a novos mercados (ex. pasta de abacate, guacamole)”. QUAL O FUTURO? A encerrar o evento, vários produtores de abacate estiveram reunidos numa mesa redonda, conduzida por Amílcar Duarte, para discutir qual o futuro da produção de abacate em Portugal. Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, começou por fazer uma análise do mercado do abacate, destacando que “temos de ter uma prioridade de modernização dos perímetros de rega e dos aproveitamentos hidroagrícolas. Temos de ter obra e não só planos para a água, temos de ter políticas arrojadas para que o potencial que existe em Portugal possa ser aproveitado”. Já Carlos Martins, produtor de abacate, centrou o discurso na problemática da seca. “Sem água não se produz e neste momento estamos a ter um problema de seca”, dando como exemplo o caso de Israel, que “hoje em dia tem uma agricultura pujante. A diferença está nas políticas desenvolvidas para a água, que fizeram uma grande diferença. Temos de fazer o que Israel fez: não só viver do recurso hídrico natural, mas acrescentar água e ela existe nummeio infinito, que é o mar. Israel tem dessalinizadoras, o recurso hídrico é dividido em 50% dos meios naturais e outros 50% em dessalinização e tratamento de águas residuais”. Hugo Melita, sócio gerente da Global Avocados, abordou o abacate produzido em Portugal e a realidade que enfrentamos num futuro próximo. “As áreas de cultivo têm aumentado por todo o mundo, Portugal não foi exceção. Temos de defender a nossa origem, ter qualidade no nosso produto, pois só assimé que conseguimos diferenciar-nos”. Filipe Ferreira, vice-presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP) e produtor de abacate há 5 anos, partilhou uma análise sobre o futuro para o abacate em Portugal. “Há muitas oportunidades, a começar pela qualidade. O abacate do Algarve é muito conhecido pela sua qualidade. Há uma diferença muito grande e essa é uma grande oportunidade, além da produção de proximidade. Produzimos na Europa, é diferente de ummercado como a América Latina, que está há 2/3 semanas, tem mais custos, tem uma pegada de carbono muito maior e o consumidor hoje também está muito sensível a isso. É uma vantagem para o nosso abacate”. A finalizar, Tomás Melo Gouveia, produtor de abacate, salientou que o abacate “é uma realidade em Portugal, uma cultura que se vem impondo ao longo dos últimos anos e neste momento é uma oportunidade para os agricultores algarvios pois é uma zona onde temos ótimas condições para produzir”. n

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