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14 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.AGRITERRA.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Projeto URSA: Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva A publicação das regras gerais para a compostagem, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vem clarificar e incentivar a valorização por compostagem de resíduos agrícolas, pecuários e/ou agroindustriais. A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) tem apostado na promoção de uma economia circular através do projeto URSA (Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva), realizando, de forma comunitária, a transformação de subprodutos orgânicos de origem agrícola, pecuária e agroindustrial em fertilizante orgânico para aplicação no solo das áreas de regadio, com base numa constelação de unidades onde os materiais são permutados por composto, materializando a transição para a economia circular, através de uma agricultura moderna, sustentável e produtiva. A primeira URSA, a estrela polar e guia do projeto, criada em colaboração com a Direção Regional de Agricultura do Alentejo, encontra-se em funcionamento desde 2019 na Herdade da Abobada (Polo de Inovação Terra Futura), em Serpa, e tem servido como unidade demonstrativa, com uma abordagem sinérgica e comunitária promotora de uma agricultura circular, ou seja, uma agricultura sem resíduos. O efeito demonstrativo desta unidade conduziu à assinatura de 18 protocolos de colaboração entre a EDIA e empresas agroindustriais da região, em especial lagares de azeite, para criação de uma rede de unidades particulares de valorização orgânica por compostagem. Estas vão possibilitar a valorização de bagaço de azeitona, entre outros materiais e utilização do composto na própria exploração, eliminando a pegada ecológica e social associada ao transporte dos materiais pelas estradas e o custo económico e ambiental dos adubos químicos, que o composto substitui. Para efetivar esta transição foi necessária a criação de Regras Gerais de Compostagem Agrícola, conforme estabelecido no Regulamento Geral de Gestão de Resíduos, que enquadra esta utilização e simplifica o processo de licenciamento, tendo este trabalho sido desenvolvido pela APA com o apoio da EDIA. Com a apresentação das Regras Gerais de Compostagem Agrícola pretende-se dar aos agricultores as ferramentas necessárias para optarem por um caminho circular de valorização orgânica, fundamental para a sustentabilidade da agricultura e do território rural, transformando os seus próprios subprodutos orgânicos, assumindo esta laboriosa responsabilidade, mas, em simultâneo, usufruindo das vantagens de produzir parte dos seus fertilizantes, uma decisão fundamental na independência e sustentabilidade financeira do setor agrícola. UTAD desafia especialistas a discutir o futuro do ensino agrário em Portugal No próximo dia 17 de março, realiza-se a apresentação pública e discussão das conclusões da convenção “Ensino Agrário em Portugal. Que futuro?”, promovida pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, na sede daquela universidade. Também outras instituições de ensino universitário, politécnico e profissionalizante, associações e empresas do setor agrário, órgãos nacionais de regulação do ensino e estudantes se juntam a esta iniciativa inédita. “É a primeira vez que uma convenção deste género se realiza em Portugal, pelo que acreditamos que esta análise prospetiva será útil para o progresso do ensino agrário. Esta iniciativa será também indispensável para uma nova agenda do setor agrário, para um crescimento sustentável e para uma resposta aos desafios da segurança alimentar da população mundial, da proteção das florestas e de outros ecossistemas e da obstaculização dos efeitos das alterações climáticas”, sublinha José Luís Mourão, docente da UTAD. A procura do ensino agrário por novos estudantes, o aumento da capacitação científica e técnica dos diplomados, a interação entre o ensino e a investigação e o enquadramento dos diferentes níveis de ensino são os temas que, de modo holístico, vão ser estudados pelos grupos de trabalho até 17 de março. Aberta à comunidade, a sessão plenária decorrerá na UTAD e terá a presença de especialistas internacionais e membros do Governo.

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